Comportamento Psicologia

6 coisas pelas quais você não deve sentir culpa

Mulher com mãos no rosto enquanto outras mãos apontam para ela em acusação
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

A culpa é um dos sentimentos mais dolorosos que podemos sentir, especialmente porque normalmente ela vem junto com outras emoções bastante negativas, como frustração, medos, traumas, entre outros. Enfim, precisamos aprender a lidar com ela e, em alguns casos, a simplesmente não sentir nenhuma culpa.

Em resumo, esses casos são aqueles nos quais você resolve se colocar em primeiro lugar, cuidar de si mesmo e se preparar para uma fase melhor e nova em sua vida. Dessa maneira, mesmo isso soando bonito, recomeços, mudanças e reflexões sobre o passado podem vir com um forte sentimento de culpa…

Porém, antes de mais nada, vamos entender o que é culpa.

O que é culpa?

“Culpa”, segundo o dicionário de Oxford, é a “responsabilidade por dano, mal e/ou desastre causado a outrem ou a si”. Ou seja, é aquela sensação ruim que vem quando percebemos que cometemos um erro, que não fizemos o que deveria ser feito, que agimos de maneira inadequada, e por aí vai.

A Psicologia nos diz que a culpa está diretamente ligada à frustração: quando não conseguimos atingir nossos padrões ou os padrões de alguém, vem a culpa, que nada mais é do que a sensação ruim que se abate sobre nós quando percebemos que violamos as expectativas, os valores as crenças e a moral que temos ou que os outros esperam de nós.

Por que se livrar da culpa?

Sentir culpa é normal e, afinal de contas, não é um mau sinal. Quando você sente culpa, isso significa que você realmente entendeu. E mais do que isso: realmente sentiu que cometeu um erro ou algo assim. Então não encare a culpa como uma coisa ruim, porque ela pode te ajudar.

Além disso, muitas vezes nos sentimos culpados por nos priorizarmos, por deixarmos de lado o que os outros ou a sociedade espera de nós (até mesmo o que esperamos de nós). Porém é o seu autocuidado que vai te salvar e te conduzir rumo ao melhor caminho. Então você não pode se sentir culpado por cuidar de si.

Para te ajudar nisso, preparamos uma lista com 6 situações pelas quais você jamais deve se sentir culpado. Confira e nunca se sinta culpado.

1 – Por estabelecer limites

Dizer “sim” o tempo todo vai fazer com que você viva agradando aos outros. Você vai ficar conhecido como uma pessoa simpática, disponível, generosa e solidária. Mas e quem cuida de você enquanto você cuida de todo mundo? Por isso, você precisa aprender a estabelecer limites e não se sentir culpado por isso de jeito nenhum.

Antes de dizer “sim”, de se comprometer, de estender a mão, e por aí vai, pense: “Isso vai contra a minha vontade?”, “Estou fazendo algo que realmente quero fazer?”. Portanto, se as respostas forem negativas, repense essa sua atitude e estabeleça limites. Diga “não”, afaste-se… enfim, faça o que for melhor para você, nunca somente para o outro.

E lembre-se do seguinte: as pessoas que realmente amam você vão entender que os limites que você estabeleceu foram para o seu bem, para que você cuide de si. Então elas vão não só respeitá-los como também aplaudi-los! Assim sendo, não hesite ao se afastar das pessoas que não respeitarem os limites que você impôs.

2 – Por se priorizar

Você é a pessoa mais importante da sua vida. Você é a única que sabe exatamente o que você sente, o que pensa, o que não deseja, o que odeia, e assim por diante. Então quem melhor do que você para fazer exatamente aquilo que deseja e de que precisa? Dessa forma, você precisa entender que é preciso se priorizar.

Quando você se prioriza, além de fazer bem a si mesmo, entenda que você também faz bem a todo mundo que faz parte da sua vida, porque buscar a sua paz e a sua felicidade também vai trazer esses sentimentos para a caminhada de quem ama você. Enfim, priorize suas vontades!

E pense novamente do conselho do último parágrafo do item anterior: não se sinta culpado também por se afastar de pessoas e situações que não compreendem nem aceitam que você precisa pensar em si mesmo e cuidar mais dos seus interesses.

