A caça esportiva por animais é algo que vem causando muitos problemas, principalmente a extinção de espécies. Em julho deste ano ocorreu mais um caso de caça a animal e desta vez o tão adorado Leão Cecil, foi a vítima. Ele se localizava no Parque Nacional de Hwange (Zimbábue), onde viveu 13 anos de sua vida sendo monitorado por cientistas da Universidade de Oxford, que estudavam a conservação de espécies de leões da região de Zimbábue.
A morte de Cecil chocou a todos, não apenas por ser um leão famoso e importante à espécie, mas sim pela crueldade de como a sua morte foi feita. Walter Palmer, responsável pela morte do animal, pagou US$55 mil dólares para caçar o leão. O dentista, alvo de protesto, alega que não sabia que matar animal era ilegal e segundo o jornal New York Times, Walter planejava utilizar a cabeça do leão para decorar a sua casa.
O que leva uma pessoa a cometer uma crueldade dessas apenas por esporte? Por que uma pessoa gastaria tanto dinheiro para matar um animal? A resposta é muito simples, manter o poder e o prestígio. Em um estudo feito pela socióloga da Universidade de Windsor, Amy Fitzgerald, foi comprovado que os caçadores sentem-se poderosos ao mostrarem que conseguem manter o domínio sobre o animal.
Depois do caso Cecil que foi atraído e morto fora do Parque Nacional de Hwange, ficou ainda mais claro que é preciso reforçar ainda mais as fronteiras do parque e as regularizações sobre caça. Agora a caça só será permitida com autorização por escrito e com a presença de funcionários do parque, segundo as informações dos Parques Nacionais de Zimbábue.
É muito comum pessoas matarem animais para se alimentarem, principalmente aquelas que não têm escolha. Mas uma pessoa pagar tanto dinheiro para sentir apenas a adrenalina, pendurar a cabeça do animal em uma parede e tirar uma foto mostrando o quão poderoso é, podemos dizer que não é um motivo aceitável.
Segundo o grupo conservacionista Panthera, os caçadores americanos são uma forte ameaça à sobrevivência de leões africanos e os selvagens lobos-cinzentos. Os lobos estão no topo dos Estados Unidos em ameaça de extinção. Isso pode levar ainda alguns anos, mas o estado é crítico.
Mesmo assim, muitos argumentos ainda são a favor da caça esportiva. Os defensores alegam que a atividade levanta muito dinheiro que ajuda na conservação das espécies e pode ajudar no gerenciamento das populações, ou seja, se as autoridades permitirem a escolha de animais que já perderam a capacidade de se reproduzirem ou que possam inibir a reprodução de outros ao seu redor.
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A autorização para caça esportiva é permitida apenas por tratados internacionais, desde que parte dos recursos seja destinada à conservação dos animais e que a morte dos indivíduos não acarrete riscos as espécies. Por outro lado, a prática está sujeita à corrupção, se não for bem fiscalizada.