Autoconhecimento

Enfim Quarentei…

Balões com o número 40 com confetes atrás.
inkdrop / 123rf
Escrito por Patricia Carvalho

E que coisa louca fazer 40 anos… Quando tinha 20, essa idade nem passava pela minha cabeça, era coisa de “velho”, aos 30 achei que seria ruim, depressivo, velhice total. Hoje quando olho para trás, vejo o quanto evoluí, melhorei, e posso afirmar que 40 é uma idade incrível. É, você pode estar pensando… “Tá de brincadeira?!” Mas não, é incrível, sim!

Eu me livrei das amarras que me prendiam a conceitos, deixei de me levar pela opinião dos outros, já não me importo com o que pensam de mim, meu corpo é meu e só meu, e cuido dele por mim, me cuido por mim. Tá certo! Ainda faço (ou tento fazer) dietas, mas a realidade é que é mais por costume do que por estética, mais para poder trocar figurinhas com as “migas” do que para ter corpo esbelto. Mais pela saúde do que para entrar naquela calça número 36 de 15 anos atrás.

Agora prezo por minha sanidade mental, então procuro a minha paz em todos os momentos e lugares, sabe aquele “vamos evitar a fadiga”, mais ou menos isso, mas é a fadiga mental, o estresse desnecessário – e esse desnecessário toma outra dimensão, que afeta muita coisa, quase tudo na verdade.

Pouca coisa realmente merece uma atenção tão profunda que possa tirar minha paz. Porque hoje zelo pelo meu coração também, e se minha mente se estressa lá vai meu coração na mesma emboscada.

E o contrário também acontece, meu coração é agora casa de bons sentimentos, morada de fé, de amor, de paz, e aqui só entra, agora, quem apresenta um currículo impecável, e isso vale para pessoas, sentimentos e tudo o mais que não afete meu coração e minha mente.

Mulher branca assoprando purpurina das mãos.
amyjoyalvarado / Reshot

Aos 40 perdoamos mais, relevamos mais, nos importamos mais com menos, é um negócio meio doido até, parece que você se torna um outro alguém, e talvez seja isso mesmo.

Nos reencontramos com nossa verdadeira essência e nos tornamos quem deveríamos ser desde sempre. E essa sensação traz muita liberdade, de ser, de estar, de viver, e é difícil explicar.

Essa liberdade toda vem com o tempo, tá? Então não se estresse se ainda não chegou. Comigo foi só aos 40, talvez para você tenha vindo com 22 ou 56, cada um tem seu tempo. Pode ser que você esteja “quarentando” aos 60. E tá tudo bem.

Antes achava que o tempo era um inimigo, hoje vejo que é meu melhor amigo, pois assim escolhi. Escolhi encarar cada dia por vez, encaixar cada problema em uma solução, e tentar não me culpar ou me arrepender de nada, porque foi tudo isso que fez de mim essa menina-mulher quarentona, que, apesar de estar iniciando a idade da loba agora, já pôde viver há algum tempo todo esse processo. Mas agora posso aproveitar um tempo de liberdade, de leveza, de ser quem quero ser.

Engraçado que nos lamentamos muitas vezes por não ter aos 20 a experiência, o conhecimento que temos aos 40, mas sempre acreditei que a vida não dá “ponto sem nó”, que tudo está perfeitamente encaixado para funcionar equilibradamente, e hoje, aos 40, tenho certeza.

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Nada no Universo é por acaso, nada na criação Divina é sem por quê. E se faço parte disso, se nossa vida segue dessa forma, isso se justifica na experiência, no aprendizado, na evolução. Que nada tem a ver com idade e sim com crescimento espiritual, mental e emocional. Mas no meu caso veio mesmo, com ele, o tempo, e com a idade.

Crise dos 40, que nada! Crise eu tive aos 20 por não saber de nada. Hoje me sinto no caminho certo, no rumo certo, e livre para ir e voltar, ser ou não ser, fazer tudo ou deixar tudo pra lá. Porque não importa o que eu escolha, o importante é que estou vivendo do meu jeito e sendo feliz.

Ah, se você tem 20, 25, 30 ou 35 anos e está lendo este texto, acredite, o melhor está por vir, na verdade eu estou numa grande expectativa para ver o que a vida me reserva aos 50, e quando chegar lá prometo que eu te conto!

E viva os quarenta!

Sempre o melhor.

Sobre o autor

Patricia Carvalho

Meu nome é Patricia Carvalho (Patty Carvalho) sou formada em psicologia e atuei em clínica durante alguns anos, atualmente não estou exercendo a profissão, porém o ser humano e seu poder de crescimento pessoal, emocional e espiritual ainda me fascinam; crescer e evoluir são coisas que me move.

Uma libriana, mãe de menino, que não vive sem massas (e doces) e que adora filmes e livros.

Ler é uma paixão, já escrever é um "hobbyterapia" que descobri recentemente e espero poder continuar praticando em meu benefício e de quem mais eu possa auxiliar com minhas palavras.

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