“Eu não consigo, eu não dou conta, eu não sei, não resolve, não funciona”…
E há 20 anos eu repito:
“Você é resultado daquilo que você pensa, escolhe e, por fim, come!”
Nós podemos fazer escolhas, foi nos dado o livre arbítrio, ninguém pode ser responsabilizado por nossos dissabores, frustrações, insucessos e se alguém nos ocasionou dor, foi porque simplesmente permitimos.
Temos o poder de escolha, sobre absolutamente tudo!
A causa da tristeza não é por culpa da calça jeans que não serve, e também não é por culpa do pote de doce que foi devorado numa sentada, e nem do relacionamento amoroso que não acrescenta.
Mas nossa mente tem sido alimentada o tempo todo para nos boicotar, seja nos filmes, quando a mocinha triste e carente senta no chão da cozinha e começa a comer compulsivamente o pote de sorvete ao som de uma música romântica melancólica, ou a família reunida e feliz que é mostrada na propaganda de margarina tem ainda jovens frenéticos com fones nos ouvidos tomando a “felicidade”…
E daí a gente começa a acreditar que para ser aceito nesse mundo, realmente é necessário consumir esse ou aquele alimento. O apelo emocional vinculado aos alimentos é muito forte.
Porém, voltando ao início da conversa, lembre-se: – Você é dono(a) das suas escolhas, sendo assim, torna-se fácil quando se toma as rédeas da própria vida.
Certa vez li algo muito legal num livro, já faz bastante tempo, mas vou contar a vocês essa história para que possam mensurar o tamanho do poder da nossa mente.
O autor é um renomado profissional de atividade física, que treinou várias celebridades. Ele conta que teve um cliente que já havia tentado atravessar o Canal da Mancha por quatro ou cinco vezes, e em todas as vezes a pessoa fracassou. Então, foi buscar ajuda e fazer uma avaliação com esse profissional. Chegando lá, a certa altura da conversa, o profissional conclui: – Você está com seu condicionamento físico perfeito, porque não consegue finalizar a prova? Seu cliente, respondeu: – Não entendo também.
O profissional quis saber mais:
- O que você pensa no ponto em que desiste da prova?
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Ah, sim, eu penso: “Já nadei metade, ‘AINDA’ falta metade. Daí eu desanimo, perco o foco, o cansaço toma conta de mim e eu paraliso.”
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Interessante! Tente da próxima vez, exatamente neste momento, pensar o seguinte: “Já nadei metade, ‘SÓ’ falta metade”. Vai lá fazer a prova e volte para me contar, ok?! Em relação a sua dieta e condicionamento físico, nada a acrescentar.
Eu preciso concluir a história?
Viu o poder que a mente impera sobre nós?
Claro, que a pessoa conseguiu! Depois que alinhou seu preparo físico, equilibrou o racional e emocional, optou por acreditar na sua própria capacidade e resgatou a Fé.
Todos os vencedores têm mente de vencedores porque têm acesso aos seus próprios recursos internos. Acreditam mais em si mesmos do que nos outros, não desistem enquanto não conquistam aquilo que almejam. Não se importam com o percurso, se será fácil ou difícil, ou com o tempo gasto com a dedicação. O único adversário que eles querem vencer são eles próprios.
Na Reeducação Alimentar o processo é o mesmo, a solução não está no medicamento que inibe a fome, porque é fisiológico sentir fome. Nem nas capsulas ou shakes que substituem os alimentos, nem naquela interminável lista de restrições, nem nas dietas da moda ou aquelas malucas, e muito menos nas substâncias esquisitas milagrosas.
Quando ainda atendia adultos, vários deles eu consegui fazer com que enxergassem por essa ótica da verdadeira Ciência da Nutrição, ao invés de deixá-los focados apenas na contabilização de calorias ou de seguir a “dieta”. No caso da nutrição eu acho errado denominar um indivíduo como sendo paciente, dá uma ideia de passividade. Não! A pessoa que deseja passar por um processo de emagrecimento, por exemplo, ela deve ser ativa, consciente, e tomar para si as atitudes que a levarão a um resultado satisfatório e permanente. Por isso, atualmente eu trabalho com pequenos aprendizes, crianças com curiosidade aguçada e dotadas de uma inteligência emocional mais apurada, isso facilita e muito o meu trabalho.
Não existe a melhor dieta, tudo passa com o tempo, há 15 anos atrás mais ou menos o ovo era praticamente condenado pela classe médica por fazer aumentar consideravelmente os níveis de colesterol. Hoje se sabe que não é bem assim, mas novamente a insensatez toma conta porque agora se prescreve 5 unidades de ovos por dia, o vilão da vez é o glúten.
E assim caminha a humanidade… Sem essência e com excesso de tendência.
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