Muito se sabe sobre a importância do sol, astro-rei, a iluminar o Universo. Por meio dele é que todas as vidas nos planetas se mantêm (nós, seres humanos, inclusive, adquirimos nutrientes vitais para nosso bem-viver, como a vitamina D, através do sol). Mas há também um tipo de luz que a literatura espírita cita e que devemos cultivar: a autoiluminação. Trata-se de alimentar nosso sol interior, nossa luz própria que nos faz brilhar como seres únicos e caminhantes nessa trilha de aprendizado terreno e espiritual. Emmanuel, amado mentor de Chico Xavier, já nos dizia que a verdade é luz. Acrescento que o conhecimento é fagulha de igual importância, e não nos pode ser tirados. Assim, alimentar o brilho pessoal nessa jornada se faz com conhecimento, com caridade e com muito amor por tudo e por todos.
E como podemos adquirir conhecimentos? Entre outras formas, através de literatura edificante ,que no caso de algumas obras espirituais, têm base nos ensinamentos do Cristo. Não só o que é espírita leva sua marca; tudo que lemos e que nos fala de amor, que nos acrescenta, nos edifica, nos enriquece, não desmerece o próximo, vem dele; pois Jesus soube ser só amor por todas as criaturas. O conhecimento, fermento da alma, nos faz crescer como seres raciocinantes que buscam entendimento, compreensão, cultura. Ponderar, refletir, questionar também faz parte do crescimento elucidativo, pois um povo que aceita “verdades” sem se instruir, acaba reproduzindo comportamentos por vezes ultrapassados e mesmo nocivos, como tantos exemplos ruins praticados pelo homem na linha do tempo evolutiva.
Já a caridade, sem a qual não há salvação, já nos disse Jesus, se constitui em outro modo de alavancar nosso brilho interior e fazer-nos subir um ou mais degraus na escada da evolução. Ainda Emmanuel: “Ilumina a estrada de alguém e estarás iluminando a ti mesmo”. Ou seja, fazer o bem só nos faz bem, jamais nos atrasa, mesmo que esse mundo de concorrência nos queira fazer acreditar o contrário. Como nos diz o bonito provérbio, “fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas”. Mas não é por obtermos benefícios indiretos que devemos praticar a caridade. Ainda que não “saíssemos ganhando”, ajudar o próximo seria sempre o certo a se fazer. O espírito Lourdes Catherine, em psicografia no livro “Conviver e Melhorar”, de Francisco do Espírito Santo Neto, lembra-nos que ser caridoso com o intuito de conseguir uma bênção não é bondade; fazer o bem para obter benefícios é interesse. A maneira desprendida de ajudar o próximo é a verdadeira caridade e ela não precisa ser material. “Emprestar os ombros ou os ouvidos”, de maneira figurada, configura fraternidade e solidariedade verdadeiras.
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E quanto ao amor? O amor está em tudo isso! É o mais sublime dos sentimentos. Não existe conhecimento sem amor e sem sede de aprender, não existe caridade sem amor e sem respeito por nossos irmãos. É importante considerarmos o amor próprio. Primeiramente, devemos amar a Deus, nosso Pai Maior e que conhece todas as nossas angústias; após, amar a nós mesmos, respeitando nossos sentimentos, nosso bom senso e nosso livre-arbítrio. Amar sem restrições é nosso desafio. Não iremos amar como amou Jesus Cristo, Médico das Almas, pois estamos anos-luz de distância d’Ele – mas podemos tê-lo como modelo a ser seguido e regozijarmo-nos quando nos aproximamos uma centelha de seu exemplo.
Não seremos como Chico, não seremos como Divaldo, espíritos em missão. Mas podemos ser pequenos obreiros dessa seara divina, peças indispensáveis e únicas no orbe.