Vamos falar sobre relações unilaterais e relacionamentos abusivos. Sim. É um tema polêmico, mas é legal conversarmos sobre, até mesmo para abrir os olhos de quem estiver passando por essa situação. Seja você que está passando por isso, ou alguém que você conheça. Se não é o caso, peço que leia também para que não caia nessas ciladas.
Não se preocupem que vou tentar ao máximo levar esse assunto com leveza, até mesmo para não ser um gatilho para quem estiver lendo. Esse artigo é para explicar o que são esses dois tipos de relacionamentos, como ocorrem, como sair dessa, e como usar o amor-próprio e a física quântica para se curar e evitar cair nessa.
São semelhantes em vários pontos, mas há coisas que os diferem. Eu chamo de relação e relacionamento, mas é no sentido bem geral, não só em relacionamentos amorosos, mas familiar e de amigos também, pois relações unilaterais e abusivas acontecem não somente em casais, mas também em famílias e com amigos.
Relações unilaterais acontecem quando há sentimento, dedicação de apenas um lado, quando um deles ama e o outro não, mas continua dando esperanças para manter aquele para si. Já os relacionamentos abusivos existe o que podemos chamar de parasitismo energético, que seria uma pessoa o “hospedeiro”, que nutre o outro com sua energia, e esse outro, o “parasita” energético, se alimenta da energia vibracional de seu hospedeiro para se manter, igual a uma erva daninha, que necessita de uma planta para se manter vivo e assim, vai matando sua hospedeira.
O que esses dois modelos de relacionamento têm em comum?
A falta de reciprocidade, a unilateralidade de dedicação ao outro. Relacionamentos abusivos podem ser considerados relações unilaterais? Sim, mas relacionamentos abusivos abrange uma profundidade maior, abrange uma questão de posse sobre o outro, enquanto as relações unilaterais somente não há uma retribuição de sentimentos, o que está tudo bem, ninguém é obrigado a amar da mesma forma.
Mas cuidado, não confunda relacionamentos abusivos com relações unilaterais, pois assim como têm semelhanças, possuem diferenças profundas que temos que ficar em alerta.
Nas relações unilaterais, há a entrega, dedicação somente de um, não é recíproco o sentimento, a demonstração de amor, há casos em que o que recebe essa dedicação toma vantagens disso. Por exemplo, o fulano gosta da fulana, ela sabe disso e o deixa ao “banho-maria” por conveniência, comodidade e por saber que sempre que quiser, o outro estará de braços abertos a ela. Ou seja, enquanto for um “bom negócio”, para ela tudo estará ótimo, enquanto o outro vai se conformando com essas migalhas, por ter essa pessoa ao lado dela.
Agora quando falamos sobre relacionamentos abusivos, a coisa piora.
Isso porque há um jogo maior com o psicológico, que resulta em danos maiores e cria uma dependência emocional muito grande.
Esse tipo de relacionamento sempre começa às mil maravilhas, a pessoa se mostra ser incrível a você, vai te encantando, te leva ao paraíso, te faz se sentir bem, você se afeiçoa a essa pessoa, entra em uma situação de dependência por se sentir especial, que é tratado diferente. Até a parte em que avança para a fase em que essa pessoa que parecia ser “tudo de bom” começa a se revelar aos poucos, o monstro aos poucos vai dando as caras. Começa a controlar suas amizades, dizendo não serem confiáveis, que tal amigo/a espalhou coisas sobre você, quando não é verdade. Controla suas roupas, gostos, personalidade, dizendo que suas roupas, gostos e aspectos de sua personalidade não serem apropriados, e ainda dá motivos que você acha plausíveis. Não por a pessoa se preocupar com você, que você se vista bem e que atitudes suas com ele/a, magoam. Mas sim por não querer perder o controle sobre a sua “propriedade”, que alguém possa tirar sua “posse”, e para impedir que isso aconteça, é minado pouco a pouco sua personalidade, seu amor-próprio, e você cai na amnésia causal, se afasta de quem você é. Isso se torna uma relação de parasitismo, pois enquanto o hospedeiro tiver o que oferecer, o parasita vai se alimentar disso até o momento de descartar, sendo no caso, sugar sua energia vibratória.
