Capítulo 59 – Trate uma mulher, todas as mulheres, como mulheres
(versão para mulheres)
Entre iguais, o olhar arguto para o desigual é a chama que acende e ilumina a compreensão, segundo meu filosofar sem títulos acadêmicos e sem rótulos. Complicado? Não é, desde que se possa destacar o “desigual” como o vetor da compreensão, ou seja, o olhar de uma mulher sobre sua semelhante sempre percebe que não há igualdade e nem poderia, mas sem significar que, por isso, vale supor que existam valores em uma que na outra não tenha.
Você, leitora, deve reagir com muita indignação contra a generalização do presumido ciúme de uma mulher por todas as outras ou a também generalização superficial de que uma mulher sempre está competindo com a outra. E está certa!
Mulheres não sentem ciúme tolo de outras e nem competem como princípio: na verdade, buscam em suas semelhantes o que nelas há de especial, como algo que se destaque e que realmente valha a pena ver e valorizar.
As mulheres têm sido tão desrespeitadas nesses últimos tempos que serão gratas para valer na medida em que o mínimo do tratamento merecido lhes for oferecido. E é uma grande diferença a ser considerada e praticada! Há muito o que aprender entre mulheres, o que não pode ser enevoado por comportamos miúdos como o citado ciúme e competição por nada.
Se a cara leitora, especificamente, atentar para as muitas reflexões sobre essa afirmativa, aprenderá muito sobre as oportunidades próprias do tratamento bem ajustado com outra mulher:
o que as mulheres desprovidas de habilidades de “leitura” de semelhantes com perfis desiguais não conseguem é ir além das suas distorcidas lentes de observação.
E, como não é esse o caso da cara leitora, pode-se afirmar que fazer a diferença para outras mulheres é também permitir que elas percebam que estão sendo vistas no que têm de concretamente valioso… e ficarão muito felizes com isso, o que é facilmente compreensível.
A sugestão desse pedacinho do livro, longe de se arvorar como verdade absoluta, capaz de estremecer todos os pilares que sustentam os estudos e as teses deles decorrentes, pode ser assim resumido:
Fazer a diferença na vida de uma mulher é elevar-se um pouco acima da própria condição, de modo a iluminar a lucidez.
Mulheres olhando para mulheres criam um momento de imensas descobertas e todos devemos aprender um pouco dessa habilidade.
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