Quem nunca caiu em uma pegadinha de 1º de abril? Talvez você já tenha até feito alguma travessura no Dia da Mentira, só para divertir seus amigos, seus familiares ou a si próprio. Afinal, as pessoas costumam aproveitar a data para contar uma mentirinha inofensiva ou até absurda, torcendo para ter a chance de dizer “Primeiro de abril!” com muito bom humor.
Ao mesmo tempo, existem aqueles indivíduos que detestam ser enganados, mesmo que seja nessa época. Se você é uma das pessoas que gostam de aprontar ou se prefere deixar a data passar em branco, aprender mais sobre esse dia comemorativo é um novo jeito de celebrar a ocasião. A seguir, estude os detalhes sobre o 1º de abril e a mentira!
Direto ao ponto
Como surgiu o Dia da Mentira?
Existem duas origens para o Dia da Mentira, no mundo e no Brasil. Em 1582, o papa Gregório XIII instituiu um novo calendário, que considerava o dia 1º de janeiro como o primeiro do ano. Entretanto, parte da população francesa não gostou da mudança.
Para zombar de quem não queria celebrar o início do ano em 1º de janeiro, o restante da comunidade convidava esses indivíduos para festas que não existiam na verdade, mas seriam comemoradas em 1º de abril.
No Brasil, a tradição das pegadinhas começou bem mais tarde, em 1828, quando um jornal mineiro, “A Mentira”, divulgou, em 1º de abril, uma capa que anunciava a morte de Dom Pedro I, ainda que ele tenha falecido em 24 de setembro de 1834.
O Dia da Mentira no Brasil
Desde a publicação do jornal, os brasileiros adotaram o dia 1º de abril como Dia da Mentira. Nesse momento específico do ano, é comum fazer algumas brincadeiras e compartilhar memes que fazem referência à data.
As pegadinhas da data comemorativa incluem trotes anunciando uma novidade que não é real, a notícia de uma gravidez falsa ou o aviso de que um casal inseparável se separou. Também é comum contar algo totalmente absurdo, que jamais poderia acontecer, como se fosse verdade.
O mais legal da brincadeira não é a outra pessoa ser enganada. Na verdade, a diversão está em dizer “Primeiro de abril!” ou em revelar um desejo na forma de uma mentirinha. Uma pessoa pode dizer, por exemplo, que ganhou na loteria, e logo depois revelar que, infelizmente, é 1º de abril.
De uma maneira mais ampla, algumas marcas aproveitam o Dia da Mentira para divulgar novidades que parecem boas demais para serem verdades e que… realmente são falsas. Ao fazerem isso, diferentes empresas ganham mais engajamento nas redes sociais e podem aumentar as vendas dos produtos reais que já estavam vendendo antes disso.
Qual a origem da mentira
Ainda que seja divertido mentir no dia 1º de abril, a maioria das pessoas sabe que mentir não é um hábito benéfico. Isso porque proferir inverdades é um jeito de construir uma realidade falsa, de acordo com a origem do termo “mentir”, do latim “mentiri”. Portanto, toda alteração da verdade é considerada uma mentira.
É evidente que nem todas as mentiras são danosas. Existem as mentirinhas, que são brincadeiras ou que não têm uma finalidade maligna, e que também podem ser chamadas de mentiras piedosas. Apesar disso, todos os sinônimos usados para falar sobre a mentira (enganação, lorota, fraude, embuste) carregam uma conotação negativa.
Como detectar uma mentira?
Considerando que a mentira é a construção de uma nova realidade, é fundamental identificar quando algo que está sendo dito é falso. Mas como detectar uma mentira? É o que você vai descobrir a partir de 10 sinais:
1) Desviar o olhar ou piscar
Olhar nos olhos é difícil para uma pessoa que está mentindo para outra. Por isso, é comum que o indivíduo mentiroso desvie o olhar ou pisque muitas vezes.
2) Ficar com a voz trêmula
Falar sem firmeza ou com a voz trêmula é outro sinal de que um indivíduo está mentindo, porque ele não está tão certo assim sobre o que diz.
