Neste vasto mundo em que vivemos, a cultura é um dos aspectos que mais diferenciam os povos e países. Seja com hábitos alimentares ou religiosos, cada país tem a sua ordem. Essa questão também se aplica na vida familiar e na educação dos filhos.
Foi observando essa questão que a autora americana Pamela Druckerman escreveu o livro “Crianças francesas não fazem manha”. Ela investigou a fundo as diferenças entre a criação dos seus filhos e dos filhos dos franceses. Qual foi a grande diferença encontrada? Os pais franceses não tratavam seus filhos como “mini-reis”, não os tornavam o centro do universo, apenas os incluíam nas atividades que já praticavam.
A autora observou, principalmente, a importância de dizer “não” aos pequenos. Os pais americanos têm o costume de dar longas explicações e até satisfações para seus filhos, quando simplesmente deveriam impor suas certezas como pais e educadores.
Além destas observações, Pamela reuniu mais algumas considerações:
Alimentação
O cuidado com a alimentação dos filhos é algo que chega a tirar o sono de muitos pais, mas para os franceses sua prole come o menu completo, em horários rígidos e à mesa. Geralmente, a refeição inicia com uma salada e termina com um queijo. As crianças comem uma versão encurtada deste menu adulto, mas, ainda assim, são incentivadas a experimentar tudo o que os adultos comem. Não existe “menu infantil”! E preparar algo diferente só porque a criança não come aquela comida em específico? Nem pensar!
Hora de dormir
O momento de dormir é tratado com muita sabedoria pelos franceses. Enquanto nos Estados Unidos e em boa parte do mundo os pais passam meses acordando durante a noite para atender ao choro dos filhos ou para se certificar que está tudo certo, na França eles têm o costume de aguardar cerca de 10 minutos para entender se a criança está de fato infeliz e incomodada. Além disso, têm uma grande preocupação em não criar condicionamentos nos filhos e em si mesmos.
Esperar mais do seu filho
Tudo bem que seu filho é apenas um ser em desenvolvimento, mas por que ele não pode aprender a falar “por favor”, “obrigado”? Por que você não pode esperar mais dele? Seu filho pode aprender a ter paciência, a buscar o convívio com paz e não apenas viver no caos. Este tipo de situação parte dos pais ao não transformar as suas vidas e em um grande “filiarcado”.
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Ensinar o seu filho a lidar com a frustração vai deixá-lo ciente de que nem tudo é possível de se fazer/comprar/ter. Além de, claro, torná-lo um adulto melhor no futuro.
Mas fique tranquilo! Nada disto é fácil. E está tudo bem errar! Afinal, você ainda está aprendendo a como ser um pai ou mãe, não é?
Escrito por Gabrielle Carreira da Equipe Eu Sem Fronteiras.