Convivendo

Quebre o ciclo do bullying por meio do amor

Criança segurando uma plaquinha de coração
Victoria Borodinova/Pexels
Escrito por Nathalia Lanfredi

Inúmeras crianças e adolescentes sofrem com o bullying no mundo inteiro, na verdade essa é a parte que mais temos conhecimento, porque o bullying vai além desse ambiente escolar, ele está presente em nossa família, no ambiente de trabalho e até mesmo nos círculos sociais que menos esperamos.

Fato é que ficamos horrorizados quando as notícias sobre esse assunto vem à tona. Afinal, são pessoas feridas física e emocionalmente. Há pessoas que chegam a cometer suicídio. Pessoas essas que podem estar mais próximas da gente do que imaginamos e algumas vezes, somos nós mesmos que estamos passando por isso.

Há diversos tipos de bullying, que podem ser praticados nos mais diversos níveis, das mais diversas formas, mas esse não é o foco aqui. Não quero ensinar a ninguém sobre o bullying, mas quero de alguma forma conscientizar vocês para quebrar esse ciclo.

Sim, o bullying é um ciclo. Não é uma verdade absoluta, tampouco uma regra, mas uma vez enquanto eu assistia o filme “A Cabana”, em uma determinada cena Deus mostrou que por trás de cada pessoa que comete algo cruel, há uma história em que ela foi a pessoa que presenciou a crueldade. E observando bem os exemplos que eu vi em minha vida, os casos são sempre assim.

Criança sentada no sofá com almofadas ao redor
Pixabay/Pexels

Por trás de um adolescente que xinga ou espanca o outro, há uma realidade em que esse adolescente presenciou a violência de alguma forma, muitas vezes, em sua própria casa.

Por trás de cada pessoa que aponta os defeitos da outra ou de alguma forma zomba da aparência do outro, há uma realidade em que ela foi cobrada de ser “bonita” ou “perfeita”.

E assim, consecutivamente,temos os comportamentos agressivos condicionados por outros vividos anteriormente.Sendo assim, como nós, meros mortais, podemos impedir o bullying? Simples,começando por prestar atenção aos seus próprios atos e, caso você tenha filhos, prestando atenção no que você está compartilhando com eles.

Se você ferir uma pessoa ela vai descontar em um mais fraco, então talvez evitar as punições agressivas aos seus filhos possa impedir que ele desconte isso posteriormente em um colega.

Se você zombar da aparência de alguém, há a possibilidade de ela até se transformar e entrar no padrão que é visto como belo, mas em seguida ela irá utilizar-se da sua nova “beleza” para ferir outras pessoas cuja a beleza não está dentro dos padrões.

Assim como tudo no universo, a gente muda o externo mudando o mundo interno primeiro. Atente-se aos seus atos.

Criança apoiada em uma cadeira olhando para frente com tristeza
Chinh Le Duc/Unsplash

Mas, e se eu sofri com isso no passado e por esse motivo hoje desconto nos outros?

Então, cabe a você romper esse padrão, perdoar o seu passado que é algo que pode ser feito por meio do Ho’ponopono (entenda o que é o Ho’ponopono) e então começar a compartilhar coisas boas, elogios, sorrisos, carinhos e amor.

Por fim, abro aqui um parênteses para os pais, para que sim, observem o que estão transmitindo dentro de casa, mas também observem o silêncio dos seus filhos.Muitas crianças não contam a ninguém quando estão sofrendo bullying e isso gera diversos traumas e problemas futuros.

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Estejam presentes na vida de seus filhos,levem-nos ao terapeuta principalmente nessa fase escolar, zelem por eles, demonstrem que em vocês eles têm um porto seguro e uma fonte de amor. Dessa forma, tanto o que pratica, quanto o que sofre o bullying serão acolhidos, serão curados e assim você irá colaborar para quebrar esse ciclo.

Sobre o autor

Nathalia Lanfredi

Relações Públicas, Libriana e Assistente de Comunicação aqui do EuSemFronteiras, sempre fui muito curiosa e tento entender como funcionam todas as coisas que envolvem o comportamento e os relacionamentos humanos. Por isso, a vida me guiou para estudar a comunicação e o autoconhecimento, e, por sorte, aqui eu consigo unir as duas coisas que amo e, assim, tentarei compartilhar com vocês um pouco das experiências que já vivi e espero que de alguma forma eu consiga contribuir positivamente com a vida de cada um que ler esses textos.