Dizem que quando uma pessoa se levanta para percorrer seu próprio caminho, ela esta dando permissão para que todos à sua volta façam o mesmo.
No dia 8 de Março é celebrado o Dia Internacional das Mulheres. É dia de luta, dia de honrar uma longa estrada de direitos adquiridos através da batalha pessoal e abdicação de muitas mulheres e também é tempo de celebrar tantas mulheres que seguem na batalha, em grupo ou individualmente, no silêncio de seus corações.
Enfrentar suas batalhas pessoais é fazer parte dessa luta, afinal somos o tempo todo atacadas por crenças limitantes do inconsciente coletivo, que nos subjugam e colocam nossas próprias aptidões mais básicas em questão: “mulher não dirige bem”, “mulher não sabe administrar dinheiro”, “mulher não sabe guardar segredo”, “mulher de roupa curta quer aparecer”, “mulher só conhece amor após a maternidade”, entre tantas outras crenças que são muito mais dilacerantes do que essas.
Quando uma mulher inicia uma caminhada para expandir seu consciente, ela está abrindo caminho para tantas outras mulheres questionarem padrões, para se perguntarem por que fazem o que fazem e como fazem ou até mesmo se afirmarem no caminho que estão.
Tornar-se consciente é tomar de volta para si a liberdade de viver sendo sua melhor versão. Trazer para o consciente de que você é dona de todas as suas opções. E todas nós temos opções.
No mês em que celebramos o Dia Internacional das Mulheres, a minha vibração é de que todas as mulheres se permitam empoderar de suas forças, da nossa força, para enfrentar suas batalhas, pois assim como no começo deste texto: quando você se levanta para percorrer seu próprio caminho, você dará permissão para que todas nós façamos isso; e saiba que a sua melhor versão é a que você quiser viver!
O empoderamento feminino
É difícil para uma mulher acreditar que ela é inteligente, bonita, sensata, batalhadora e livre quando a sociedade patriarcal em que vivemos ensina justamente o contrário para ela. Quantas vezes você já ouviu um comentário sobre a incompetência de uma mulher para alguma coisa, ou sobre a suposta feiura que ela apresenta no rosto ou no corpo?
Uma mentalidade machista dissemina os pensamentos de que as mulheres nunca são bonitas o suficiente, que elas não são inteligentes para realizar tarefas que demandam esforço mental, que seus sentimentos não são válidos, que suas lutas não importam e que elas existem em função dos homens, para lhes dar prazer.
Por mais que esses conceitos sejam disseminados na população, tanto por homens quanto por mulheres (contaminadas com essa forma de ver o mundo desde cedo), eles não condizem com a realidade, e é isso que o empoderamento feminino quer nos mostrar, a partir do movimento feminista.
A ideia de empoderamento faz com que as mulheres olhem para si mesmas com uma nova perspectiva, reconhecendo o próprio valor e o quanto são essenciais na realização das atividades para as quais se empenham. É uma forma de garantir que as mulheres não se rendam aos conceitos patriarcais que tentam diminuí-las.
Embora muitas pessoas saibam o que é empoderamento feminino, muitas não veem esse conceito aplicado na prática. Entendem que uma mulher empoderada é uma mulher rica, que atende aos padrões de beleza, ou que é uma pessoa privilegiada em algum sentido. Em um sistema capitalista, essas afirmações podem ser confundidas com a verdade, já que ter um grande capital econômico pode conferir poder a uma pessoa.
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Porém, o empoderamento feminino vai muito além disso. Uma mulher empoderada é aquela que luta pelos seus direitos e pelos direitos de outras mulheres, que tem confiança para ser quem é e para agir sem medo de julgamentos, que entende que os pensamentos negativos a seu respeito podem ser motivados exclusivamente por ela ser uma mulher em uma sociedade machista.
Sendo assim, definir o que o empoderamento feminino busca é o mesmo que descrever uma mulher que apoia as outras mulheres e que está sempre disposta a se desconstruir e a aprender mais sobre a realidade em que vive, usando seu espaço na sociedade para reverter a mentalidade machista da população. Você é empoderada ou está no processo para incorporar o empoderamento feminino?