Para evitar autopunições, é importante compreendermos que em nossa condição evolutiva o apego ainda é inerente aos seres do orbe terrestre. Quando digo orbe terrestre me refiro, tanto no plano físico quanto no extrafísico, ao apego existente dos dois lados, tanto entre nós encarnados, como entre os desencarnados. Aceitar essa condição é importante para evitarmos conflitos, mas não nos exime da tarefa de trabalhar o apego.
Muitas pessoas confundem apego com amor. Apesar de andarem juntos, são sentimentos diferentes. Podemos dizer que o apego está ligado ao nosso ego, que constantemente busca a autopreservação, e o amor à nossa parte divina. Enquanto o amor é livre de qualquer manifestação negativa que acarreta dor e sofrimento, o apego anda na contramão, é o responsável pela manifestação de várias emoções e hábitos negativos.
A maneira como o apego se manifesta é que o torna difícil de identificar.
O resultado disso para nós é um grande desgaste emocional, que com o tempo se manifesta como doenças. Essa luta para controlar, cuidar, manter e ter, perturba nosso estado vibratório, bloqueando a absorção de energia vital que nossos corpos sutis precisam. Com o tempo o corpo físico é afetado, perdendo o equilíbrio e a saúde.
Ciúme, controle, domínio, medo, insegurança são apenas algumas manifestações do apego. Essa lista poderia se estender muito, pois ele se manifesta de maneira diferente em cada um de nós, e sempre nos fazendo acreditar na ilusão de que não podemos viver sem o objeto do nosso desejo, “acionando nosso botão” do medo, do ciúme, do controle, da manipulação, da insegurança…
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Com isso passamos a superproteger, controlar, vigiar, manipular, e até mesmo perseguir e obsedar aquele a quem estamos apegados. Para justificar essas atitudes, dizemos que é cuidado, amor e proteção, até que o apego se torna negativo e passa a sufocar e matar aquilo que mais lutamos para ter e manter. Mas como combatê-lo?
Primeiro, aceitar que ele existe, e avaliar francamente se ele é um fator de problemas para você ou outras pessoas.
Em segundo lugar, estar atento em que situações ele se manifesta. Essa percepção nos ajuda a conhecer nossos pontos fracos.
Terceiro, ter paciência para efetuar a mudança. A maioria de nós leva um tempo maior ou menor para vencer certas tendências, forçar uma mudança radical só provoca ainda mais desequilíbrios e sofrimento.
Quarto, decidir pela mudança. Após conhecer o apego, entender em que situações ele se manifesta, estar consciente de que se leva tempo para a mudança. Então é o momento de ser sincero e decidir se realmente pretende mudar. Se a resposta for SIM, então é hora de começar a mudança de atitudes.
Quinto, força. Após tomada a decisão de mudar, certamente encontraremos inúmeras dificuldades. É nesse momento que começamos a luta interior e pessoal, é aquela batalha que ninguém pode lutar por nós. Para vencer, é preciso manter-se forte e convicto de que essa é a melhor escolha para nós e para quem amamos.
Vencidas as primeiras resistências, começamos a perceber nossa mudança. Junto aparece uma satisfação e alegria pessoal que nos dá força e motivação para continuar. Até que chega um momento em que já não precisamos nos esforçar, pois conseguimos mudar o hábito negativo. A partir dessa satisfação compreendemos que ainda há muito a mudar, mas que todo esforço vale a pena para libertar nossa alma das correntes ilusórias do ego.
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