Comportamento Convivendo

Like, Tweet, Pin, Share e Follow (Das Redes sociais, somente o seu melhor)

Garota feliz com notebook no colo sentada no sofá
Escrito por Patricia Carvalho

Há algum tempo me distanciei das famosas redes sociais, em parte por cansaço, por achar que estava sendo tomada por elas e aquilo não estava me favorecendo, perdia momentos que não deveria e isso não era bom. Por outro lado queria testar como seria hoje viver sem tanto contato com essa nova “forma de viver” que inventamos.

Via vários conhecidos dizerem “eu não tenho rede social, e não me faz falta nenhuma”. No começo achava aquilo estranho, como assim você fica por fora de tudo, as redes sociais são uma forma de se manter informado, por dentro de tudo, não é?!

Bom, nesse meu “meio retiro” delas percebi que não, dá para viver sem rede social, sim! E dá para se manter informado também, existe vida além do Facebook e do Instagram e é possível ficar tão antenado com o mundo (o necessário apenas) como quem as tem.

Mas também pude perceber que elas não são tão nocivas quanto eu as estava pintando, na verdade fui eu quem as transformou nessas vilãs, ladras de momentos e de vida, fui eu quem não soube medir o que era tempo de qualidade ali dentro e fora.

Recentemente voltei a dar uma passada por elas, e descobri que uma amiga por quem tenho enorme carinho virou vovó, me emocionei ao ver as fotos do netinho dela, pois sei o quanto minha amiga é amorosa, o quanto tem de amor para dar e o quanto esse bebezinho vai ser um sortudo por tê-la na vida dele. E, um detalhe importante, moramos distante e sem a tal rede muito provavelmente eu não compartilharia com ela esse momento de sua vida ou só ficasse sabendo um bom tempo depois.

Mão segurando celular com ícones de redes sociais: Facebook, instagram, twitter, linkedin e etc

E, invadida por essa emoção e a partir desse sentimento, resolvi sapear um pouco mais e foi aí que percebi que dali devo e só devo tirar o melhor. Nós passamos a crer que estar “online” é uma forma de estar e fazer parte da vida, tanto da sua quanto da dos outros, mas não. Posso ter minha vida plena e feliz “aqui fora”, mas também participar de forma amorosa e saudável das redes sociais, compartilhando momentos, e só momentos, nunca a minha vida.

Meu filho tem 8 anos e diz que quer ser youtuber, ele até já tem canal e posta alguns vídeos, no momento só permiti que liberasse para alguns familiares (mas já pensando em liberar para o público em geral rs), no total tem 12 inscritos. Mas segundo ele vai chegar aos 10 mil inscritos, pois assim ele pode começar a ganhar dinheiro.

Quando ouço ele dizer isso, imagino o quanto estamos influenciando nossos pequenos a imergirem nesse mundo, em que para eles ser youtuber é como quando éramos pequenos e queríamos ser princesas ou astronautas. Como até nossos sonhos de infância mudam.

Achava que isso era prejudicial a ele, mas não o é totalmente, essa é a nossa nova realidade, a realidade deles (dos nossos pequenos), muito mais deles do que nossa. Essa nova geração está crescendo num mundo totalmente diferente do meu, e talvez por isso para eles seja tão fácil aceitar e para nós tão difícil se reinventar.

Porque é isso, temos que nos reinventarmos, nos adaptarmos, e aprender sobre esse mundo em que um like, tweet, pin, share ou follow são tão primordiais, e que nos fazem (ou deveriam fazer) valorizar os “bons-dias” na rua, os telefonemas no meio da tarde para um amigo, assim como o almoço à mesa e o café com a família reunida.

Mas no fim tudo isso é bom, tudo isso é permitido e faz bem, na medida certa e na hora certa. Por isso não dê “like” na hora do almoço em família, mas também não deixe de “follow” seus amigos de longa data, principalmente aqueles distantes.

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Faça da sua vida a melhor versão de uma rede social ao vivo e online. E dê um brinde à nova era. Seu tweet é importante, e seu abraço também é.

E das redes sociais só tire o seu melhor, assim como da vida!


Você pode se interessar por outro texto da autora. Acesse: Vale a pena (re)viver de novo

Sobre o autor

Patricia Carvalho

Meu nome é Patricia Carvalho (Patty Carvalho) sou formada em psicologia e atuei em clínica durante alguns anos, atualmente não estou exercendo a profissão, porém o ser humano e seu poder de crescimento pessoal, emocional e espiritual ainda me fascinam; crescer e evoluir são coisas que me move.

Uma libriana, mãe de menino, que não vive sem massas (e doces) e que adora filmes e livros.

Ler é uma paixão, já escrever é um "hobbyterapia" que descobri recentemente e espero poder continuar praticando em meu benefício e de quem mais eu possa auxiliar com minhas palavras.

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