Uma das frases que mais escutamos nesses tempos, especialmente para aqueles que estão na vibe do autoconhecimento, do despertar, é: “Você precisa limpar as crenças que te limitam”. Parece que estamos chovendo no molhado… De novo esse papo de crenças?
Até aí, tudo bem! Você, que está lendo isso, provavelmente acredita e compreende que somos seres cujo inconsciente vai se formando desde crianças por meio de percepções que guardamos de tudo que nos cerca.
Tudo sobre crenças limitantes
Como as crenças se instalam em nosso inconsciente?
Antes de entender o que são as crenças limitantes, vale entender como as crenças, de uma forma geral, vão se instalando em nós.
Usando a analogia da cibernética, somos como um grande computador que guarda uma infinidade de informações e percepções de tudo o que nos rodeia.
As informações nos chegam desde nossa concepção, por meio:
- da educação que recebemos dos nossos pais,
- da família,
- da escola,
- da mídia,
- dos sistemas aos quais pertencemos e também pelo inconsciente coletivo (um tipo de nuvem que guarda informações de toda a humanidade).
Guardamos informações e percepções pessoais a respeito de tudo que estabelece algum tipo de conexão conosco, consciente ou inconscientemente, sejam boas ou más.
Nesse processo, nosso inconsciente vai armazenando algumas “verdades” que nos parecem absolutas e que ficam lá guardadinhas num programinha sobre o qual a vida vai rodando.
Crenças e crenças limitantes
A palavra “crença” tem sido tão usada que é bem comum a associarmos a algo negativo, mas isso não é algo absoluto. Crenças podem ser positivas ou negativas.
As positivas nos ajudam a crescer, a desenvolver nossa potencialidade e a atingir nossos objetivos, dando conta de nossas vidas e de nossos propósitos.
Por exemplo: quando aprendemos por meio de crenças positivas de prosperidade, de força, de saúde, entre tantas outras, podemos assimilar a determinação para chegarmos aonde queremos.
No entanto, quando arquivamos crenças que nos limitam o desenvolvimento e que nos fazem acreditar que somos menos capazes de realizar diversas ações, ficamos diante das tais crenças limitantes.
E como essas crenças arquivadas vão dar a cara em nossa vida?
Toda vez que estivermos diante de uma situação em que esse conhecimento arquivado nos parecer útil, buscaremos essas informações nesse arquivo inconsciente que determina padrões de comportamentos, sentimentos e emoções e que determinarão nossas atitudes perante a vida.
Se for uma crença positiva, muito bem! Mas se o que puxarmos no arquivo for algo que nos limita, aí o efeito pode ser bem negativo. Olha elas de novo: crenças limitantes.
Quaisquer fatos, eventos e situações podem deflagrar essas memórias. Pode ser:
- uma palavra,
- um som,
- um cheiro,
- um gesto,
- uma música,
- qualquer coisa.
Toda vez que algo trouxer uma dessas crenças à tona, de forma inconsciente, nós nos sabotaremos, não deixando que todo nosso potencial floresça e fazendo com que a gente perca oportunidades de uma vida plena em todas as áreas.
Essas crenças mascaram nossa dificuldade de mudar nossa vida, de não estarmos dispostos a sair da zona de conforto e de experimentar o novo.
E como podemos lidar com as crenças limitantes?
A grande vantagem desse tema ser tão abordado entre aqueles que estão buscando compreender melhor suas ações e seus padrões repetitivos na vida é que isso abre um leque de opções para receber ajuda e desvendar quais são as crenças que temos e que têm nos impedindo de ir adiante.
Além de psicoterapia, psicanálise e hipnose, bem como várias outras técnicas e terapias, sejam elas de atuação direta no corpo físico, no mental ou no emocional — ou ainda de terapias integrativas associadas aos novos conhecimentos da mecânica quântica, que têm trazido uma enorme contribuição no reconhecimento e na transformação desses padrões comportamentais.
Algumas delas são:
Constelação familiar/sistêmica — terapia breve, que pode acontecer em grupos ou individualmente e que foi organizada por Bert Hellinger. As constelações familiares examinam, por meio da fenomenologia, padrões inconscientes de comportamento de indivíduos e de grupos familiares, bem como o impacto que isso tem na vida do indivíduo.
ThetaHealing® — criada por Vianna Stibal, trata-se de uma terapia quântica que permite ao terapeuta acessar e transformar esses padrões e crenças negativas que estão registrados em nosso DNA, instalando novos padrões e crenças positivas.
Barra de Access® — terapia corporal que ajuda a eliminar pensamentos, crenças e comportamentos negativos por meio de toques suaves em pontos energéticos específicos localizados nos dois lados do cérebro e que proporcionam a reprogramação de novas crenças positivas.
EFT – Emotional Freedom Techniques (Técnica de Liberação Emocional) — baseada nos pontos da acupuntura, ajuda a eliminar sentimentos, sensações e emoções limitantes para tomadas de decisões mais conscientes e centradas.
