CAPÍTULO 55 – POUPE AS PESSOAS DE COMENTÁRIOS INOPORTUNOS E DISPENSÁVEIS!
Pois é… Não há nada mais trágico do que comentários infelizes como: “Nossa! Você está grávida?” para uma pessoa que apenas acumulou umas gordurinhas na região da cintura! É um horror!
Quem já passou por isso, ser alvo de um comentário desse tipo, para ser mais preciso, sabe muito bem o mal-estar que ele causa. Isso leva a vítima às portas dos ímpetos de concorrer em violência com o protagonista do filme O Massacre da Serra Elétrica. É demais! Esse tipo de comentário geralmente brota da inocente falta do que falar ou do desconhecimento total das regras de boas maneiras.
Ninguém é obrigado a ouvir indelicadezas. Por mais leve que seja o comentário indelicado, seu efeito na pessoa que ouve é arrasador, porque fere muito mais que apenas aborrece. Não há desculpas para comentários inoportunos, mesmo porque ninguém é obrigado a ser campo de provas para o desenvolvimento da incompetência relacional de ninguém.
Uma boa medida é nada comentar, caso não haja solicitação nesse sentido. Se a pessoa estiver de uma forma ou de outra, mais gordinha ou mais magrinha, por exemplo, que fique mais gordinha ou mais magrinha no seu canto e sem ter que ouvir bobagens dispensáveis.
Faça a diferença na vida das pessoas sempre levando em conta os sentimentos de cada uma, assim como protege e saboreia os seus próprios – e um deles é exatamente o de saber-se protegido e respeitado.
Sempre conto uma passagem da minha vida – quando cabe, é claro – nas palestras e seminários que dirijo. Essa passagem se deu quando eu tinha dezoito anos, em uma ocasião em que deveria ter ficado calado, mas não resisti a soltar a piada, visando impressionar as meninas da turma com que estava numa manhã de sol e céu azul numa praia do Rio de Janeiro. Na turma ao lado estava uma moça alta, muito magra, mas MUITO magra, sem querer exagerar, usando um biquíni da época de duas comportadas peças.
Eu enchi os pulmões e soltei a asneira: “Chiiii… olha só, gente, a Olívia Palito!”. Eu esperava a gargalhada que sempre se seguia àquilo que dizia nos meus chistes e piadinhas bobocas, mas topei com gelado silêncio de todos. Foi então que alguém me disse que aquela moça sofria uma doença incurável e que já estava em fase terminal, então aquela seria uma das últimas vezes que viria à praia, numa espécie de ritual de despedida da vida. Foi um doloroso aprendizado sobre ter cuidado com os comentários a respeito das pessoas e de suas singularidades.
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