Há quem espere o ano todo para “se jogar” no carnaval, há quem espere o carnaval passar para começar seu ano novo. Há quem o odeia, mas há também quem o venera com todas as suas forças. Há quem foge dele e se esconde para evitar que se cruzem no caminho e tem também quem gostaria de multiplicar-se para encontrá-lo em vários caminhos, na escola de samba, no frevo, nos bailes, nas marchinhas de ruas, atrás do trio elétrico, ou ainda na praia.
É uma época em que muitas pessoas têm a expectativa de darem o máximo de prazer aos seus corpos físicos, ao ingerir bebidas alcóolicas até ficarem inconscientes e em alguns casos até perder a capacidade de cuidar do próprio corpo. Fazer sexo com o máximo de pessoas possível, emaranhando-se com diversos tipos de energias. Alguns usam drogas para intensificar o prazer e fugir das suas angustias e frustrações. Ouvir músicas num volume tão alto que não ouça mais a própria voz interna. Desafiar as leis biológicas que regem o corpo físico obrigando-o a manter-se acordado por longas horas e até dias a fio.
Será que de sensação em sensação prazerosa, não se está forçando o corpo físico a alcançar algo que ele não está sendo capaz? A felicidade, por exemplo.
A felicidade é interna, é psicológica, depende de você, do seu estado de consciência. O corpo poderá lhe dar apenas prazeres momentâneos.
E a alegria? Essa é um estado de espírito, não depende das circunstâncias, nem do outro. É um brilho interno que emerge aqui e agora.
Quem se refugiou do carnaval está mais alegre? Não necessariamente, quando se fala com superioridade e se desdenha de quem participa das comemorações carnavalescas, desconecta-se do brilho interno da alegria do aqui e agora ao julgar a forma como o outro está vivenciando o Carnaval.
Interiorize-se, sinta a alegria genuína e bote o seu bloco na rua, em casa, no trabalho, no templo, na praia, enfim, onde quer que você esteja!
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