EMDR — por meio de movimentos oculares e de estímulos cerebrais, acontece uma dessensibilização e um reprocessamento mental. Traumas, vivências e lembranças registradas são reprocessadas e possibilitam uma ressignificação do passado.
Existem ainda outras mais e você pode pesquisar aqui no site as diversas modalidades. Qual será a melhor? Só você poderá dizer. O importante é querer se liberar dessas crenças negativas.
A técnica/terapia precisa conversar com você. Tente uma delas e sinta qual faz mais sentido pra você.
A limpeza das crenças limitantes e a transição planetária
E o que a transição planetária tem a ver com isso?
Tudo!
Como podemos querer mudar um planeta se não damos conta de mudar aquilo que limita nossa própria consciência, aquilo que nos impede de ir adiante?
A mudança do planeta só ocorre a partir da nossa mudança pessoal, com a coragem de olhar com verdade e carinho para as nossas próprias questões. Criamos o mundo em que vivemos e a faxina começa em casa.
Aqui vai um pequeno exercício para que você compreenda mais sobre a identificação das crenças limitantes:
- Quais são minhas crenças?
- Como posso identificá-las?
- E, identificando-as, o que faço para limpá-las?
Por exemplo: vamos pensar nas crenças que podem interferir em nossos relacionamentos?
Quantos de nós já não se perguntaram: por que é que não encontro ninguém para dividir a vida comigo? Ou ainda encontra alguém, mas na hora de estabelecer algo mais sério, algo acontece e a relação não vai para frente? E quantas vezes observamos que nossos relacionamentos, depois de um tempo, tendem a ficar parecidos com os relacionamentos dos nossos pais e irmãos, por exemplo?
Se não nos observarmos, ficaremos presos numa visão vitimizada de nós mesmos, sem conseguir encontrar o fio da meada que nos levaria a uma resposta.
Agora, e se, em vez de apenas perguntar com o olhar da vítima, você buscar outras perguntas que possam jogar luz sobre a questão?
Procure um momento em que possa estar sozinho(a), feche os olhos e faça algumas respirações até que se sinta calmo, então comece a observar suas reações diante das perguntas, permitindo-se escutar a resposta verdadeira, aquela que lhe causa alguma sensação ou sentimento:
– Como me sinto quando estou sozinha? O que ganho por estar sozinha? Exemplo de resposta: “Eu me sinto dona de mim, posso fazer o que eu quiser sem ter que dar satisfação a ninguém. Ninguém conduz minha vida. Posso ser do meu jeito”.
– Qual é o pior de estar sozinha? Exemplo de resposta: “Não ter ninguém para compartilhar”.
– Quando isso aconteceu a primeira vez comigo? Exemplo de resposta: “Quando meus pais se separaram”.
– Parece que minha família tem um destino de maus relacionamentos. Será que estou seguindo um padrão de relacionamentos que minha família tem? O que aconteceu no casamento dos meus pais? Dos meus irmãos? Dos meus avós?
Se estiver bem focado(a) e presente em seus sentimentos e em suas respostas, perceberá que as crenças acima funcionam como defesa contra a ideia de ser controlada, contra o sofrimento da perda, contra o medo de ser abandonada, contra o fato de não confiar em ninguém para compartilhar sua vida.
Ou ainda você poderá observar que, em seu sistema, na família à qual pertence, existem outros casos parecidos com o seu, mesmo que seja em gerações bem anteriores à sua.
Todas as respostas são importantes para que você observe quanto essas crenças e esses padrões estão presentes em sua vida. A partir daí é com você!
Hora de limpar!
Uma primeira ação pode ser você mesmo(a) procurar frases e afirmações que transmutem essas crenças negativas:
- “Não posso ser eu mesma”;
- “Não sei compartilhar minha vida com ninguém”;
- “Não posso confiar em ninguém”.
Você pode afirmar para si mesma, positivamente:
- “Eu sei ser eu mesma”;
- “Eu sou capaz de compartilhar minha vida com alguém, sem deixar de ser eu mesma”;
- “Sei que é possível confiar em um parceiro (a)”.
Ah! Lembre-se, em suas afirmações, que o cérebro não processa a palavra NÃO.
Observando que existem questões repetitivas em sua vida, em sua família e até mesmo em parentes longínquos, você pode procurar um profissional que trabalhe com as terapias/técnicas que citei anteriormente.
Contar com a ajuda dos terapeutas dessas técnicas trará um apoio importante para que você adquira uma nova consciência sobre diversos aspectos. Essas terapias podem trazer luz e consciência para que você consiga transmutar aquilo que consistentemente se repete em sua vida e que você já não quer mais para você.
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Dê-se a chance de se conhecer!
Cada uma a seu modo, mas todos focadas na mudança desses padrões.
É algo trabalhoso, que exige nosso empenho com a verdade, mas, uma vez conscientes, estaremos liberados para o fluir de novas realidades.