E por falar em descartar, essa é a próxima fase, a do descarte.
Começam as agressões psicológicas, verbais, físicas e/ou sexuais. As humilhações, que você não é tão bom quanto pensa, que não é tudo isso que pensa, que a sorte é SUA de ter alguém que aguenta esse seu jeito, que te “ACEITA” como você é, pois nunca haverá alguém que te amará tanto, que é culpa sua dele/a ter uma conduta questionável, que faz tudo isso por “amor”, sabe? Aí vem a famosa frase “Eu faço isso, mas sabe que é porque eu te amo, né?” e então há esse descarte, você não tem nada mais que interesse a esse parasita, já tomou tudo o que podia de sua energia vibracional, você é desprezado, descartado, esse laço formado entre os dois é cortado.
É nesse momento que você se sente despedaçado, “sem rumo”, como se parte sua tivesse sido tirada, por conta dessa dependência emocional e como eu havia falado logo acima, você entrou numa amnésia causal, por ter se afastado de sua essência, ter minado seu amor-próprio, sua energia já foi roubada por esse obsessor.
Sim, eu chamo de obsessor, porque o OBSESSOR é tudo que rouba a sua energia vital, o que te tira do alinhamento do universo, que abala o equilíbrio dos seus chakras. Temos 7 chakras básicos localizados em pontos específicos do corpo que interferem no alinhamento da nossa vida, e se um estiver abalado, deve-se ter um cuidado, por estarem interligados.
O primeiro Chakra a ser afetado, o Muladhara Chakra, que fica no cóccix, que representa a base, família, como você se conecta com o físico, a terra, a própria sobrevivência. Rege suas pernas, ossos, intestino grosso. É por esse chakra que entra a segurança física, psicológica e emocional. Quando desalinhado, a pessoa sente dificuldade de as emoções fluírem, se torna agressivo normalmente.
Quando você não está experienciando relacionamentos saudáveis, não está tendo prazer na vida, no sentido bem mais amplo, externo e principalmente interno, onde se encontra o verdadeiro prazer e suas emoções estão muito desestabilizadas, quer dizer que esse segundo chakra básico, o chakra umbilical (ou em sânscrito Swadhistana Chakra), que se encontra na região da genital, é o que controla o prazer e a satisfação pessoal na vida, a “gana” para ir atrás de seus objetivos.
Quando esse chakra está desalinhado, ocasiona desequilíbrio emocional e reprodutivo, problemas gastrointestinais, alergias, nos rins, fígado, bexiga, infertilidade, sexualidade exacerbada, no sentido de banalizar, por deixar que os impulsos o controlem e aparecimento de doenças sexuais.
O terceiro chakra, o Manipura chakra, que se encontra no umbigo, é por ele que atravessa as emoções para outros chakras, se movimentando para o corpo todo. É chamado de plexo solar por reger nossa autoconfiança, instinto de sobrevivência, capacidade de aprender.
Anahata Chakra, o chakra do coração, fica posicionado na região do peitoral, ele rege o emocional, o centro do sistema energético do ser humano, ele une os chakras inferiores e o superiores pelo amor. Quando se há um desequilíbrio nesse chakra, é o que mais afeta as emoções, causando um desequilíbrio.
Você tem toda a liberdade de não acreditar em energia vibracional, física quântica e chakras, mas há lógica nisso e a partir do momento em que comecei a estudar esses assuntos e trazer isso para a prática no dia a dia, me abriu muito os olhos para a vida, o fluxo do universo, o modo como eu regia a minha realidade. São conhecimentos milenares que temos sorte de ter acesso hoje em dia.
