Durante um treino, o corpo se desgasta, o que significa que ele fica mais fraco do que antes. É durante o período de recuperação que o corpo irá ter seus ganhos.
Caso a recuperação não seja feita da forma adequada, o desgaste se acumula gradativamente até o aparecimento das lesões, e a atividade física estará sendo mais prejudicial do que benéfica.
Lesões musculares, tendinites e fraturas por estresse são algumas das lesões que podem estar associadas a uma recuperação inadequada entre os treinos.
A recuperação envolve basicamente três coisas: descanso, alimentação e hidratação. O descanso é, certamente, o fator mais negligenciado. Não existe um período de sono que seja adequado para todos, mas como regra geral recomenda-se um mínimo de 7 a 8 horas por dia de sono.
Menos do que isso, a recuperação será incompleta. De fato, praticantes de atividades extenuantes como o triathlon ou a maratona tendem a precisar de até mais tempo, 9 ou 10 horas diárias.
No caso de atletas não profissionais, a rotina com aproximadamente duas horas de treino (as vezes em duas sessões) associado aos compromissos profissionais e familiares faz com que algumas pessoas acordem às quatro horas da manhã para treinar retornando para casa tarde da noite, tornando esta rotina de sono impossível.
Sem uma boa rotina de sono, os atletas não são capazes de se recuperarem de um treino para o outro e o desgaste cumulativo fará com que, mais cedo ou mais tarde, as lesões apareçam.
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Em relação à alimentação, o atleta precisa de nutrientes tanto para repor a energia perdida no treino como para recuperar a musculatura desgastada. Como o desgaste e o consumo de energia são altos, os atletas precisarão de uma rotina bem regrada de alimentação.
A suplementação alimentar deve ser considerada no caso de atletas envolvidos com atividades de ultra-resistência, como as maratonas, corridas de aventura ou ironman, ou em atletas profissionais com rotina de treino muito intensa.
Para a maior parte dos atletas, porém, uma alimentação bem regrada será mais do que suficiente e a suplementação não proverá ganhos extras, muito pelo contrário. Mesmo quando a suplementação for considerada, ele deverá, como o próprio nome diz, servir como “suplementação”, e não para a substituição dos alimentos regulares. O acompanhamento nutricional pode fazer toda a diferença no desempenho e na redução do risco de lesões.
O Dr João Hollanda é médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho e traumatologia esportiva. Trabalha atualmente como médico da seleção Brasileira de Futebol Feminino. Maiores informações em www.ortopedistadojoelho.com.br