A maioria das pessoas acredita que as histórias sobre Atlântida não passam de teorias da conspiração ou de lendas criadas para aflorar a imaginação da população, porque não há registros que comprovem que o lugar realmente existiu, onde era localizado e como uma ilha-cidade inteira desapareceu, mas há hipóteses de que Atlântida tenha estado na região do Mar Mediterrâneo e de que sua destruição foi causada pela erupção de um vulcão gigantesco na Ilha de Thera, no Mar Egeu, ocorrida provavelmente no século XVI a.C. Nos dias de hoje, o que restou do vulcão e de sua cratera é um círculo de ilhas atualmente conhecido como Santorini, na Grécia. Na história que deu origem à lenda, contada pelo filósofo Platão, contudo, Atlântida estaria localizada além das Colunas de Hércules, no Oceano Atlântico.
Em 2012, na área conhecida mundialmente como Triângulo das Bermudas, um grupo de cientistas canadenses alega ter descoberto uma cidade perdida. A noroeste da costa de Cuba, a 700 metros de profundidade, um robô submarino tirou as fotografias das ruínas de edifícios, quatro pirâmides gigantes e um objeto parecido com uma esfinge. Especialistas acreditam que os edifícios pertencem ao período pré-clássico do Caribe e da história da América Central da mesma época; já pesquisadores independentes insistem de que as ruínas são de Atlântida. Arqueólogos dizem que as construções foram construídas em terra e depois submergiram por causa de uma catástrofe natural, todavia essa hipótese implica em admitir a existência de uma vasta porção de terra no meio do Atlântico numa época geológica recuada, ideia que reforça a crença na Atlântida de Platão.
Já Lemúria, que estaria localizado no Oceano Índico, trata-se de um continente inteiro desaparecido. Os pensamentos que incitaram a possível existência de um continente misterioso surgiram na metade do século XIX, com Philip Lutley Sclater, zoologista e advogado britânico, e Ernst Haeckel, biólogo alemão, que foram os primeiros que a iniciar os estudos sobre isso, levantando questionamentos sobre as migrações de animais e humanos. De acordo com Ernst, havia uma espécie de “pedaço faltando” quando se pensava no trânsito de humanos que saíam da Ásia e chegavam à África, pois apenas uma porção continental de terra na região poderia explicar a capacidade dos humanoides de se locomoverem de um lugar tão distante de outro sem cruzar o oceano. Anteriormente, Lutley teve quase as mesmas dúvidas que Haeckel, mas pensando nos lêmures: foi observado que havia muitos mais desses animais em Madagascar do que na África ou na Índia, podendo-se concluir que eles teriam saído de um lugar e ido para os outros.
Até os tempos modernos, muito se especula acerca destas civilizações. Para espanto geral, em 2013, geologistas encontraram evidências de que poderia ter existido um continente na região onde a tal da Lemúria estaria. Foi localizado ao sul da Índia, mais precisamente nas ilhas Maurício, um zircão datado de 3 bilhões de anos atrás, época em que a ilha supostamente não existia, já que ela é datada de 2 milhões de anos e só surgiu graças à movimentação das placas tectônicas. Desta forma, os cientistas afirmaram a existência de uma porção enorme de terra ali há muito tempo, mas ela desapareceu para dentro do oceano há cerca de 84 milhões de anos. Atualmente, o continente perdido é chamado de de Mauritia, em homenagem às ilhas que agora estão ali. Contudo não se conseguiu comprovar a lenda dos lemurianos, seres hermafroditas fabulosos, com quatro braços, que seriam, de acordo com a crença popular, os ancestrais dos humanos que habitavam Lemúria.
Falando em reais cidades perdidas – e encontradas -, a cidade de Alexandria foi descoberta no Mar Mediterrâneo em 1998. Exploradores encontraram a antiga cidade egípcia de Alexandria debaixo d’água, praticamente inteira, mesmo após estar submersa por cerca de 1.600 anos. É possível que ela tenha afundado devido a vários desastres naturais, como a subida do nível do mar, além de terremotos. Lá os mergulhadores encontraram o palácio real de Cleópatra, com direito a pisos de mármore, colunas, fornos e bacias, blocos de calcário vestido, paredes e estátuas de divindades egípcias, além de uma esfinge de granito cinza-escuro; todos itens que deveriam fazer parte da imensa construção.
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Muitas culturas falam de terras míticas, cidades submersas e reinos perdidos que desafiam a ciência a comprovar suas teorias e histórias, e essas civilizações misteriosas entram e saem do campo do interesse público, sendo popularizadas na TV, em livros, revistas e agora na internet. Tornou-se cada vez mais difícil haver quem nunca tenha ouvido falar destas regiões ou que sequer tenha se sentido curioso ou incentivado a pesquisar mais sobre o assunto para saber se novas descobertas ocorreram. Esses lugares, sejam reais ou não, demonstram uma coisa: a forma como a criatividade, a imaginação e a especulação são atiçadas com essas histórias estimula um louvável desenvolvimento crítico e questionador na população, o que não deixa de ser benéfico para as mentes acostumadas a receber informações prontas, sem interesse de procurar saber mais sobre algum assunto que pode nem ser verídico.