Ilusão de ótica é o nome dado para um fenômeno que acontece a partir da visualização de uma imagem que pode ser interpretada de várias formas. Em geral, as imagens que causam uma ilusão de ótica podem trazer uma figura simples e outra engraçada ou uma combinação de cores que dá a visão de que ela está em movimento. Patrick de Almeida Pinto, professor de física, define a ilusão de ótica da seguinte forma: “a ilusão de ótica ocorre quando o sistema visual humano é iludido por algum fator, fazendo-nos ver uma coisa de modo diferente do que ela realmente é”.
Não são vistas apenas pelos olhos
A partir da definição do professor, é possível compreender que as imagens que vemos não são vistas somente pelos olhos. Todas elas são interpretadas, também, pelo cérebro. João Jorge Cabral, médico e hipniatra, explica que “o olho é o órgão sensorial que capta a energia luminosa e a converte em sinais elétricos que são transmitidos para o cérebro para processamento e formação das imagens”. Isso significa que o sistema visual humano precisa de dois processos para funcionar: o fisiológico e o cognitivo.
A parte fisiológica da captação de imagens diz respeito ao ato da luz de entrar nos olhos pelo cristalino, convergir pela retina e ser captada por cones e bastonetes. Depois desse processo, entra em ação a parte cognitiva, na qual os dados recebidos pelos olhos serão interpretados pelo cérebro, depois de passarem pelo nervo óptico. É na segunda parte que, de fato, vemos as imagens, sendo que muitas vezes o cérebro faz associações automáticas a outras imagens conhecidas, criando a ilusão de ótica.
O que causa?
Um exemplo dessa associação que o cérebro faz é o fenômeno conhecido como pareidolia, nome dado para a característica humana de identificar ou reconhecer rostos em objetos que não são um rosto de fato. Duas figuras arredondadas acima de uma figura semicircular podem ser um rosto triste ou um rosto feliz, de acordo com a interpretação que o cérebro faz. Essa habilidade foi desenvolvida pelos humanos para que fosse possível visualizar outras pessoas mesmo com pouca iluminação ou com obstáculos à frente.
De qualquer forma, ainda que a ilusão de ótica tenha como objetivo baralhar ou confundir a visão de uma pessoa, um olhar atento e detalhista é capaz de identificar alterações de perspectiva, cor e forma, sem construir uma nova imagem sobre um objeto.
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