Você já ouviu falar em filofobia? Esse complexo nome de doença tem uma explicação muito simples: medo de se apaixonar ou de se envolver afetivamente com alguém. É possível que você já tenha conhecido alguém assim – ou até mesmo você sofra desse mal… É mais comum do que pensamos!
Ao contrário do que muita gente pensa, o medo de se envolver com alguém no sentido romântico-afetivo é mais do que um comportamento, porque pode se tornar esse transtorno psicológico descrito no começo, a filofobia. Para te ajudar a entender tudo sobre isso – e a sair dessa situação –, preparamos este artigo!
Direto ao ponto
O que é filofobia?
Antes de mais nada, o nome fiolofobia vem de duas expressões gregas: “filos” (amar) e “phobia” (medo). A filofobia é um transtorno psicológico que atinge pessoas fazendo com que elas tenham medo, ansiedade ou receio de se envolver emocional e romanticamente com alguém.
Os sintomas da filofobia variam. Enquanto algumas pessoas podem sentir sintomas físicos diante de uma situação de envolvimento emocional, como náuseas, dor de cabeça, suor excessivo e até desmaios, outras têm sintomas psicológicas, como extremo pavor, medo e vontade de se isolar e se afastar das pessoas.
As causas de um problema como esse são variados, mas, em sua maioria, estão relacionadas com traumas. Relacionamentos que terminaram de forma traumática, abusos emocionais e físicos, carências, ter visto relacionamentos abusivos na infância e na adolescência, entre outras questões.
Filofobia versus medo de decepção amorosa
De certa forma, todos temos medos de uma decepção amorosa. E é assim porque, no fundo, nunca podemos prever como vai se desenvolver uma relação. Vai dar certo? Vai combinar? É possível confiar na pessoa? A pessoa tem os mesmos gostos e intenções? Enfim, as expectativas e dúvidas são muitas.
Já no caso da filofobia, tudo isso acontece de forma muito mais intensa, realmente limitando alguém, que acaba ficando incapacitado ou impedido de se envolver com alguém. Por isso, se você sente que os seus sintomas e preocupações chegam a esse nível, procure o auxílio de um psicólogo para falar sobre o assunto e superar suas dificuldades.
Como superar o medo de se apaixonar?
Como já falamos, o simples receio de ter o coração partido é diferente da filofobia. Mas, em ambos os casos, algumas dicas podem ser seguidas, especialmente a primeira desta lista que preparamos:
1. Entenda a raiz disso
De onde vem o seu medo de se apaixonar? De um relacionamento ou paixão que não terminou bem no passado? De ter visto, na família ou entre amigos, relacionamentos amorosos que terminaram em dor e sofrimento? Ou do simples medo de se aventurar e entregar uma parte de si para alguém?
Talvez nem mesmo você tenha essas respostas, então é preciso entrar em um processo de autoconhecimento para descobrir de onde vem isso. E esse processo pode ser muito bem aproveitado e acompanhado em terapia. Por isso, se isso o incomoda, procure um psicólogo para explorar todos os lados desse tema e entender seu medo.
2. Dê tempo ao tempo
Quando pensamos em paixão e em um grande amor, a analogia que vem à mente, muitas vezes, é aquela de se jogar sem medo, com pressa, com urgência de amar e de estar o tempo todo ao lado da pessoa amada. Ou seja, é viver tudo com intensidade, atropelando o tempo para matar a saudade.
Porém nem todo mundo é assim – e você não precisa ser. Se você não consegue se ver tocando, beijando ou tendo relações íntimas com alguém logo de cara, pare de achar que tem algo errado com você. Portanto respeite o seu tempo e entenda: alguém que gostar realmente de você vai entender, aceitar e “abraçar” o seu ritmo de amar.
3. Exponha-se com segurança
Como explicado no tópico anterior, nem todo amor precisa ser uma coisa intensa, que acontece do dia para a noite. Se você se sente inseguro e sente que precisa ir com cautela, respeite o seu processo. Por isso, se decidir se expor, faça isso com segurança. Além disso, tenha uma rede de apoio com pessoas com quem você pode conversar.
Resolver o seu medo de se apaixonar passa por se permitir se apaixonar e amar. Pode terminar com um coração partido? Sim, claro, mas também pode terminar com momentos lindos, uma vida compartilhada e experiências incríveis ao lado de uma pessoa amada. Portanto dê essa oportunidade a si, com segurança e calma.
4. Seja sincero e honesto
Se você acha que o seu medo de se apaixonar pode comprometer a sua relação com uma pessoa interessante que conheceu, seja sincero com ela. Converse, exponha o seu medo, fale sobre suas inseguranças. Caso se sinta à vontade, fale até mesmo sobre o que o levou a ter esse medo.
Isso não é nenhuma garantia de que a pessoa vá ter responsabilidade afetiva e cuidado com você. Mas talvez compartilhar todos esses receios com a pessoa que estiver diretamente envolvida neles seja uma boa decisão para lidar com esse medo que pode atrapalhar a relação.
5. Viva o presente!
Se o seu medo de se apaixonar foi causado por algum trauma do passado, especialmente por uma pessoa, não permita que essa pessoa e esse trauma sejam maiores do que a sua vontade de ser feliz. Portanto não empodere quem ou o que te faz sofrer. Encerre os capítulos do passado e inicie os próximos.
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Além disso, não viva no futuro. Não viva no medo de que as coisas vão dar errado ou vão terminar em sofrimento. Viva o presente dia após dia e entenda que o futuro vai se construir pouco a pouco. Pare, então, de visualizar um futuro terrível e se permita, mesmo que por uma primeira vez, visualizar um futuro positivo.
Enfim, ter medo de se apaixonar é mais comum do que pensamos e pode ser fruto de traumas e de abusos que vimos ou pelos quais passamos. Dê tempo ao tempo para se recuperar disso e dê a si mesmo a possibilidade de ser feliz. Você vai vencer isso, se assim quiser!