Quando trazemos esse conhecimento sobre os sete chakras para as nossas vidas, percebemos o quanto a nossa energia vibracional influencia até mesmo em nossos relacionamentos, nossa saúde.
E quanto a relacionamentos unilaterais e principalmente relacionamentos abusivos, quando você cai nessas ciladas, é porque sua energia já não está nem um pouco boa, já desceu a um nível muito baixo. E quando você se perde nesse ciclo vicioso, é que confirma que você não está realmente vibrando no fluxo do universo.
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Assim que o descarte é feito, o “parasita” procura o hospedeiro depois da mesma forma que te procurou inicialmente, como se não houvesse acontecido nada, para haver novamente o descarte.
Isso vai se repetindo até o momento em que o “hospedeiro” decide cortar esse tipo de relacionamento, em que o amor- próprio fala mais alto para que se ascenda uma luz vermelha na mente da pessoa dizendo “perigo! tenho que sair dessa situação”, colocar uma barreira para que esse “parasita” não chegue até você, em todos os sentidos, físico, psicológico e emocional. Fazer uma reforma íntima para se curar desse momento, alinhar seus chakras, que nesse momento estão todos abalados. Esses chakras que falei aqui nesse post são os que devemos ter muito, muito cuidado por interferirem no nosso emocional, e como eu disse em meu post sobre amor-próprio, muitas das doenças que vemos hoje em dia são originadas no emocional.
Quando esse âmbito das nossas vidas está em desequilíbrio, ficamos vulneráveis a situações e pessoas tóxicas, pois nossa guarda está baixa, nossa vibração também, lembrando que semelhante atrai semelhante. Se fico vibrando em sentimentos negativos, só atraio coisas negativas. Não é questão de culpa, de vilão e vítima. É questão de ter responsabilidade por si mesmo, sua vida, de ter em mente que sua vida depende de você, de não dar esse grande poder a quem não tem esse poder. O poder do controle da sua vida está consigo mesmo, vítima não pode fazer nada, eu já havia falado isso em minha coluna anterior.
Não estou dizendo que quem tem amor-próprio, que cuida de sua parte espiritual, energia vibracional não passa por isso, pois passa sim por situações que o tiram do eixo. A questão é a permissão que você dá para estar nesse tipo de situação, a permissão que é dada para que alguém te trate assim, o tempo em que você se mantém nesse tipo de relacionamento.
Se você está passando por relacionamentos unilaterais ou abusivos, saia dessa, não deixe essa situação se tornar uma bola de neve e seja algo que fique difícil de contornar. Eu sei que dói se afastar da pessoa, você ama, se sente dependente, seu emocional, psicológico está todo destruído, eu entendo, realmente entendo, mas terá que ser forte, você tem que se colocar em primeiro lugar nessas situações. É literalmente ou você ou ele/a. Escolha a si mesmo, a cuidar de si mesmo, que já basta dessas situações, e coloque em sua mente “não mereço migalhas, eu mereço o melhor”. Afaste-se dessas pessoas, não importa quem seja, namorado, namorada, marido, esposa, mãe, pai, irmão, irmã, filhos, amigos, qualquer pessoa, pois sim, esses tipos de relacionamentos podem acontecer não somente entre casais, existe relacionamentos abusivos entre amigos, pais e filhos.
Enfim, dê um basta nessas pessoas abusivas, que não te acrescentam, que não te tratam com reciprocidade, pois você merece coisa melhor na sua vida, corte relação com elas, não permita que te afetem. Se afaste, não tente muda-las, ajuda-las, pois ninguém muda ninguém. A pessoa pode vir até você com uma história triste de que tem traumas antigos, que não justifica descontar isso nos outros. Que ela se resolva consigo mesma, que procure até alguma terapia para trabalhar esse aspecto da vida, mas não tente bancar o herói, a heroína. Não jogue fora sua saúde psicológica, emocional e espiritual por causa de alguém, isso é decretar sua própria destruição pouco a pouco e quando você menos perceber, você não somente está com o seu emocional, psicológico e espiritual abalado, mas também seu físico. Todos nós temos coisas que não são tão agradáveis na vida que temos que lidar, mas temos que procurar lidar com isso e não descontar no mundo, para que nossas vidas andem e não estagnem.
