O ciúme sob a “VISÃO DINÂMICA”
Sabe aquele ciúme que sentimos que chega a doer o peito? Você já sentiu isso? Eu já… E muito…
É quando imaginamos a pessoa amada fazendo alguma coisa que nos machucaria e nos martirizamos com a cena mental. Nos machucamos de fato com esse ato de pensar.
Mergulhamos mais e mais na imaginação e sentimos medo, raiva e até mesmo pânico.
Chegamos até mesmo a ter certeza de que aquilo é real.
Mas será mesmo?
Pois bem, quero trazer uma VISÃO DINÂMICA sobre o ciúme.
Em nosso conceito de “Visão Dinâmica”, nada está parado, tudo é um constante arranjo.
Por essa razão, podemos, em um minuto, acreditar na mais pura crença de estarmos sendo traídos e de que não há mais qualquer tipo de esperança para, no próximo minuto, termos a certeza absoluta de que não sofremos qualquer tipo de traição, podendo tocar nossas vidas livre e tranquilamente sem qualquer preocupação.
E como fazer essa mudança quântica quando o assunto é algo tão forte quanto o ciúme?
Para começar, aumentando a consciência. E, para isso, um exercício.
EXERCÍCIO DE PERCEPÇÃO:
Responda à pergunta:
De quem é a imaginação?
Isso mesmo, quem imagina a cena do outro fazendo isto ou aquilo?
Você!
Então, quem tem as ideias de traição?
Novamente, você!
Terrível essa constatação, não é mesmo?
A imaginação da cena de traição vem de você.
Toda a ideia, concepção e prática mental vieram da sua mente, assim como o cenário, técnicas, modo de operação e, se bobear, até mesmo o ato de amor em si!
Ora, perceba! É você quem está fazendo todo o processo de traição, então quem está alimentando a traição é você. Quanto ao outro eu não sei, mas certamente se alguém tem potencial para trair, esse alguém é você.
Se você tem todo esse processo dentro de si, a traição está em você e não no outro.
Você está apenas projetando no outro as suas próprias ideias. E, claro, isso assusta. Assusta tanto que você fica com raiva e briga com o outro.
Mas, ao perceber isso, você não deve, por outro lado, voltar essa raiva para si mesmo.
O simples fato de perceber que não é o outro quem provoca o ciúme e sim você mesmo, por numerosos fatores (e aí só um processo terapêutico, por exemplo, poderia esclarecer melhor porque essas ideias vêm até você), já faz com que você veja que o outro está no cantinho dele, tocando sua vida e não fazendo nada de mal contra você, muito pelo contrário, provavelmente apenas querendo o seu bem e o seu melhor.
Entendeu?
Ao iluminar o assunto e perceber que é você quem controla sua mente e imaginação, o ciúme deixa de lhe dominar e você começa a se sentir menos passivo e impotente.[ Você se sentirá mais confiante sabendo que tudo faz parte de sua própria mente e não vem do outro. E, mesmo que você se assuste com os próprios pensamentos, saberá que são seus.
E são apenas pensamentos, nada mais.
Verá então o outro com os olhos do acolhimento e não da desconfiança.
É claro que poderão haver situações em que o parceiro ou parceira estará em outro relacionamento simultaneamente. E aí não será uma fantasia de sua mente e sim um fato concreto, porém, nesse caso, a situação deverá ser tratada dentro da realidade e não no terreno fértil e perigoso da imaginação.
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O ciúme será real e deverá ser encarado como tal. Mas na medida certa e não no campo do imaginário, do monstruoso e do ameaçador, como ocorre na maioria dos casos, e que, graças a isso, mina e, por fim, acaba com relacionamentos lindos e cheios de amor.
Bem, fico por aqui e convido você a um papo com café em meu Espaço Terapêutico, seja fisicamente ou virtualmente.
Beijos no coração.
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