Energia em Equilíbrio Saúde Integral

A deficiência como ponto de partida

Grupo de pessoas enfileirados formando o desenho de um cadeirante.
Escrito por Cintia Natoli
É interessante os tipos de deficiência que são reconhecidos dentro da nossa sociedade.

Mais interessante ainda é o excesso de cuidado ao aplicar termos, que vão mudando de tempos em tempos, para pessoas com deficiência, ou portadoras de necessidades especiais, ou então várias outras nomenclaturas que tentam transmitir respeito, mas que, no fim, não mudam a realidade daquelas pessoas. Muda mais a imagem de quem quer falar sobre o assunto, do que quem realmente convive com aquela realidade.

As pessoas demonstram medo quando o assunto é deficiência. Medo de não poderem se movimentar ou de viverem uma vida limitante. Ligam o corpo às condições plenas de vida.

A questão é que tem muita gente por aí, sem qualquer limitação física, mais imóvel e infeliz do que muitos deficientes físicos.

A verdade é que a maior deficiência que existe é a deficiência emocional e esta ninguém nomeia, ninguém considera como deficiência, pois não pode ser vista. Porém, de forma indireta, ela recebe vários nomes, como depressão, ansiedade, medo, pânico, estresse, irritabilidade, desânimo, entre tantas outras que atingem grande parte da nossa população atualmente.

 

deficiência

A maior deficiência não está em ser cego, mas, sim, em ter a visão e não conseguir enxergar as coisas com bondade e a pureza em cada gesto.

A deficiência não está em não poder andar com as próprias pernas, mas, sim, em ter mobilidade, mas escolher ir a lugares que não te levarão a lugar algum, ou mesmo ficar estagnado em um mesmo lugar.

A deficiência não está em ser surdo, mas, sim, em poder ouvir e não conseguir escutar o que o outro diz, pois está preocupado somente consigo mesmo.

A deficiência não está em possuir alguma limitação intelectual, mas, sim, em ter uma inteligência e agilidade mental apuradas e ainda ser intolerante, arrogante e não possuir inteligência emocional para o trato com o próximo.

A deficiência não está numa paralisia, mas sim naquele que possui todos os movimentos ativos, mas passa o dia sentado em frente a um computador, focado apenas em trabalho.

A deficiência não está atrelada a uma cadeira de rodas, uma muleta, ou uma cama, pois elas jamais poderão amarrar um ser humano que tem EFICIÊNCIA EM VIVER.

A única deficiência capaz de amarrar um ser humano é a deficiência da VONTADE DE VIVER. Quem não tem vontade de viver, fica preso a sua própria mente. Esta, sim, te amarra, te prende, te bloqueia, te limita e te impede de ir além.

Geralmente ouvimos as pessoas que recentemente ficaram com alguma limitação física, dizerem: agora vou ficar presa neste corpo imóvel! Mas, com o tempo, depois que a raiva, a tristeza e a inconformidade passam, a pessoa entende que ela está viva e que precisa se adaptar a uma nova realidade e a um novo corpo. A partir daí, só depende da vontade de viver e da sua mente, seguir em frente e encontrar novas formas de viver a vida de forma plena e feliz. Neste processo de dor, entra o amor. O amor dos amigos, da família e de quem estiver ao nosso lado.

Existem sim, situações muito mais graves e que podem trazer uma barreira maior para este processo, pois existem limitações físicas mais complexas. Mas de uma coisa você pode ter certeza: onde há amor, não há limites, pois há cuidado, dedicação, carinho, respeito e, principalmente, INCENTIVO!

Todos nós nascemos deficientes, vivemos em uma sociedade deficiente em vários aspectos e passamos a vida, deficientes; mas seguimos VIVOS.

Olhe para o seu corpo e seja grato por ele da forma que é!

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Enquanto você diz que preferia não ter escutado o que alguém disse, existe outra pessoa que gostaria de poder ouvir cada palavra, apenas pela alegria de poder escutar.