3 – Por colocar pontos-finais

Um relacionamento deixou de fazer sentido? Um emprego traz infelicidade? Um hábito ou um hobby não propicia mais bem-estar? Uma amizade deixou de fazer bem? A presença de um familiar causa sentimentos ruins? Enfim, as situações incômodas podem ser muitas, mas você precisa aprender a colocar pontos-finais.

Sim, términos de relacionamento, afastamento de amigos e outras situações já vêm naturalmente com sentimentos negativos e dolorosos. Então não adicione ainda mais um, que é a culpa. Não permaneça em situações e ambientes nos quais você não vê mais sentido e que não te realizam mais.

Você precisa entender que, se não faz mais sentido para o seu coração e se você considerou muito bem o que fazer, e está agindo de maneira responsável (inclusive responsável afetivamente com as pessoas com quem está envolvido), é isso que importa. Finais abrem espaço para novos começos.

4 – Pelo distante passado

Quem você era ontem não é quem você é hoje, então não é justo se “medir” usando a régua que tem hoje. Atualmente, você provavelmente é uma pessoa mais sábia, mais experiente e mais madura, considerando que viveu muito mais situações do que o seu eu do passado. Então pegue leve com sua versão lá de trás.

Não é justo viver se arrependendo das atitudes tomadas há algum tempo, especialmente porque, lá atrás, é muito provável que você tenha feito aquilo que achou que fazia sentido. Se os resultados não foram os esperados, a culpa provavelmente não é somente sua.

Por fim, entenda: foi a sua caminhada desde lá de atrás que te trouxe até aqui. Por isso, você só é quem é hoje porque cometeu seus erros e fez seus acertos no passado. Portanto pegue leve com a sua versão “mais antiga” e enxergue no futuro uma chance de fazer diferente, mas sem se culpar pelo que já passou.

5 – Por não ter percebido

“Como não percebi que essa pessoa faria isso comigo?”, pensa uma pessoa que foi traída por um parceiro, um amigo, um familiar, um colega de trabalho ou outra pessoa. É fácil pensar assim atualmente, agora que você já sabe de tudo que aconteceu e quem era essa pessoa ou como seria determinada situação.

Mas, novamente, não é justo fazer isso com seu eu do passado. Se você soubesse das consequências, provavelmente não teria se enganado. Se acabou se enganando, isso nem sempre é culpa sua. Pessoas mentem, expectativas são criadas, problemas acontecem… Enfim, não veja como sua culpa algo que envolve tantos fatores.

Que isso sirva de lição para as próximas situações, mas também que você não fique remoendo e se culpando demais por ter se frustrado, por ter confiado demais, por ter esperado demais. Em vez disso, veja sua confiança, sua entrega e sua expectativa como boas características de alguém que se dispõe a viver. Se der errado, faz parte.

6 – Por não ter feito ainda

Quantos sonhos ficam adormecidos em nós enquanto corremos com as obrigações da vida e do dia a dia? Quantas metas não cumprimos? Quantas vezes negligenciamos nossos planos, nossos objetivos, nossa saúde, nossa felicidade…? Mas, se você deixou de fazer uma coisa, é porque fez outra, entende?

Aqui vai um exemplo: se você deixou de varrer a casa porque ficou assistindo a uma série, pare de ver somente o “não varri a casa” e veja também o “decidi descansar e assistir a uma série”. Nenhum tempo é jogado no lixo. Tudo serve de experiência, mesmo o que dá errado, seja lá o que é dar errado.

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Enfim, respeite o seu tempo, valorize tudo que você construiu e conquistou até agora e, em vez de focar aquilo que você ainda não tem e os lugares aonde ainda não chegou, foque aquilo que você já tem e já alcançou. Não se culpe por não ter feito ainda, pois sua hora vai chegar, e muitas outras coisas foram feitas no caminho.

Sim, lidar com a culpa não é fácil e não tem atalhos: muitas vezes, a dor precisa ser sentida mesmo… Mas, quando você aprende a limitar essa dor, a impedir que ela apareça diante de determinadas situações nas quais você decide cuidar de si e se priorizar, passa a viver mais leve. A vida pode ser pesada, então não carregue culpas desnecessárias!

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