Em 2016, tive o meu primeiro contato com as constelações familiares, até então, não sabia muito o que era e nem como funcionava, minha esposa passou por um processo de perda repentina de sua mãe.
Uma amiga, cliente dela que era facilitadora em constelação, ofereceu a ela olhar para essa situação. Como já estávamos em um processo de desenvolvimento pessoal e fizemos alguns cursos de Programação Neuro Linguística (PNL), resolvemos ir para conhecer. Minha esposa foi a constelada (cliente) e eu fiquei apenas assistindo, tive algumas sensações e emoções enquanto assistia e aquilo mexeu muito comigo, e resolvi procurar entender um pouco mais de como tudo aquilo funcionava.
Alguns meses depois, fui fazer um curso, iniciei a leitura de alguns livros, e me encantava cada vez mais com as Constelações Familiares e seus resultados. Após esse curso, decide de vez entrar nessa viagem, e comecei a pesquisar cursos de formação para me tornar um facilitador em Constelação Familiar. De início achei que precisaria ter uma formação em psicologia, mas ao contrário do que eu e muitas pessoas pensavam, para ser um facilitador em Constelação não é preciso ser psicólogo. Então, encontrei um curso do Instituto Brasileiro de Constelações Sistêmicas, e me matriculei.
Fiz uma ótima escolha, aprendi muito com a Roseli Silva, um curso com foco na prática e muito conteúdo.
Durante o meu processo de formação, eu conheci o espaço Ponto de Luz, fazendo o meu Mapa Astral com a Paola Mingardo, e recebi um convite para participar das constelações que acontecem todas as quintas-feiras às 18h30. E comecei a frequentar as constelações e vivenciar mais ainda na prática tudo o que aprendia na minha formação. Após finalizar a minha formação como Facilitador em Constelação Familiar, iniciei meus atendimentos no Ponto de Luz.
Hoje realizo atendimentos individuais e em grupo no espaço Ponto de Luz Terapias. Eu deixo aqui o meu convite para você vir conhecer essa técnica e os resultados que ela tem proporcionado a muitas pessoas.
Mas o que é Constelação Familiar?
A Constelação Familiar é uma metodologia fenomenológica desenvolvida pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, que em sua trajetória de vida mostra-se um buscador.
Nascido na Alemanha em 1925, entrou para seminário aos 10 anos, aos 17 alistou-se no exército alemão para servir na Segunda Guerra Mundial como soldado, mas como não se sintonizou com a Juventude Hitlerista, foi mal visto pelo regime nazista por não integrar no ideal. Foi prisioneiro de guerra por 1 ano e meio onde conseguiu escapar e voltar para casa. Com o fim da guerra, Bert Hellinger retomou seus estudos de teologia e filosofia, tornou-se padre e viveu aproximadamente 2 décadas na África do Sul, especialmente com a comunidade Zulu. Estudou diversas técnicas e teorias como PNL, Hipnose, Gestalt, Terapia Transacional entre outras.
Com sua experiência e com base na análise comportamental do convívio em grupo, Bert Hellinger nos traz 3 leis ou ordens que regem os sistemas e as Constelação Familiares.
Pertencimento:
A família é o primeiro grupo social do qual fazemos parte. Todos os membros têm seu lugar e o direito de pertencer a esse sistema. Quando alguém é excluído, esse sistema entra em desequilíbrio e as características do excluído são assumidas por outro membro da família.
Hierarquia (ordem):
É a posição que assumimos em um sistema, quem vem antes precede o que chegou depois. Assim, os pais antecedem os filhos, da mesma forma que o filho que nasceu primeiro tem precedência sobre o segundo. Cada um tem seu lugar e no decorrer do tempo de deslocamento dentro da hierarquia de baixo para cima.
Os pais serão sempre grandes e maiores que os filhos.
Equilíbrio:
É o que provoca o senso de justiça em um sistema, o dar e o tomar. Para manter o equilíbrio é necessário que todos os membros que dele fazem parte deem e tomem aquilo que lhes é de direito. O termo “tomar” (do alemão nehmen) não significa receber passivamente, mas aceitar, assumir, incorporar o que se recebe. É compreender e tomar para si o que é de direito. Nesse sentido, a criança toma os pais e o que deles recebe.
Já em relação entre casal quando dar e tomar estão em desequilíbrio, quem dá demais e não toma ficar maior perante o parceiro, tornando-se pai ou mãe do parceiro, e esse relação tende a acabar, quem recebe e não dá fica pequeno, sente-se pressionado e não suporta manter a relação.
O que encontrará nesse artigo:
Quando uma ou mais dessas leis não são cumpridas ou respeitadas gera-se o que chamamos de emaranhados em nossos sistemas. Esses emaranhados provocam conflitos emocionais, problemas de relacionamentos, doenças psicossomáticas, medos, psicoses, baixa autoestima, problemas financeiros, fracassos etc. Ao olhar para uma situação por meio das constelações, o consultante ou constelado pode obter uma nova perspectiva sobre seu problema, o que leva a uma compreensão mais profunda e curadora, ocasionando mudanças em si mesmo e no seu sistema familiar consequentemente.
Texto escrito por Ronan Salvador – Facilitador em constelação Familiar, Master Practitioner em PNL e terapeuta de Barra de Access.