Vivemos na sociedade do plástico, em que tudo é embalado em plástico. É descartável. Dizem. Mas para onde vai, afinal, esse plástico? Já pensou na quantidade de lixo que apenas uma casa faz? Já olhou à sua volta? Quantas casas existem? Quantas cidades? Quantos países?
Sabe-se hoje apenas que uma pequena parte desse plástico é reciclada – e isso só pode ser feito uma vez (ao contrário do vidro, que pode ser reciclado indefinidamente). Para onde vai todo esse lixo? Infelizmente muito dele vai parar no mar. E mesmo que sejamos conscientes, mesmo aqueles que fazem a separação do lixo e não o colocam na rua, somos todos responsáveis por esses resíduos, que acabam no mar. Porque o usamos em primeiro lugar.
Vamos procurar reutilizar em vez de “reciclar”, porque, sejamos honestos, há plásticos de tamanhos enormes que não podem ser reciclados e acabam em aterros e nos oceanos.
O plástico é quase impossível de se degradar naturalmente, e ainda assim é quase todo descartável.
Será mesmo necessário que todos os alimentos que compramos sejam embalados em plástico? Realmente precisamos colocar em diferentes sacos de plástico todas as frutas e legumes que compramos no mercado? O que é que estamos a comprar afinal? E que indústrias são essas que estamos a apoiar quando fazemos isso?
O plástico acaba sendo descartado nos rios e lagos, seguindo em direção ao mar. E isso está acontecendo de forma descontrolada.
É uma situação avassaladora e extremamente preocupante. Todos os organismos marinhos sofrem com essa situação. Cada vez mais são encontrados animais (peixes, baleias, golfinhos, aves marinhas, tartarugas, focas) presos em plástico ou mortos pela ingestão de plástico, confundido com alimento.
Não vivemos separados da natureza. Neste planeta, estamos todos ligados, e todos precisamos uns dos outros. Se estamos a poluir o ar, o mar, a terra, se não formos nós, os nossos filhos irão sofrer com isso.
Está na hora de acordar e parar de culpar os outros, culpar os governos etc. A responsabilidade está em cada um de nós. E juntos podemos fazer a diferença.
Não é fácil deixar de consumir plástico de um dia para o outro.
E não é isso que venho propor. O que proponho é que se faça uma evolução progressiva. Que se esteja atento cada vez que se consome, e que cada dia se consuma menos até se atingir um bom equilíbrio.
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A verdade é que a maioria de nós não está desperta. Não estamos devidamente informados. E talvez seja porque não há interesse em que estejamos.
Somos muitos, e juntos podemos fazer a diferença. Se recusarmos embalagens de plástico desnecessárias, se aos poucos encontramos soluções mais ecológicas para o nosso dia a dia.