Autoconhecimento Comportamento

Você já ouviu falar da expressão “estou feito na vida”?

Mulher sentindo se feliz com cédulas de dinheiro voando em céu aberto e azul.
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Escrito por Dhanista

A insegurança muitas vezes surge da falta de conexão com nossos pais biológicos. Este texto explora como a ausência paterna impacta nossa confiança e como a reconexão com nossas origens pode trazer a sensação de estar ‘feito na vida’. Aprenda a afirmar sua completude e superar sentimentos de vazio.

Um dos fatores que faz com que a pessoa não tenha “a vida feita” é a insegurança. De onde vem essa insegurança, Dhanista? Vem de algum emaranhamento do sistema familiar, de algo que não foi recebido, principalmente do pai. Quando vemos pessoas inseguras, inconscientemente, falta-lhe o pai. Atualmente, há uma série de pessoas inseguras porque somos de uma geração em que muitas mulheres se separaram e os filhos não tiveram acesso ao pai, ao masculino, e sentem falta disso.

As mulheres, principalmente as que não tiveram pai presente na infância, buscam-no no cônjuge, acreditando que ele vai trazer segurança. David Hawkins fala que o conhecimento não vem de buscar mais informação, de estudar mais, de fazer mais um curso, de fazer algo mais que você não aplicou. O conhecimento vem de nos conectarmos com a certeza de quem nós somos, e nós somos 50% nosso pai e 50% nossa mãe. Essa consciência traz segurança e nos torna “feitos na vida”.

A maioria de nós, quando está na inconsciência, acha que sempre está faltando algo ou que tem algo a fazer. Estamos longe de ter a percepção de que estamos feitos na vida. “Eu estou muito feito na vida”. Fale isso em voz alta, batendo no peito. “Eu estou feito na vida”. Não olhe para as paredes, nem para a situação que está vivendo agora. Não olhe para o contexto que acontece ao redor. Apenas repita essa afirmação.

Pergunte-se: Como eu estou feito na vida?

Comece a perceber quais percepções emergem no corpo. É isso que exercitamos cada vez mais. Trazer à superfície que viemos da união do nosso pai e da nossa mãe. Às vezes ocorre confusão em constelação, de chegar alguém e falar “meu pai/mãe”, e a situação se mostrar estranha, para depois compreendermos que a pessoa estava falando de pais adotivos.

Nada substitui o pai e a mãe biológicos. A avó, a tia, o tio, a prima ou a vizinha cuidaram de você, mas nenhum deles substitui os pais biológicos. Eu já atendi um caso em que a pessoa foi adotada pela patroa da mãe. Foi gerada uma perturbação inconsciente. Essa pessoa cresceu com a percepção de que a vida é difícil.

Bonequinhos de papel representando uma família.
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O que está por trás de não sentirmos que a vida pode ser simples? O esquecimento da nossa conexão primordial e forte. Quando nós não recebemos a vida por completo do nosso pai e da nossa mãe biológicos, sempre teremos a sensação de que está faltando algo, alguém. Muita gente traz essa sensação de vazio. Há pessoas que têm dinheiro, tudo o que precisa, materialmente falando, um casamento legal, filhos maravilhosos, saúde e mesmo assim diz que está faltando algo.

O que está faltando? Que sensação é essa de vazio? Às vezes a empresa está prosperando, dando tudo certo, caminhando. Mas, o vazio está lá.

Paulo de Paula, um megaempresário potiguar, vendeu a universidade onde formou mais de vinte mil pessoas, levando para o mercado de trabalho mão de obra qualificada. No livro de sua autoria, ele fala que chegou a um momento que, mesmo tendo um negócio próspero com mais de mil funcionários e quatro centros universitários, apesar de todo esse sucesso que tinha, percebeu que não tinha sucesso porque à noite, não tinha a sensação de satisfação. Não tinha a sensação “Estou feito na vida”. Ele falou que precisou se conectar com o pai e a mãe dele.

Ele fez isso relembrando de como era criança humilde do interior de Minas Gerais, morava em um sítio onde o pai e a mãe eram caseiros. Quando completou 15 anos, deixou a casa do pai e da mãe e foi morar em Belo Horizonte. Ao chegar lá, fez um curso da aeronáutica. Depois, mudou para Natal onde passou a trabalhar em uma loja de peças. Aprendeu tudo sobre negócios observando. Foi assim que ele teve a ideia de fundar a Unipec, que depois se tornou UnP e hoje é a Laureate International Universities.

