Em casa, no trabalho, na escola ou faculdade, as pessoas já não conseguem se entender e sobretudo “se fazer entender”. É marido que não entende a mulher, é mãe que não entende filho, é filho que nem ouve mãe, é chefe que não ouve subordinado, é colaborador que não fala com o colega, etc.
Enfim, há uma grande falta de entendimento entre as pessoas, que resulta em má comunicação, ou melhor, em não comunicação!
Porém, mais do que nunca, o nosso modo de vida social tem solicitado relacionamentos mais harmônicos, porque estamos saturados de tantos conflitos e tantos desentendimentos.
Por isso quero convidar você a refletir: como você tem interagido com as pessoas com quem convive, seja da família ou não? Você já deu atenção a isso alguma vez? Você já tentou explicar algo e culpou a outra pessoa por não te compreender?
É preciso que você comece a dar atenção a como você se comunica, a como você interage com as pessoas e que tipo de sociedade você está construindo a partir disso. Afinal, a sociedade que temos é apenas reflexo das pequenas relações que estabelecemos.
Somos nós que temos que nos fazer entender, assumindo uma postura empática. O que seria isso? Colocando-nos no lugar do outro e nos esforçando para entender o que ele sente e pensa, para daí construirmos nossa fala com base nisso, assim é mais fácil sermos entendidos.
Como você pode fazer isso? Considere as quatro sacadas abaixo:
O que dizer: é preciso avaliar se o que você quer dizer precisa de fato ser dito, para não criar nenhum conflito desnecessário ou porque a pessoa pode não estar interessada no assunto da conversa. Pensando numa empresa de telefonia que continuamente recebe reclamações, se você vai reivindicar algo, não precisa relatar com detalhes toda a história do problema que aconteceu. Basta indicar ao atendente especificamente o problema, para que a solução seja pensada por ele.
A quem dizer: é preciso considerar se o que está sendo dito é para a pessoa certa. Não adianta, por exemplo, ficar vociferando, reclamando, reivindicando coisas com o funcionário que não tem poder de decisão, que, neste caso, seria a pessoa errada. Uma reclamação deve ser dita a quem pode resolver a situação. Outro exemplo é o caso de pessoas que chegam ao ponto de ônibus e começam a falar de suas vidas para pessoas estranhas mesmo a pessoa demonstrando não ter interesse na conversa.
Quando dizer: fique atento à hora de partilhar algo com uma certa pessoa. Às vezes você quer muito dizer algo a alguém, mas a pessoa não está em um bom momento para ouvir, por estar com algum problema ou cansada, e pode receber a notícia de uma forma menos empolgante do que se esperava. Esses problemas acontecem muito em relacionamentos íntimos. Tenha cuidado para não provocar uma briga à toa, só por não saber esperar a hora certa de falar.
Como dizer: não adianta você ficar esperando que o outro te entenda. Você deve procurar se expressar a partir da visão de mundo da outra pessoa, usando uma linguagem que seja acessível a seu interlocutor. Deve também adequar sua linguagem ao momento. Não convém usar uma linguagem formal ou técnica numa situação informal, por exemplo. Também a gentileza ou a firmeza fazem parte do “como dizer”, portanto fique atento ao que de fato você quer expressar e o faça.
Aplicando constantemente essas quatro sacadas, você garante o sucesso de sua comunicação!
Comunique-se harmonicamente. Seja um Orador Mestre!
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