Convivendo

111 árvores para cada menina

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Na aldeia de Piplantri, na Índia, criou-se o costume de se plantar 111 árvores para cada menina que nascesse. Essa prática começou com o ex-chefe da aldeia, Shyam Sundar Paliwal, que decidiu plantar 111 árvores para homenagear sua filha recém-falecida. Ao fazer isso, percebeu que esse era um ato que poderia beneficiar toda a aldeia de uma forma muito mais ampla.

Nessa aldeia, muitas famílias ainda tinham o costume de rejeitar bebês meninas, então Paliwal decidiu criar um fundo com contribuições de todos para que toda família que criasse uma menina, levando-a na escola regularmente e não permitindo que se casasse antes dos 18 anos, recebesse uma quantia em dinheiro quando a garota completasse 20 anos de idade. Para isso, a família também teria que plantar 111 árvores no nascimento da criança e cuidar para que continuassem crescendo.

Essa prática já acontece há 6 anos e desde então foram plantadas mais de 40 mil árvores.  Além de proteger os bebês que nascem meninas, a aldeia se beneficia com a sombra e os frutos das árvores plantadas e ainda tem uma paisagem muito mais natural e bela.

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A iniciativa de Paliwal nos mostra como práticas ecológicas e a preservação da vida humana podem estar totalmente interligadas de uma forma saudável e benéfica para todos. Também nos ensina o valor do trabalho em comunidade, pois, sem a contribuição de todos na aldeia para o fundo, não seria possível levantar o dinheiro necessário para tudo acontecer.

Aproveite o exemplo dessa aldeia indiana e observe na vizinhança onde mora como você poderia aplicar esses conceitos ecológicos e comunitários. Com tantos problemas para serem resolvidos, não podemos apenas esperar uma atitude dos governantes, mas sim devemos exercitar a nossa capacidade de organização comunitária para um bem maior. E, dessa forma, todos vão poder ter benefícios em suas vidas, seja com uma árvore plantada, seja com uma ajuda material, ou até mesmo um incentivo a preservação da vida. Juntos podemos fazer a diferença.


Texto escrito por Ricardo Sturk da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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