Em um texto anterior, apresentei os princípios Huna, forma que os antigos povos polinésios que passaram a habitar as ilhas conhecidas hoje como Havaí encontraram para explicar a vida. Nele, falei com mais detalhes sobre o 1º princípio Huna – O mundo é o que você pensa que ele é. E neste texto, quero apresentar o 2º princípio Huna – Não existem limites.
O 2º princípio Huna pode ser interpretado de duas formas.
A primeira delas refere-se à conexão que existe entre todos nós. Ou seja, o que eu faço nessa vida afeta todos os seres que habitam este mundo, uma vez que estamos todos conectados através de uma rede de energia. Portanto, somos responsáveis pelo que ocorre em todo o mundo, pois o que fazemos afeta não apenas a nós mesmos, mas todos conectados nessa rede.
Para os praticantes do Ho’oponopono, isso faz todo sentido. O Ho’oponopono é o método de cura e resolução de problemas desenvolvido por esses mesmos povos. De acordo com os seus estudiosos, antigamente, quando surgia um conflito ou algo a ser resolvido, as tribos se reuniam e um xamã coordenava a resolução do problema. Todos eram envolvidos, pois o problema de um era responsabilidade de todos.
No século XX, Morrnah Simeona, a famosa kahuna (guardadora de segredos), alterou a forma de se praticar o Ho’oponopono. Ela desenvolveu uma forma de cura por meio da atuação individual de cada um. Para isso, cada pessoa deveria repetir as frases: “Eu sinto muito”, “Me perdoe”, “Te amo”, “Sou grato”.
Ao utilizarmos as frases, modificamos o que está acontecendo conosco e também o que está acontecendo ao nosso redor. Isso ocorre porque, ao praticar o Ho’oponopono, estamos purificamos registros relacionados a um problema e estamos purificando as memórias que os geraram. Essas memórias, de acordo com os kahunas, são compartilhadas pela humanidade e a afetam como um todo. Portanto, quando agimos sobre um problema que é nosso, estamos agindo sobre uma memória que é compartilhada pela humanidade. A purificação dessa memória não atinge apenas a mim, mas a todos que também são afetados por ela. Afinal, como diz o 2º princípio: não existem limites!
E essa conexão que existe entre todos nós afeta também a nossa comunicação. É conhecida a capacidade que alguns povos nativos têm de ouvir plantas e outros animais ou de se comunicar através de sonhos. Mas essa conexão também pode ser percebida quando encontramos alguém na rua para quem estávamos planejando telefonar ou quando telefonamos para alguém e ouvimos: “Eu estava pensando em você agora”. Apesar de muitos chamarem essas situações de coincidências, para os povos nativos do Havaí a comunicação já havia se iniciado no desejo de encontrar ou falar com alguém. Portanto, a rede que nos conecta possibilita que não haja limites entre o que desejamos e o que é percebido ou sentido por outros.
O 2º princípio também significa que, quando estamos livres das crenças limitantes e medos que enfraquecem nossa mente e nossa capacidade de agir conforme o nosso potencial, não há limites para o que podemos conquistar.
Quando pensamos nisso, muitos de nós duvidamos imediatamente. Conseguimos criar uma lista enorme de obstáculos entre o que desejamos e a nossa capacidade de conquistar cada desejo. Entretanto, isso também foi dito por outros autores ou pessoas de sucesso. Napoleon Hill, autor, afirmou em seu livro “Quem pensa, enriquece”: “Tudo o que a mente humana pode conceber, ela pode conquistar”.
Portanto, o primeiro passo à conquista é nos livrarmos das crenças limitantes que impedem nossas mentes de conceber nossos planos, objetivos e desejos. Essa é, sem dúvidas, a parte mais difícil, pois crenças são forças poderosas que atuam sobre nós. Elas definem como enxergamos o mundo e a forma que nos relacionamos com ele.
Mas quando finalmente nos livramos de alguma crença, nossa vida sofre uma grande transformação. E o Ho’oponopono pode nos auxiliar nesse processo, pois ele purifica as memórias que geram nossas crenças, ou seja, ele purifica o que está no caminho dessa transformação. Para isso, devemos repetir (sempre) as frases: “Eu sinto muito”, “Me perdoe”, “Te amo”, “Sou grato”. Existem outros textos sobre o Ho’oponopono neste site e sugiro que também sejam lidos.
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E você, o que achou do 2º princípio Huna? Compartilhe sua opinião a respeito e aguarde o próximo texto, quando trarei informações sobre o 3º princípio Huna – A energia flui para aquilo que damos atenção.
Muita luz!
Leia também o primeiro texto da série: https://www.eusemfronteiras.com.br/o-mundo-e-o-que-voce-pensa-que-ele-e-o-1o-principio-huna/