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5 dicas para dialogar com empatia e sem agressividade

Duas pessoas segurando as mãos. Elas estão sentadas num sofá.
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

Na vida, sempre tem aquela pessoa com quem toda conversa acaba se transformando em uma discussão, não é mesmo? E o problema é que essas discussões, muitas vezes, passam do ponto e acabam em ofensas, em desrespeitos até mesmo em agressão física.

Por isso é que é essencial exercitar a empatia quando for conversar com alguém, seja quem for essa pessoa. Para ajudá-lo a evitar entrar em confrontos e conflitos quando for simplesmente conversar com alguém, preparamos as 5 dicas a seguir. Confira:

1 – Quando estiver ouvindo, apenas ouça

Essa dica pode parecer redundante, mas na verdade não é. Quando estamos em uma discussão mais acalorada ou mesmo em uma conversa calma, mas que existam dois lados discordantes, é comum que comecemos a ouvir a pessoa com quem estamos debatendo já com a intenção de respondê-la à altura.

Duas mulheres asiáticas conversando.
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E isso não é um diálogo. Quando você começa a falar, não gosta de ser ouvido? Então, ofereça o mesmo para a pessoa que está conversando com você: ouvidos atentos e atenção plena. Quando você presta atenção de verdade e tenta sentir o que a outra pessoa está comunicando, o diálogo flui com mais afeto e menos agressividade.

Agressividade não problema algum, apenas cria novos. Por isso não importa se é com seu parceiro afetivo, familiares, amigos ou até mesmo desafetos, ofereça seus ouvidos atentos e não transforme uma conversa num bate-boca. É o famoso “não eu contra você, mas nós dois contra o problema”.

2 – Comunicação é dar e receber

Comunicação é uma troca. Se somente um dos lados dá e somente o outro recebe, não há troca. Então, seguindo na linha da dica anterior, estar disponível para assumir os dois lados de uma conversa, aquele que fala e aquele que escuta, é essencial para que a conversa seja mesmo uma conversa.

E você não tem que ouvir somente porque, quando chegar a sua hora de falar, você quer ser ouvido. Se agir com essa motivação, continuará sendo egoísta. Você tem que dar espaço para o outro simplesmente porque esse outro se importa tanto quanto você.

Duas mulheres conversando sentadas à mesa.
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Empatia não é, no fim das contas, fazer por querer receber em troca. É fazer para acolher o outro, a dor do outro, a necessidade do outro. É sentir com ele. E aqui vamos para a nossa próxima dica.

3 – Sinta com as pessoas

Muita gente acha que empatia é tentar se colocar no lugar do outro, mas não é bem assim. Na maioria das vezes, colocar-se no lugar do outro é algo impossível, porque é uma pessoa diferente de nós, com uma bagagem diferente da nossa. Como se colocar no lugar de uma mãe magoada com o filho sem ser mãe ou pai?

Difícil, não é? Então, em vez de tentar ocupar o lugar do outro, simplesmente sinta com ele. Você não precisa tentar se colocar no lugar de uma pessoa para ser empática, para entender que ela está triste, com raiva, magoada, ansiosa, angustiada e por aí vai.

Então, repetindo: pare de tentar ocupar o espaço do outro, pois o espaço dele pertence a ele. Ocupe somente o seu e tente transformar o seu em um ambiente de acolhimento, em um abraço caloroso e gentil. É preciso fazer a pessoa pensar: “Não somos o mesmo, mas ele está participando comigo do meu incômodo, e isso é bom”.

4 – Exerça o silêncio

Às vezes, quando não sabemos bem o que dizer, enfiamos os pés pelas mãos e acabamos falando bobagem… Quem nunca se arrependeu cinco segundos depois de ter falado algo que poderia ter sido evitado se não tivesse sentido quase que uma necessidade de responder?

É normalmente assim que se iniciam as discussões com alguém que poderia ter optado pelo silêncio escolhendo responder, mas, por não ter argumento ou sensibilidade, optando pela agressividade, pela rudeza e pela rispidez. Nem toda conversa é um convite à discussão.

Uma mulher e um homem, ambos dando as costas um ao outro. Eles estão sentados num banco.
RODNAE Productions / Pexels

A dica aqui é optar pelo silêncio sempre que qualquer resposta não parecer a ideal. E manter o silêncio não é deixar alguém sem resposta, mas dizer sinceramente algo do tipo: “Olha, não sei o que responder, mas entendi”, “não sei como responder, mas conte comigo” ou “peço-lhe desculpas e vou só tentar não fazer assim de novo”.

5 – A discordância existe

Passamos a maior parte do tempo em um “lugar”, que é dentro da nossa cabeça. Então, é grande a tendência a achar que estamos certos, que o nosso ponto de vista é válido, porém não existe somente a nossa realidade, não é? Há muitas outras maneiras de ver o mundo que são diferentes da nossa.

Há essa ideia baseada no senso comum de que toda conversa precisa terminar em um acordo, em um convencimento, em uma concordância, mas nem sempre é assim. Algumas conversas são trocas de ideias que terminam com os dois lados continuando a discordar, e tudo bem em relação a isso.

Isso é particularmente cruel com casais, porque somos levados a pensar que, no amor, devemos ser um só, mas, na realidade, continuamos sendo indivíduos diferentes e com ideias diferentes. Sendo assim, em vez de querer convencer alguém ou de se colocar na posição de ser convencido, apenas se preocupe em falar clara e afetivamente e ouvir da mesma maneira.

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Evitar ofensas, agressões e outros comportamentos impulsivos quando está numa conversa não é tão difícil assim. Quando exercitamos a empatia, acionamos nossos ouvidos para realmente ouvir e não transformamos o diálogo em uma disputa, as conversas acabam sendo muito mais enriquecedoras. Teste e confirme que isso é verdade!

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