Na minha casa, tenho conexão com todos os elementos, a todos tenho respeito e sou grato por eles me servirem, acredito no panteísmo (Deus em tudo o que existe), cuidado para não confundir respeito por devoção a algo material, é apenas ter ciência que aquilo foi feito por alguém, saber que houve investimento de tempo, energia, criatividade e dinheiro para que aquele objeto fosse parar dentro da minha casa e me servir de alguma maneira. Mais recentemente, por um crédito adquirido em uma loja de coisas para casa, temos duas novas almofadas na nossa varanda (nossa varanda é um espaço especial para nós, pois fomos nós que decoramos, do jeito que queríamos, para momentos de relaxamento, meditação e contato com a natureza com muitas plantinhas), mas nos últimos dias vejo as almofadas lá e sinto que não estão conectadas com o espaço, estão dispersas, como se não fizessem parte daquele lugar (quase sinto pena delas).
Pois bem, onde quero chegar com essa conversa maluca? Sabemos que todos os fenômenos que acontecem no plano micro também acontecem no macro. Mudemos agora de pobres almofadas para pessoas, pessoas em um ambiente de trabalho, escola, família ou qualquer outro, em um ambiente desse tipo, onde vamos compartilhar um espaço por horas, dias, meses e anos, é importante que de forma instantânea se crie uma conexão, simples ou complexa. Um sorriso, um bom dia sincero, desejando que a pessoa tenha realmente um dia proveitoso e agradável, um aperto de mão, algo que mostre que você enxerga aquela pessoa, que aquela pessoa está no seu campo de visão e que durante um período, curto ou longo, compartilharão o mesmo espaço, energia e deseja que, durante o tempo que estiverem juntos, seja o melhor tempo possível. Caso contrário, será uma pobre almofada largada na varanda e definhando sol a sol, chuva a chuva, sofrendo e apenas esperando a hora de ir embora daquele lugar. Pode haver quem diga: “Mas eu faço tudo isso e as pessoas são grosseiras e mal-humoradas o tempo todo!”, quando ouço isso, eu me vejo obrigado a citar um conto muito interessante e que exemplifica tudo isso:
Existiam dois monges à beira de um rio, lavando as suas vestes, quando de repente um dos monges vê um escorpião se afogando nas águas do rio, imediatamente o monge o tira da água. Nesse momento, o escorpião pica a sua mão, o monge muito calmo o coloca na margem e continua a sua tarefa. Poucos segundos depois, o escorpião cai novamente na água e o monge repete o ato, o escorpião também, o outro monge apenas observa, dali poucos segundos a história se repete, então, o segundo monge não aguenta e diz: “Por que você faz isso? Não vê que esse escorpião o pica sempre que você o salva?”, então, o primeiro monge responde: “Sim, eu sei, mas ele é um escorpião, eu sou humano, cada um faz o que lhe é próprio.”.
Cabe a você definir quem você será, as escolhas são suas, muitas vezes vai parecer uma batalha perdida, impossível transformar as trevas, mas vale lembrar que até a menor chama em meio à escuridão total é vista à longa distância.
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