Capítulo 42 – OBSERVE O LIMITE ENTRE O PIEGAS E O SECO INSENSÍVEL!
É uma arte… e faz ENORME diferença na vida das pessoas à nossa volta! A maioria das pessoas não sabem como evitar ser piegas, melosas, quase viscosas e, por ser mais confortável, apelam para as securas e travamento emocional em molduras de insensibilidade… e mal sabem elas como danificam a qualidade da vida das demais pessoas!
“Nem tanto ao mar nem tanto à terra”, disseram os lusos quando aportaram nas terras de cá e nelas deixaram muito da sua cultura! Não tem justificativa sermos duros e secos por temer os excessos da conduta piegas ou o contrário e, por causa disso, quedamo-nos numa confusa fórmula comportamental: ora excessos de um, ora de outro componente!
Ser piegas é ser chato, inconveniente e, por seu lado, ser seco e insensível é conspirar contra a magia e o encantamento na vida das pessoas e, em ambos os casos, ser forte candidato(a) ao rótulo de “rejeitado pelo controle de qualidade emocional”.
Há uma boa fórmula para evitar a pieguice e a secura: consulte sua inteligência emocional e dê uma passadinha pelas inteligências interpessoal (lidar com pessoas) e intrapessoal – lidar consigo mesmo(a) – e terá a permissão interna para liberar a dose certa das suas doçuras e a firme orientação para não jogar areia quente nos olhos secos da outra pessoa, por via das securas e insensibilidades.
Faça a diferença para as pessoas transitando por sua vida de forma a preservar seus sentimentos, evitando neles despejar baldes de melaço enjoativo ou de carbonato de magnésio (usado por ginastas e alpinistas para manter as mãos secas). Faça a diferença na vida delas sendo doce na medida certa e nem tanto quando a situação impuser.
Você também pode gostar:
Conta-se, e não me cabe questionar se é verdade ou não, que os secos e insensíveis quando morrem viram almas penadas, andando trôpegas pelas madrugadas dos cemitérios chinfrins, bem decaídos, porque nem nas profundas são bem-vindos! Lá, na hora do cadastramento e do pagamento de taxas para entrar, quando o falecido mostra em seu currículo comportamental durante a passagem pelo mundo da superfície e nele se vê a sua secura e insensibilidade, imediatamente é posto para fora!
Os gestores rabudos sabem que os secos e insensíveis não dão a mínima para nada, quanto mais para castigos como cozimento em óleo, rastejar em trilhas de ouriços e caminhar em cima de brasas mais quentes que as de certas palestras. Por isso, para eles o que acontece nas profundas, onde o vapor é refresco, não ata nem desata, não assopra nem assobia, enfim é pura perda de tempo. Rejeitada por não suprir o perfil das exigências locais, a alma fica por aí, gemendo e arrastando correntes e dando sustos em distraídos gatos e tribos de góticos.
Continue acompanhando a série