Bom, não sei se você é assim, mas eu sou…
E estou vendo que comer a mais ou comer coisas que, a longo prazo, não me fazem bem, para agradar aos outros e ser educada, talvez tenha sido uma merda de hábito que eu aprendi a ter.
A gente aprende desde criança que é falta de educação deixar comida no prato e recusar comida quando somos convidados na casa do outros. Falta de educação?
Isso ficou tão forte gravado em mim que, mesmo tendo uma voz que me diz: “Agora chega, não precisa, não come!”, tem um impulso mais forte que vai lá e come.
É bizarro!
E agora que eu ando muito mais sem comer derivados de leite, vim para a Europa, onde tem queijos para todos os lados. Ainda mais na França! E, imagina, estou na casa dos meus sogros e parentes daqui… E eles amam queijo… Eu andei comendo. Sim, é gostoso. Sim, é uma tradição, quase que um ritual. Sim, é sociável. Mas não, não me faz bem. Estou sentindo o meu corpo inchado, às vezes os olhos pesados e o mau humor mais frequente. Eu liguei os pontos. Quando eu comia queijo direto, nem percebia esses efeitos, achava que era normal ou podia ser outra coisa. Mas agora ficou bem claro. E é bizarro mesmo a minha atitude de, mesmo sabendo e totalmente consciente da merda que é a indústria leiteira e dos efeitos no meu corpo, eu ainda como. Parece um vício. Eu acordo de manhã pensando: hoje vou ficar de boa, não vou comer queijo, vai me fazer mal. Mas quando eu estou com fome e o que tem é queijo, ou mesmo quando eu vejo aquele prato cheio de queijos diferentes e gostosos, eu como. Qual a solução? Não sei…
O que eu posso fazer agora? Primeiro, tomar consciência dessa voz meio autossabotadora que diz: “Foda-se o preço que vou pagar, vou comer mesmo assim!”. Segundo, julgá-la menos, pois sou humana.
E você, quando viaja e não consegue manter uma rotina saudável, como se sente?
Pelo menos a prática de yoga estou mantendo (salva o dia)!
Beijos!
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