CAPÍTULO 51 – ENTRE NA FREQUÊNCIA DAS PESSOAS!
Isto significa dizer que, além de ser de bom tom, é muito enriquecedor “entrar na onda das pessoas” e vibrar conforme a frequência ou dançar conforme a música. Não raro, pode ser que tenhamos que reduzir o giro dos nossos motores emocionais, para ajustá-los ao que acontece com o momento das pessoas, como: por alguma razão, elas podem querer ficar quietinhas num canto, com poucas palavras e muitos pensamentos borbulhando nos cantos internos, e não adianta tentar provocar uma euforia de dançarino de forrórock! Se a opção das pessoas em um dado momento é a quietude, não há prudência em procurar nelas instalar incêndios comportamentais.
As pessoas apreciam muito ser notadas e respeitadas em todos os momentos em que definem seus estados emocionais, e aí está uma excelente oportunidade para que você faça uma diferença: lembre-se de que infelizmente é muito mais fácil encontrar trogloditas relacionais que pessoas como você, caro(a) leitor(a), que insiste em notar os apelos emocionais das demais pessoas e ajustar seus comportamentos.
Não se preocupe: essa “entrada” na frequência não significa se deixar contaminar pelos aspectos de momento das pessoas e é apenas, como dito acima, um ajuste transitório que visa apenas compor tecidos relacionais harmoniosos e mostrar que há respeito permeando as suas condutas, o que fará um bem extraordinário para as pessoas, uma PODEROSA diferença.
Como não me lembro de fábula alguma sobre essa questão, a “entrada na frequência” das pessoas, creio que seja uma permissão para inventar uma fábula urbana e aí está: era uma vez uma empresa bem grande em tudo, tamanho, faturamento e robotização humana.
O seu departamento de RH era dirigido pela D. Norma, cujo nome real era Margarida, mas como a-d-o-r-a-v-a escrever e impor normas para tudo, num instantinho virou a D. Norma. E ela inventou uma norma duríssima: as pessoas eram obrigadas a fechar as portas de suas salas, saletas e cubículos, sempre que estivessem buscando isolamento e só abri-las quando entendessem estar “normais”. E ninguém podia abrir as portas, ninguém mesmo.
Ocorre, porém, que no RH tinha uma fadinha disfarçada, escondida no anonimato de uma estagiária muito tímida, cuja missão era espalhar gotinhas do poderoso perfume customizável: podia ora ser o anestésico para as dores emocionais, ora uma pimentinha para levantar o moral, ao gosto e necessidade do freguês.
Mas a pobrezinha, para seu horror e imediata transformação em pé de vento, e sumiço daquela área, verificou que o perfume não passava pelas portas fechadas e, por isso, nada podia ser feito para inverter o sinal emocional dos seus ocupantes que, de tanto tempo que vieram a passar trancados nas suas salas, foram esquecidos até quando a empresa mudou-se inteirinha para outro prédio.
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Morreu tudinho e só sobrou um pé de vento que ventava todos os dias apenas no horário do expediente da sua antiga ocupante, ficando, pois, mal-assombrado o prédio e depois ocupado por legiões de indigentes emocionais que brotavam na cidade como erva daninha nos matos.
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