3) Manter as mãos em movimento
Movimentar as mãos sem parar ou colocá-las nos bolsos é um sinal de que uma pessoa está mentindo, porque ela está se sentindo ansiosa com a situação.
4) Apresentar alteração na cor da pele ou suor
Uma pessoa que está mentindo pode ficar com a pele mais pálida ou mais avermelhada, além de produzir mais suor, por estar com o organismo em estado de alerta.
5) Acrescentar muitas informações a uma história
Se uma história apresenta muitos detalhes e informações específicas demais, é provável que a maior parte dela seja inventada.
6) Olhar para o lado esquerdo
No caso das pessoas destras, o lado esquerdo do cérebro é associado à criação. Logo, se uma pessoa destra estiver mentindo, é possível que ela olhe para o lado esquerdo.
7) Produzir mais saliva
Como o corpo de quem está mentindo entra em estado de alerta, é comum produzir mais saliva, fazendo com que o indivíduo comece a engolir seco.
8) Identificar coceiras pelo rosto
Quando uma pessoa está mentindo, o cérebro dela tenta impedi-la de fazer isso, fazendo com que ela leve as mãos ao rosto, à cabeça ou à boca com frequência.
9) Reagir ao que está dizendo de um jeito incongruente
Se uma pessoa está falando sobre algo divertido, o rosto dela deve acompanhar a empolgação da fala. Do contrário, ela pode estar mentindo.
10) Realizar muitas pausas enquanto conversa
As pausas no meio de uma conversa são perfeitas para uma pessoa que está mentindo manipular cada vez mais a realidade, controlando o próprio nervosismo.
Por que as pessoas mentem?
Você já sabe como identificar se alguém está mentindo e sabe como alguém pode identificar se você está falando uma inverdade. Afinal, com certeza você já disse alguma mentira, mesmo que não tenha sido com uma intenção ruim. Pensando nisso, por que as pessoas mentem?
Existe mais de um fator que pode motivar uma mentira, e nem todos eles são maldosos. Uma pessoa que se sente insegura, por exemplo, pode contar uma mentira para causar uma impressão melhor ou para se inserir em um grupo com mais facilidade.
O medo é outro fator que motiva a mentira. Se uma pessoa tem medo de como a outra pode reagir com uma informação ou com uma notícia, é mais provável que ela conte uma mentira para se proteger de conflitos ou de reações agressivas.
Por um aspecto mais negativo, a mentira pode ser uma ferramenta de controle que uma pessoa emprega sobre outra. Para manipular alguém, um indivíduo pode construir uma versão diferente dos fatos, de forma a confundir quem está sendo enganado.
Em alguns casos, as pessoas costumam aumentar a verdade, tornando-a mais interessante. Essa prática continua sendo uma mentira, principalmente quando ela toma proporções maiores. Aliás, toda mentira que se torna uma prática frequente pode chegar a níveis patológicos.
Mentir é doença
Até aqui, nós entendemos que as mentiras fazem parte da vida e podem ser o resultado de diferentes fatores. Entretanto, também vimos que o ato de mentir pode ser uma doença, quando ocorre com frequência. É o caso da mitomania, um transtorno psicológico que faz uma pessoa mentir compulsivamente, para disfarçar a realidade na qual vive.
Uma pessoa que foi diagnosticada com mitomania não mente para obter uma vantagem sobre alguém. Ela mente como uma forma de se enganar sobre o que está vivendo ou para ocultar um trauma que viveu no passado. Além disso, ela não sente culpa ao mentir e pode contar várias versões da mesma história.
Por se tratar de uma doença, a mitomania deve ser tratada por profissionais da saúde, como psicólogos e psiquiatras. A partir da terapia é possível descobrir o que desencadeou o hábito de mentir compulsivamente e quais são as maneiras de impedir que esse ciclo continue se repetindo.
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Com base no conteúdo apresentado, você percebeu que a mentira só é liberada no Dia da Mentira, 1º de abril. Em qualquer outro contexto, as inverdades prejudicam as relações humanas e podem até ser o sintoma de um transtorno psicológico. Por esse motivo, evite contar mentiras, tanto para os outros quanto para você.