Autoconhecimento

Ser poeta

Homem sentado à beira de um rio, com uma caneta no queixo e pensando. Em seu colo, há um caderno baerto com folhas em branco
Oleksii Didok / Shutterstock.com
Escrito por Lúcia Almeida

A vida em si é um poema. Dizem que os poetas são loucos, boêmios, sonhadores. Podem ser tudo isso, sim, mas também podem ser um poço profundo repleto de emoções. O poeta é um ser que consegue captar tudo aquilo que os outros (os não poetas) sentem, mas não conseguem colocar no papel (hoje em dia, mais no teclado).

A vida tem um colorido mais vivo, as flores não são só milagres da natureza, são doces presentes da mãe terra, tantas vezes aclamadas e declamadas em poemas pela eternidade. O amor… ah! O amor! Não seria um poeta verdadeiro (um legítimo poeta raiz) aquele que não ousasse se debruçar sobre as lágrimas de um amor não correspondido. Em épocas passadas, quantas mulheres não se sentiriam honradas em se tornarem musas de um poeta boêmio, sentado em uma mesa na calçada de um bar, na alta madrugada, sonhando com a amada e coreografando palavras em sua homenagem?

Livro aberto com um tinteiro e com uma caneta ao lado. No fundo, há várias estantes, indicando uma biblioteca
Triff / Shutterstock.com

A verdade é que o poema é eterno e seu criador também. Aos poetas anônimos e aos famosos, às poesias reconhecidas e àquelas guardadas e esquecidas em gavetas, meu mais sincero agradecimento. Sem vocês a vida seria mais nebulosa, quiçá em preto e branco. Que os poemas vivam para sempre em nossas lembranças e em nossos corações e que existam sempre seus escritores para nos mostrar o quanto a vida é bela e que as palavras bem conduzidas fazem um bem danado à alma.

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Pensando nisso, fiz um pequeno poema sobre a vida.

“A vida, esse grande presente

Ela vem com laço de fita

Às vezes devagar, às vezes de repente

Só sei que a vida é tão bonita

A vida tem laço e tem nó

É um eterno desalinho

É caos de dar dó

É flor e é espinho

Tem gente que desiste da vida

Tem gente que luta pra viver

Tem gente que a deixa colorida

Tem gente que pede pra morrer

Somos todos aprendizes dela

Erramos tentando acertar

E enquanto giramos a manivela

Torcemos para a vida não emperrar

Com o tempo aprendemos

A vida é dom, é alegria, é oportunidade

Nascemos, vivemos e morremos

Quem dá vida sai, deixa saudade

Vamos então aprender a conviver

Sem medo, sem ódio, sem rancor

A vida é breve, é vasta, basta querer

Aprendamos a viver com amor”

Sobre o autor

Lúcia Almeida

Sou formada em Administração de Empresas, duas pós-graduações na área administrativa, revisora de textos, reikiana, e atualmente faço um curso de Psicanálise Integrativa. Sou colunista do site "O Segredo" e tenho duas páginas no Facebook e uma no Instagram com textos e poemas.

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