Atualmente, é parceiro do Colégio Porto, desde que começou a ter o olhar para suas origens. Ele teve todo o sucesso e chegou a um ponto em que se achava melhor que o pai e a mãe, que eram caseiros de um sítio no interior de Minas Gerais. As pessoas acham que sucesso é ter um negócio super lucrativo. Ele estava dando certo na área de educação e mesmo assim sentia o vazio todas as noites. Ele precisou olhar para o sistema familiar. Há gente que tem um negócio pequeno e lembra de onde veio, honra as pessoas, os ancestrais e, na hora de encostar a cabeça no travesseiro, sentem uma maravilhosa satisfação, o sentimento de dever cumprido.

Já recebi muitos clientes arrogantes que falam assim do pai: “meu pai era um safado, sacaneou a minha mãe”. Esse tipo de julgamento causa emaranhamento que prejudica a nossa vida, impedindo de dar um passo a mais no negócio. Não conseguimos prosperar.

Mulher em consulta terapêutica.
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Steve Jobs tinha um vazio. Ele sempre queria mais, queria dominar o mundo, … Depois que descobriu o câncer, foi atrás das raízes dele, os pais biológicos. Esse é outro aspecto da constelação. Quando adoecemos, na verdade, é alguém do sistema familiar querendo se mostrar. Steve sabia que era adotado e nunca quis saber quem eram seus pais biológicos porque tinha mágoa e ressentimento profundo.

Louise Hay, autora do livro “Você Pode Curar Sua Vida”, fala que o câncer é mágoa e ressentimento. Quando Jobs adoeceu, descobriu que tinha uma irmã biológica e ficou feliz. Já estava no finzinho da vida dele. Quando descobriu o câncer, já estava avançado. Então, teve tempo de resgatar isso e curar a alma dele. Se ele não curasse isso na alma, voltaria em outra vida, se você acredita na próxima vida, ou então os descendentes dele iriam carregar esse peso até que isso fosse visto. Acredito que ele tenha ido com a alma “limpa”.

Ele passou uma vida inteira querendo provar, mostrar que podia dominar o mundo. Realmente, ele conseguiu, alcançou o objetivo. Muitos de nós estamos lendo isso agora graças ao fato de ter sido visionário. Todos os negócios e empreendedores são movidos por algo do sistema. É muita arrogância não reconhecermos a quem estamos servindo, para quem, em nome de quem, que faz eu levar à frente, com honra.

Sabendo disso, experimente conectar com a sensação interior de “eu estou feito na vida”.

Eu estou feita na vida. A casa pode estar caindo aos pedaços, ou você estar doente, sentindo dor no corpo, está cheio de problema, mas comece a falar para si. “Eu estou feito na vida. Eu estou feito na vida”.

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Quando falamos isso, percebemos a presença do nosso pai biológico atrás, do lado direito, e da nossa mãe biológica, atrás do lado esquerdo. Podemos imaginar eles grandes. Quando imagino o pai bem grande do lado direito, atrás de mim, a lembrança de que meu pai me bateu ou da minha mãe gritando, já não consigo acessar porque essa imagem se torna muito mais potente e poderosa.

Se persisto nas lembranças negativas, uma parte de mim parece ser arrancada, como um braço, por exemplo, porque não tem a energia do pai porque fiz um julgamento em relação a ele. Se queremos ser felizes, prósperos e ricos, tomar o pai e a mãe no coração é essencial.

Sobre o autor

Dhanista

Desde criança, meu maior desejo era que as pessoas agissem de acordo com o coração. O mundo racional me incomodava profundamente porque podia sentir quando estavam mentindo ou até mesmo fazendo mal ao outro, mesmo quando sentiam amor recíproco.

Essa minha dor fez com que estudasse muito porque eu mesma havia me transformado em alguém que tinha o amor sufocado, o peito a ponto de explodir, por não conseguir expressar todo o sentimento que corria por minhas células.

No decorrer de tantos estudos, me deparei com o amor incondicional e como ele enriquece nossa alma. Porém, para que ele flua, precisamos fazer algumas coisinhas que mapeei através dos sete chacras, que são nossos centros energéticos e um ótimo mapa para nos indicar para que área de nossa vida estamos precisando levar amor incondicional.

Meu nome espiritual é Dhanista Devi Dasi, mas também pode me chamar de Daniella de Medeiros.

Terapeuta holística desde 2001, escritora, jornalista, Consteladora Familiar Medial (treinada por Bert Hellinger / Alemanha, 2015, 2016 e 2017) desde 2012 e pós-master em Programação Mental (treinada por Tony Robbins) desde 2009.
Já realizou Constelação Medial na Alemanha, Índia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiânia, São Paulo e Rio Grande do Norte.

Autora de vários livros e e-books, dentre eles: Gurusofia, Manual das Chamas Gêmeas e Tudo sobre os Chacras.

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