Hoje, assisti a um TED Talk do dr. Amit Stood, professor de medicina, que falava sobre estudos feitos que provam por que nos sentimos infelizes a maior parte do tempo. Um deles é a adaptação hedônica da felicidade, sobre a qual falei neste texto.
Mas como a ideia não é falar sobre o problema, e sim sobre a solução, vou direto às práticas que ele deu para endereçar essa tendência, prática que ele chama de 5-3-2:
1) Agradeça a cinco pessoas
Ao acordar, em vez de ir direto ao computador, envie gratidão a cinco pessoas. No vídeo ele faz uma amostra da prática para que ela não seja uma coisa automática. Uma das pessoas é alguém que já se foi, e depois das cinco você se imagina com 8 anos e envia gratidão a essa criança.
A antroposofia acredita que 9 anos é uma idade de suma importância na vida das crianças; normalmente alguma coisa muito impactante acontece nessa época. No meu caso, como conto no meu livro, minha avó paterna morreu, e meus pais se separaram.
Se você conseguir se recordar de alguma coisa importante, sugiro que envie amor para a criança de 9 anos.
2) Dedique três minutos para imprimir novidade à sua vida
Segundo os estudos feitos, “novidade vence amor”, diz o dr. Stood.
A ideia é que possamos “trazer novidade onde está o amor”, ao doar três minutos de atenção plena à pessoa amada.
O que o dr. Stood faz é checar os e-mails assim que estaciona o carro na garagem para que assim possa, ao chegar em casa, se concentrar nos seus familiares como se não os tivesse visto por um mês, usando os seguintes passos:
a) estar genuinamente interessado no que eles têm a dizer
Esta é, aliás, uma das técnicas mais apreciadas em coaching: colocar-se na posição de curioso e praticar o que chamamos de “escuta ativa”.
b) fazer elogios criativos.
Esta é uma maneira excelente de colocar o cérebro da outra pessoa num estado colaborativo.
c) não tentar “melhorar” ninguém por três minutos.
Eu diria que isso faz parte da escuta ativa: escutar sem julgar.
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3) Melhore sua interação com o mundo em dois segundos
O cérebro checa a todo tempo se está lidando com um amigo ou inimigo. O tempo todo, durante uma conversa, ele faz isso.
Você está ali falando do seu trabalho: amigo. Começa a falar em dinheiro: inimigo. Dr. Stood lembra que o cérebro leva menos de um segundo para chegar a essa conclusão.
A ideia, portanto, é se adiantar ao processo de julgamento do cérebro: assim que encontrar alguém, pense: “eu te desejo o bem”. Pode ser: “eu te desejo saúde, felicidade”, não importa, o que interessa é mudar a predisposição do cérebro de julgar e procurar defeitos.
4) Um princípio por dia
Como sabemos, o cérebro ainda guarda muito do modus operandi usado na época dos caçadores-coletores. Agora, precisamos reprogramar nossa maneira de pensar e consequentemente de agir.
A dica dada nesta palestra é usar um dia da semana para se concentrar em uma destas cinco virtudes:
a) gratidão (inclusive pelo que aparentemente não deu certo)
b) compaixão
c) aceitação (que, para o Eneagrama, é o remédio para a raiva)
d) significado, propósito
e) perdão
Eu acho que isso vai mudar minha vida. E você?