Quando eu era criança, todos os anos ganhava um livro como melhor aluna da sala. Este gesto da escola foi muito responsável por meu amor pela leitura: foi assim que entrei no mundo de Cazuza, do Meu Pé de Laranja Lima, da Coleção Vagalume e tantos outros.
Hoje em dia acabo lendo muito coisas relacionadas ao meu trabalho – eu, como você, leitora, sou apaixonada por autoconhecimento. Uma vez escrevi num artigo que tem época em que me sinto fazendo um “foie-gras mental”: vou “ingerindo” tanta coisa nova que preciso parar e não olhar mais para nada.
E então, passado um tempo, tenho que procurar estratégias para voltar a ler: outro dia li um post de alguém falando sobre não levar o celular para o banheiro e, ao invés disto, levar um livro. Esta é uma das que adotei.
Outra coisa que me ajuda muito é voltar a ler coisas mais leves. Se quiser ler mais dicas, dê uma olhada neste texto.
No mês em que se comemora o Dia do Livro, compartilho aqui algumas indicações de leituras leves, mas que não deixam de fazer a gente refletir.
1) Vamos Falar Sobre a Vida? – Edna Andrade
Neste livro, a aconselhadora biográfica Edna Andrade fala sobre o trabalho biográfico sob a luz dos setênios ou ciclos de sete anos.
Edna foi minha aconselhadora, e as perguntas que ela coloca nos livros serviram de base para que eu pudesse revisar a minha própria biografia e entender melhor o momento atual, os aprendizados que tive, o caminho ainda a percorrer na maturidade.
Antroposofia às vezes pode ser um pouco densa, mas a autora foi muito feliz ao trazer o assunto de forma leve e prática. É um excelente livro para quem quer começar a revisar e entender sua história de vida.
2) Hector em Busca da Felicidade – François Lelord
Neste livro, Lelord, ele mesmo psiquiatra, conta a história de um terapeuta que acha que não está ajudando plenamente seus clientes. Decide, então, viajar pelo mundo para tentar entender melhor o que faz as pessoas felizes.
Lelord foi capaz de trazer inúmeras lições de forma leve, com o olhar às vezes até ingênuo, como o de uma criança, enquanto ele mesmo lida com suas questões pessoais – afinal, não deixamos de ser pessoas quando nos tornamos terapeutas.
É um livro maravilhoso, talvez a minha ficção favorita. E se você, como eu, se apaixonar por ele, pode continuar lendo: há o Hector em Busca do Tempo Perdido e outros da mesma série.
3) Do For Love – Leticia Melo
Neste livro, Letícia Melo conta a história de seu voluntariado no Sudeste Asiático, em lugares como o Camboja, Tailândia e Vietnã.
A Letícia conta com verdade e simplicidade a história desta aventura, que virou o documentário “Um Dia Eu Voltaria”, exibido em sessões de cinema em vários lugares do mundo e também na TV paga.
É muito interessante e inspirador ver uma pessoa viver uma experiência de forma desapegada e aberta como ela fez.
4) Recalculando a Rota – Alana Trauczynski
Este é um livro em que a Alana Trauczynsky conta sobre a sua aventura pelos Estados Unidos e como se conheceu nesse processo.
Depois desta aventura ela criou o programa Recalculando a Rota, um divisor de águas no meu processo de autoconhecimento.
5) A Namorada do Dom – Dulcineia Santos
O livro em que falo sobre as lições que aprendi com meus relacionamentos foi mais uma parte do meu processo de autoconhecimento e cura.
Nele, convido a leitora a olhar para a própria caminhada, observar aqueles momentos em que a vida parece se repetir com personagens diferentes e tirar suas próprias conclusões sobre as lições que você precisa aprender, para não precisar mais repeti-las.
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