O amor é a fonte de inspiração para as artes em suas diferentes expressões, seja o amor romântico ou trágico.
Sinto atração por esse sentimento, expressão de afeto e valor, desde menina.
Quando comecei a estudar Astrologia, por conta própria, fiquei intrigada com a Deusa Vênus. E nos últimos anos venho estudando a força dessa deusa, como arquétipo, a energia elemental que move o mundo e as relações humanas.
Compreendi a força desse arquétipo em minha vida, sou taurina com ascendente em libra. Uma mulher venusiana total, Vênus é o regente desses signos.
À medida em que fui me estudando, buscando compreender os sintomas de doenças ligadas ao útero, como foi meu nascimento, os primeiros anos de vida, a infância, as inseguranças da adolescência e da idade adulta, notei a desconexão com minha essência… as forças da Deusa Vênus.
Algo em mim não estava vibrando e ressoando em harmonia. Busquei a lógica, a força do elemento ar como meu guia, âncora e escudo protetor, para viver, estudar e trabalhar na relação comigo e com os outros. Argumentações afiadas, lógica quase imbatível e habilidade prática de convencimento.
O corpo deu pistas de que algo não estava bem, inúmeras vezes, minha reação foi olhar e cuidar do corpo, não queria olhar para as profundezas do meu ser.
Familiares, amigas, amigos, terapeutas e astrólogos chegaram até mim, sem que eu os buscasse. Esses seres queridos me ajudaram a olhar para o espelho do meu coração, entrar em sua sala, me olhar e me reconhecer.
Um deles me disse, há mais de um ano: “Anna, você ganhou de presente a capacidade de amar, com profundidade, você não pediu isso… ganhou! A consciência amorosa que existe em você vai te curar e curar outras pessoas. Deixe essa energia fluir, sinta em você, ame você, dê permissão, aceite esse recurso maravilhoso, seja você, em sua beleza única.”
Essas palavras ressoam até hoje em meus ouvidos.
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A partir de então, intensifiquei nas meditações a busca por sentir o amor em mim e por mim.
Descobri, então, que nunca havia sentido a força do elemento terra, pulsando energeticamente no meu ser.
Perdi-me nas vibrações essenciais e poderosas do elemento ar, porém a minha vibração primordial é a do elemento terra.
A terra acolhedora, doadora, protetora, amante, feminina, vibrante. A conexão com esse elemento “me trouxe de volta para casa”, meu corpo e coração se conectaram, a maturidade chegou trazendo consigo a leveza para ser, simplesmente, eu mesma.
Deixar a couraça, criada por mim, doeu, doeu muito… Assim como a lagarta, vivi uma metamorfose, ainda vivo… e sei que outras virão…
Criei meditações especiais para tocar o Amor Genuíno em mim, cuidando do corpo, da autoestima, dos pensamentos e me observando nas relações humanas. Disse muitos nãos e vários sins para a vida.
Aos poucos a consciência profunda do amor está chegando de mansinho, serena, sem pressa. A clareza mental, a lógica e as argumentações se mantêm, menos agressivas e mais acolhedoras.
Gosto de partilhar em palestras, cursos e vivências, o processo de despertar do Amor Curador. Esse amor nasce de dentro para fora, é uma semente linda e só pode ser reconhecida e alimentada pelo fogo sagrado da vida que pulsa em cada um de nós, a nossa energia única, de doação sincera, livre de máscaras, julgamentos e críticas.
Primeiro eu me amo por inteira e depois posso partilhar essa energia mágica com as pessoas ao meu redor e meio ambiente. Eu me transformo e a transformação acontece em todos os setores da vida. Eu me entrego a mim mesma, eu me dou a mim mesma e, a partir disso, me dou aos meus relacionamentos pessoais, profissionais, sociais e espirituais.
Sinto a expressão do amor em minhas atitudes ao cozinhar, fazer compras, trabalhar, amar, comprar presentes com significado para mim e para as pessoas, viajar, dormir, cuidar da casa, estudar, trabalhar, meditar, praticar yoga, encontrar os amigos, apreciar festas, encontros simples, ouvir músicas, dançar, cantar, namorar, apreciar o céu de dia e à noite, sentir o vento no rosto, andar descalça, preparar banhos com flores, organizar a vida… VIVER!
Os desafios nas relações humanas existem, porém eu estou mais leve. Reconheço os meus limites, me posiciono, faço o meu melhor, busco manter a minha dignidade e a dignidade dos outros.
“Na noite passada, quando dormia,
Sonhei – maravilhoso engano!
– Que tinha uma colmeia de abelhas
Aqui dentro do meu coração.
E as abelhas douradas
construíram favos brancos
E doce mel de meus antigos fracassos”.
– Antonio Machado
Fácil? Não! Mas quem disse que seria? Sem relacionamento consciente com o eu e com os outros, ficamos anestesiados, de mãos dadas com a Deusa Maya – a ilusão.
A jornada interior pede coragem, amor, dedicação e gratidão por tudo e por todos.
Qual o sentido da vida se assim não fosse?
Viver a consciência amorosa a partir de si mesmo é algo mágico, sem o romance imaginário da cultura ou dos costumes; é construir a realidade que desejamos – construir e fazer são os verbos preferidos dos taurinos.
Que tal aproveitar o mês de junho para experimentar atividades que tragam mais conexão com a sua consciência amorosa?
O inverno pede introspecção, colo, acolhimento… momentos de aconchego para o eu… E quando a primavera chegar estaremos mais fortes, coloridos e floridos para expressar o Amor Genuíno em sua plenitude.
Desejo lindas experiências junto ao Amor Curador… que seja genuíno…
Abraço carinhoso.