Autoconhecimento Convivendo

Autoconsciência

Silhueta de mulher sentada em posição de lótus, com as pernas cruzadas, meditando.
Escrito por Tereza Gurgel

Autoconsciência é a capacidade de conhecermos a nós mesmos, nos reconhecer por inteiro, identificando – não julgando – nossas qualidades e nossos defeitos. É a capacidade de olhar para si mesmo. Ser autoconsciente, perceber o “eu” é a chave para o equilíbrio e o amadurecimento emocional.

O indivíduo autoconsciente percebe a si mesmo como um determinado “tipo” de pessoa, com certos traços, características físicas, hábitos, comportamentos, aptidões, habilidades, crenças, valores, aspirações. E percebe a si mesmo pela maneira com a qual se liga ao ambiente, por meio dos objetos que possui, dos grupos sociais a que pertence, dos papéis que desempenha e pela maneira que os outros o veem. Tudo isso reunido constitui a autoconsciência total.

Mulher senta com as pernas cruzadas, observando a natureza, no meio de uma floresta.

O “eu” é constituído de camadas sucessivas, como um cebola. Algumas partes do “eu” são sentidas como mais centrais, mais próximas de um hipotético “núcleo essencial”; outras são notadas como sendo mais superficiais ou periféricas. É necessário lembrar que a autoconsciência tem seus limites; jamais seremos capazes de conhecer tudo, pois há uma grande parte do nosso aparelho psíquico fora da esfera consciente, que é, para Freud, o inconsciente.

A estrutura de si mesmo pode ser organizada de maneira mais fraca ou mais forte; suas partes podem formar um todo harmonioso ou podem ser um tanto incongruentes umas com as outras.

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Para fortalecer nossa estrutura interior e posteriormente conseguirmos realizar uma mudança real nas atitudes que nos incomodam (ou que não trazem nenhum benefício) não basta apenas saber a origem de nossas dificuldades ou defeitos. Precisamos identificar como estamos agindo – quais atitudes que realizamos e como fazer diferente? Como modificar o nosso modo de agir, o que podemos fazer efetivamente? Concentrando-nos mais na ação que deve ser tomada, podemos elaborar um plano de mudança real e duradoura, evitando comportamentos automáticos e repetitivos do passado. Uma terapia pode ser de grande ajuda por fornecer mais elementos para que o indivíduo aumente sua autoconsciência e explore as alternativas de mudança. Um primeiro passo em busca dessa mudança é contar com a ajuda de alguns amigos, pedindo-lhes para que descrevam qual nossa melhor qualidade e qual nosso maior defeito, avaliando as respostas com honestidade e serenidade.

Mulher branca deita em um sofá conversando com psicóloga que está sentada em uma cadeira ao lado do sofá.

Osho alertava que devemos cuidar para não substituir simplesmente as ideias negativas da mente por ideias ou frases positivas – se a emoção continua sendo negativa. Por exemplo, não adianta ficar repetindo para si mesmo “Eu me amo” enquanto que bem lá no fundo você não sente isso de verdade e não gosta nem um pouco da situação em que está.

Uma maneira prática de lidar com emoções, sentimentos e percepções negativas sobre si mesmo é realizar com frequência este exercício: reconheça honestamente que o sentimento negativo que você tem de si mesmo é real. Preste atenção nas sensações que essa emoção desperta em seu corpo. Anote essas sensações e os pensamentos que as acompanham. Depois de obter o máximo de informações sobre a emoção, feche os olhos e procure dar uma forma que a represente. Qual seria o tamanho desse sentimento? E qual a sua cor? Imagine agora que essa emoção sai de dentro de você e se coloca à sua frente, a uns 2 ou 3 metros de distância. Simplesmente imagine observá-la à sua frente, sem julgamentos ou justificativas. Após alguns minutos de observação, deixe que a emoção retorne ao seu lugar original dentro de você. Ainda de olhos fechados, reflita se você pôde notar uma mudança na emoção quando ela estava à sua frente. O sentimento pareceu diferente depois que retornou ao seu lugar original?

Termine o exercício abrindo os olhos e anotando suas percepções. Esse exercício ajuda a entender e aceitar seus sentimentos, compreendendo-os para depois realizar mudanças efetivas em sua vida.

Referências

“Elementos de Psicologia”, D. Krech e R. Crutchfield, Editora Pioneira, São Paulo

Sobre o autor

Tereza Gurgel

Formada em Psicologia (F.F.C.L. São Marcos - SP). Filiada à ABRATH (Associação Brasileira dos Terapeutas Holísticos) sob o número CRTH-BR 0271. Atua na área Holística com Reiki, Terapia de Regressão e Florais de Bach. Mestrado em Reiki Essencial Metafísico e Bioenergético Usui Reiki Ryoho, Shiki, Tibetano e Celtic Reiki. Ministra cursos de Reiki e atende em São Paulo (SP).

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