Capítulo 47 – PRESENTEIE!
Até a pessoa mais desapegada, daquelas que faz comício contra o “materialismo dialético” durante inocentes passeios pelas alamedas de um shopping center, até esse tipo sem graça de pessoa gosta de ganhar um presente. Tenha em mente que um presente sempre é uma forma de dizer: “Viu? Lembrei de você!”, o que agrada e alegra as pessoas.Não sai caro! Na verdade, sai caríssimo perder as oportunidades de um sincero afago nas pessoas que nos são próximas, deixando de lhes ofertar um presente, por mais simples que seja! Sabe-se que gostar de ser presentada é uma das características que se espalham pela humanidade, resguardadas as exceções de sempre, a famigerada exceção à regra. Mesmo que o presente não seja algo de valor próximo àqueles que só mesmo o gênio da lâmpada pode oferecer, o ato da lembrança é que marca fundo nos sentimentos da pessoa presenteada – e é aí está toda a diferença! Nestes tempos frenéticos de zilhões de bytes, em que não é raro esquecer o aniversário ou um burocrático “Feliz Isso e Aquilo!”
Meu amigo Antonio Celso, mais inteligente e afável impossível, sempre ficava de olho em promoções das Lojas Americanas, notadamente em suas sessões de CD´s e DVD´s. Ele aproveitava mesmo: comprava às dúzias por um precinho muito apetitoso, se fossem levadas em conta os valores normais de mercado. Comprava de forma bem eclética, não necessariamente pela regência do seu gosto, e guardava aquelas aquisições em caixas de plástico em seu “quartinho da bagulhada”.
Volta e meia, ao marcar um encontro com amigos e dirigindo-se para as festinhas de sempre, lá ia Tonho com uns presentinhos para oferecer às pessoas e não se sabia quem ficava mais contente: se a pessoa ao receber ou ele mesmo ao oferecer! O que ficava muito claro era a imagem amistosa e atenciosa que ele passava para todos aqueles a quem obsequiava com seus presentinhos baratinhos!
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