Então, trabalhe seu amor-próprio, se alinhe com o universo, tome essa situação como um aprendizado para a vida, para que você desperte para si, para que se cuide mais e que quando surgir o menor indício de que esse relacionamento é cilada, sair disso.
Quando o emocional já não está legal, os chakras desalinhados, sua energia vibracional lá embaixo, você acaba atraindo todo o tipo de coisa ruim na vida.
Isso é física quântica. Ninguém quer passar por isso, mas no subconsciente, não acha que merece coisas boas na vida, que não é suficiente, que é um “lixo”, pois hoje em dia está acontecendo uma glamourização do sofrimento, de quem está mais ferrado na vida, o comodismo nesse tipo de situação. Gostaria realmente de saber como que o sofrimento, estar ferrado na vida poderia ser algo bom ao ponto de ser celebrado.
Aí essas mesmas pessoas desejam prosperar, não só financeiramente, mas nos relacionamentos, na parte pessoal também. Sinto muito, mas com esses pensamentos, você não vai conquistar essas coisas. O desespero também não vai ajudar.
Há esse desespero, a cobrança para que namore, case o mais rápido, que é vergonhoso, digno de pena sair sozinho, fazer coisas por conta própria, que temos que estar sempre rodeados de pessoas e tem uns que nem conseguem ficar em sua própria companhia, ficam nessa dependência emocional.
Sendo que não, não é vergonhoso nem digno de pena você sair sozinho, fazer as coisas que você quer fazer por conta própria, de não estar 24 horas por dia rodeado de pessoas. Quando você sai sozinho, faz as coisas que você quer fazer por conta própria, demonstra sua independência e que você se sente bem consigo mesmo.
Não somos uma ilha, não vivemos nessa vida sozinhos, sempre estamos acompanhados, sendo pessoas conhecidas ou não, então tire o “estou sozinho na vida”, pois não estamos sozinhos nesse mundo, só não podemos depender disso para viver, sair de casa, fazer as coisas as quais temos vontade, por exemplo: ir ao cinema, ao shopping, a um parque, festa, viagem… Se alguém quiser nos acompanhar, ótimo, se não quiser nos acompanhar, tudo bem também.
Sem me esquecer de mencionar que, ninguém fica 24 horas por dia rodeado de pessoas, nem as celebridades, pois todos nós temos nossas vidas, nossas tarefas, não podemos querer que ser rodeados de pessoas o tempo todo.
Sobre namoro e casamento, não deve ser visto como uma finalidade na vida, um objetivo, e sim como consequências.
Não é por você não estar namorando ou estar casado com alguém que sua vida perdeu o sentido. Pode ser que não seja uma coisa que você queira e tudo bem não querer namorar ou casar, como também pode ser algo que você, assim como eu, queira, mas não está desesperado a ponto de aceitar a primeira pessoa que aparece por aí.
Temos que tirar essa dependência emocional de nós, de jogar na mão do outro o poder sobre nossas vidas, de jogar essa pressão no outro para que ele nos faça feliz, que faça sua vida acontecer, isso deixa um relacionamento muito pesado, nos sufocamos, nos prendemos ao mesmo tempo em que sufocamos e prendemos o outro, sendo assim você só vai se frustrar com qualquer pessoa que você se relacione e até mesmo acabar caindo em um relacionamento unilateral ou abusivo pelos seus critérios estarem muito baixos.
Gratidão a você que leu esse artigo! Muita luz, muita paz e amor na sua vida, namastê.