CAPÍTULO 72 – VÁ PARA A COZINHA E FAÇA UM PRATO NO CAPRICHO!
Visite os seus arquivos de músicas e deles resgate “PARA VIVER UM GRANDE AMOR”, obra magnífica do Vinicius de Moraes, e preste muita atenção no poema que nela é declamado, cujo trecho diz “Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?”
Faça a diferença na vida das pessoas por via de algo trivial, muito comum mesmo, mas que pode crescer e encantar as pessoas, como, neste caso, a simples confecção de um prato, mesmo que simples, mas que seja fruto das suas mãos e da sua intenção de procurar surpreender, servir, encantar, enfim!
E não é apenas importante para a pessoa que reine em seu universo íntimo: nesse cenário você pode incluir amigos, familiares, amigos dos amigos, colaboradores do seu negócio e por aí vai! Todas as pessoas que se descobrirem como motivos para seu esforço, mesmo que você não seja uma “chef de cuisine” ou um insuperável churrasqueador, entenderão o seu gesto e se sentirão por ele abençoadas… e ficarão muito, mas MUITO gratas a você!
Em caso de desespero (absoluta incompetência culinária), vá correndo na confeitaria mais próxima e compre um daqueles bolos imensos, proibidos por todos os médicos para todos os pacientes, aquela bomba calórica e disparador de glicemias. Ofereça como sobremesa ou acompanhante do café de fim de tarde.
Se tiver a chance, ligue discretamente para um serviço de delivery (procure em seu celular ali nos aplicativos baixados ou baixáveis) e ofereça algo para as pessoas. Você será lembrado(a) durante muito tempo pela gentileza… e fará diferença, acredite!
Finalmente: se você estiver na casa de amigos, mesmo que não saiba fritar um ovo sem quase incendiar todo o quarteirão, tome a iniciativa de pelo menos lavar a louça e dar uma ajeitada na cozinha, o que será prova do seu esforço e gratidão por ter sido recebido(a) e por ter partilhado da mesa!
Um fato que presenciei e não esqueço: há muitos anos, assistindo a um show no circuito universitário muito em voga àquela época do Rio de Janeiro pós-bossa-nova, a cantora interrompeu o seu número, no qual apresentava música de sua própria autoria e dedicada ao grande amor da vida dela, que estava na plateia, soube-se depois, e disse, lágrimas borrando-lhe a maquiagem: “Ai, amor, como é duro comer o café da manhã que faz pra mim! Intragável! Os ovos mexidos são tenebrosos! As torradas parecem carvão! Mas eu te amo tanto que entendo o amor com que faz as coisas de manhã e às vezes fico de longe espiando você se atrapalhar todo e emporcalhar a cozinha que depois eu tenho que limpar! Você é péssimo cozinheiro mas é o melhor homem que uma mulher possa ter… e É MEU!”. Bonito, não?
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