“5 hábitos de pessoas bem resolvidas”…
“8 alimentos que você deve comer para ser saudável”…
“7 atitudes que os milionários fazem todos os dias”…
“4 comportamentos de todos os casais felizes”…
“6 passos para aumentar a sua autoestima”…
“10 atitudes para conquistar mais respeito”…
Já pensou que fácil seria a vida se ela fosse baseada em listas?
Cada ser humano é de um jeito e, quando nascemos, não trazemos conosco um “manual” – nem para a gente, nem para quem cuida da gente… o que seria muito apreciado por muitas mães e pais, não é mesmo?
E então crescemos, e vamos trilhando caminhos que são nossos, e muitos que nem sempre são nossos. E talvez fiquemos perdidos por um tempo. E tentamos nos localizar. E queremos achar saídas. E usamos os manuais que outros construíram, mas que podem não nos servir… nunca… de jeito nenhum…. mas eles são confortáveis… pois são conhecidos… ou recomendados… o que também nos livra da responsabilidade de tentar encontrar a nossa própria saída…
Nossa mente é muito traiçoeira! Cada pessoa tem uma referência mental, uma ideia ou ideal sobre cada tema de vida. Assim, quando eu penso, por exemplo, em “uma pessoa bem resolvida”, ou em “um casal feliz”, ou em “alimentação saudável”, o meu acervo pessoal (baseado em minha história, meus valores, minhas crenças pessoais, minha visão de mundo, minha subjetividade) pode ser completamente diferente do seu acervo! Começamos por aí…
E quando limitamos um tema subjetivo a 3, 5, 8 ou 24 possibilidades que aparecem como condições para se atingir isso ou aquilo, direcionamos o foco da nossa consciência para este pequeno campo de percepção, e podemos estar deixando fora a nossa própria “saída”, excluindo tudo aquilo que desconhecemos e que pode ser, justamente, o nosso principal traço, a nossa principal característica, aquilo que nos levaria em direção àquilo que buscamos – mesmo que isso vá contra os condicionamentos a que já estamos acostumados.
A mente, por ser um instrumento muito potente e também muito limitado dentro do nosso sistema, tenta buscar o desconhecido (ou o novo) através do que já é conhecido (ou velho), e usa referências também conhecidas quando compara, analisa, classifica, rotula, faz uso de listas ou dicas já conhecidas e definidas, e aprisiona-se ao invés de se libertar… O que a mente conhece é uma fração limitada daquilo que é, uma vez que o campo de consciência humana ainda não se expandiu ao seu potencial total.
Para não cair nas armadilhas da mente que mente, ao invés de listas, o que deixarei serão convites – um convite pode sempre ser aceito ou recusado, dependendo de como ele ressoa em você. E o meu convite aqui é: pare, respire, relaxe e tente soltar o que já lhe é conhecido e que gera expectativas em você. Respirando, o que você percebe como NECESSIDADE neste momento? Foque-se em VOCÊ, em sua própria ESSÊNCIA e, ao expirar, deixe de lado as formas já conhecidas, as máscaras já utilizadas, as receitas prontas que você já conhece ou acha que conhece, o controle que você acha que tem… Solte! Solte e relaxe-se no seu interior.
Observe… Como você se sente?
Observando profundamente no seu silêncio, você talvez perceba uma fonte de sabedoria infinita que te habita e com a qual você pode se conectar. Ali estão as orientações para o seu caminho, para os seus próximos passos. DENTRO de você… não fora…
Eu adoraria ter uma lista pronta para todos os temas, que servissem a todas as pessoas. Mas elas seriam ilusórias… Somente acessando a sua sabedoria infinita é que você poderá definir QUAL PASSO você precisa dar NESTE MOMENTO em direção ao tema que mais te motiva, te inspira ou te preocupa.
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Permita-se a ter coragem de percorrer o seu próprio caminho, definindo seus próprios passos… independente do ponto de chegada. Isso, em si, já é sucesso!
Boa jornada!