Enquanto você diz que tem preguiça de ir a algum lugar, pois não gosta de andar, existe outra pessoa que gostaria de poder correr incansavelmente, para sentir seus pés em movimento.

Enquanto você procura defeitos em seu corpo diante do espelho, existe outra pessoa que gostaria apenas de se enxergar diante dele.

Valorize cada pedacinho de você. Valorize cada sentido. Mas aprenda a valorizar cada deficiência que habita em você, seja ela visível ou não, seja ela interna ou externa.

Existem muitas pessoas com deficiências físicas, vivendo muito mais do que muita gente que está com o corpo em pleno funcionamento.
 Pessoas que possuem muito mais sede de viver, que cuidam melhor do seu corpo e valorizam o tempo, a vida e a si mesmas, independentemente de suas limitações físicas.

Porém isso se torna um fardo para quem possui deficiência emocional e não reconhece sua limitação. Não cuida, não trata, não busca ajuda. Gente que se olha no espelho e não consegue sair de casa por se sentir inseguro com seu corpo, mesmo este estando em pleno funcionamento. Ou gente que não consegue sair da cama, pois está deficiente de ânimo e sonhos. Gente que fuma um cigarro atrás do outro, pois está estressado ou ansioso com a vida e ainda não sabe o peso de um câncer.

A vida tem seus pesos e medidas, suas escolhas e consequências. Mas ela sempre traz alternativas para que possamos encontrar equilíbrio e alívio nos momentos difíceis. Neles é que sentimos a força do amor, ainda mais intensa. Entretanto, a vida também traz momentos de felicidade. É este movimento de altos e baixos que faz a vida PULSAR; e é isto que nos mantém ATIVOS.

Identifique a sua deficiência e aprenda a ser EFICIENTE com ela.

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Todos nós nascemos deficientes, mas com um incrível potencial de RESILIÊNCIA E GARRA!

Que a sua deficiência seja apenas o começo, um ponto de partida para um novo mundo de possibilidades e a descoberta do quanto você pode ser FORTE! Lamente, chore e permita-se sentir raiva se assim desejar, pois toda “perda” é dolorosa, mas coloque um prazo nesse pesar e, quando ele acabar, erga a cabeça e continue em frente: existem coisas que você nem imaginaria que poderiam existir se não estivesse vivenciando esta realidade do momento presente e que você vai sentir alegria e gratidão, por cada nova experiência e progresso que vierem.

O primeiro passo é aceitar a sua deficiência, seja ela emocional ou física e contar com os amigos, familiares e profissionais especializados.

Trabalhe a sua deficiência emocional, assim como a fisioterapia trabalha o corpo quando ele está debilitado. Trabalhe a sua mente, para que ela possa te levar para onde você desejar ir e entenda: não há deficiência mais limitante do que a deficiência de AMOR.

Amor por si, pelo próximo e pela vida. AME e se permita, ser amado!


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Sobre o autor

Cintia Natoli

Administradora de formação, gestora e consultora de profissão. Sempre atuei no mundo corporativo, diagnosticando e curando empresas. Após um forte chamado, adotei a prática de Reiki e venho me preparando a cada dia como terapeuta integrativa, com reflexologia podal, tarot terapêutico, meditação, florais de Bach e aromaterapia. Com o meu grande desejo de curar e tratar dores e emoções, na psicossomática do ser, hoje sou estudante de fisioterapia e pós graduanda em acupuntura. Quero tratar pessoas e levar saúde e bem estar para cada vida que passar por mim.
Escrever é uma forma de compartilhar essa deliciosa jornada que venho trilhando e quem sabe, incentivar as pessoas a melhorarem a sua realidade; a seguirem o seu coração, sem medo do tempo. Sempre há tempo para começar e recomeçar. A aceitação de si mesmo é o primeiro passo para um caminho pleno e feliz. E foi a partir desta filosofia que iniciei o projeto Eu Me Aceito Sim.

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