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5 seriados que derrubam estereótipos femininos

Studio People Shoot Portrait Isolated
Escrito por Eu Sem Fronteiras
A ideia tacanha de que lugar de mulher é na cozinha felizmente vem sendo derrubada a muito custo e anos de lutas. E, graças a essa batalha, mesmo que aos poucos, mudanças relevantes aconteceram e ainda acontecerão no curso da nossa história como sociedade.

A dramaturgia é um instrumento poderoso de reflexão e discussão a respeito de temas como a quebra de estereótipos dominantes em nossa realidade. E é por meio dela que listaremos cinco seriados (dentre os diversos) que abordam e derrubam a ideia de que a presença feminina deve ser encontrada apenas nos lares, sendo ocupados por donas de casas e esposas recatadas.

Orange is the new black

Foto: Divulgação.

Essa produção da Netflix gira em torno de Piper Chapman e retrata um pouco do que se passa nos presídios femininos. Com seus dramas, sonhos, demônios, dificuldades e personalidades, a diversidade da trama tem como representação as mulheres negras, latinas, gordinhas, lésbicas, idosas, religiosas, transexuais e uma mescla de histórias incríveis, tristes e ao mesmo tempo apaixonantes. Vencedora de diversos prêmios, OITNB merece atenção por abordar assuntos delicados como abuso sexual, estupro, maus tratos e as mazelas da vida em uma cela.

Sense8

Foto: Divulgação.

Oito pessoas, de oitos países diferentes, que não se conhecem, mas estão conectados de alguma maneira. Apenas por essa breve descrição já dá pra perceber que Sense8 (também da Netflix) é muito diferente de tudo o que já se viu. Criação das duas irmãs (transgêneros) Wachowski, conhecidas pelo filme Matrix, tem como um dos enfoques a questão da transexualidade. Uma das personagens (Nomi) é vivida pela atriz transexual Jamie Clayton, que mostra ao público que gênero é algo além de um conceito biológico. Como disse Simone de Beauvoir: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. E, com essa premissa, a série dosa pitadas de romance, comédia, ação e suspense.

How to get away with murder

Foto: Divulgação.

How to get away with murder é o tipo de série que, quando você começa, dificilmente vai querer parar. Annalise Keating, interpretada por Viola Davis, é uma advogada criminal e professora universitária conhecida por sua ferocidade nos tribunais e por métodos nada ortodoxos quando o assunto é defender seus clientes. Junto de dois sócios e cinco alunos, escolhidos por elas para auxiliá-la em seu trabalho, o negócio pega fogo quando todos se envolvem em uma sucessão de assassinatos cheios de suspense e drama.

Aqui encontramos uma mulher negra, forte, cheia de personalidade e que divide opiniões quando se fala de caráter. No entanto, a riqueza do roteiro se encontra na construção dessa persona repleta de falhas, fragilidade e poder, mas que carrega em si uma carga dramática de quem enfrentou as barreiras do preconceito racial, abuso sexual, machismo e tantas dificuldades pra se chegar a uma posição de sucesso.

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Grace and Frankie

Foto: Divulgação.

A Netflix acerta mais uma vez com essa comédia deliciosa estrelada pelas veteranas Jane Fonda e Lily Tomlin. As duas sofrem um baque ao receber a notícia de que seus maridos são gays e pretendem se casar depois dos 70 anos. Não muito amigas antes da revelação, essas duas “senhoras” completamente distintas se tornam aliadas e partem em busca de um recomeço no auge da terceira idade. É uma abordagem cômica e sutil sobre o universo de pessoas mais velhas e os problemas vividos nessa faixa etária.

Broad City

Foto: Divulgação.

Dona de um feminismo puro, essa série da Comedy Central aborda questões como sororidade, amizade, emponderamento feminino e um grande dane-se ao machismo enraizado em nossa cultura. Abbi Jacobson e Illana Glazer são criadoras e produtoras de Broad City e dão nome a essas duas jovens de Nova York que não deixam barato quando são assediadas na rua, se vestem da maneira que querem, se tratam como rainhas, beijam quem elas querem; e tudo da maneira mais leve e engraçada possível. Sem pudores e preconceitos, o programa garante muitas situações divertidas e roteiro totalmente fora da caixa. Vale muito a pena.


Texto escrito por Juliana Alves de Souza da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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