Quem nunca se deparou com aquelas lixeiras coloridas de reciclagem e na hora de fazer o descarte correto, percebe que o material não é vidro, plástico, metal ou orgânico. O que fazer então? Apesar de nossa boa e fundamental ação pela sobrevivência do planeta, nem todos os materiais são indicados para que passem pelo processo de reciclagem.
Um exemplo de material que não pode ser reciclado é o lixo hospitalar. No caso, são seringas, agulhas, ataduras e outros itens que são usados em hospitais para o tratamento dos pacientes. Muitos desses materiais acabam infectados e, inclusive, a pessoa responsável pela coleta deve estar devidamente equipada para que não se exponha e entre em contato direto com esse tipo de lixo. Essa responsabilidade também é da pessoa que realiza o descarte. Além de buscar locais adequados e devidamente informados para esse tipo de lixo, objetos como as agulhas das seringas podem machucar e causar problemas de saúde ao profissional responsável pela coleta desses materiais.
Segundo o Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), os materiais não recicláveis são aqueles que não podem ser reutilizados após transformação química ou física. Vale ressaltar que essa impossibilidade pode ser pelo fato de que não há tecnologia avançada para esse processo ou que não compense realizar a reciclagem de determinados tipos de materiais. Outro ponto bastante comum é que o Brasil é relativamente limitado no trabalho de reciclagem, tanto na parte tecnológica quanto na questão das políticas públicas referentes à coleta seletiva. Quantas vezes as pessoas não separam o lixo, aí chega o profissional responsável pela coleta e joga todo o material dentro do caminhão?
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O instituto pontua que a presença de lixo não reciclável no processo de reciclagem prejudica a qualidade do produto final da reciclagem, inclusive com a possibilidade de quebrar a máquina responsável pelo processo. A cerâmica, por exemplo, atrapalha a reciclagem de materiais como o vidro, pelo fato de que não se fundem. Ao tornar-se pedra no produto final e misturada ao vidro, a cerâmica pode provocar uma quebra espontânea do vidro reciclado.
Entre os principais materiais não recicláveis, destacam-se:
– Papéis não recicláveis: adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos engordurados, papéis metalizados, parafinados ou plastificados.
– Metais não recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço, latas de tintas, latas de combustível e pilhas.
– Plásticos não recicláveis: cabos de panela, tomadas, isopor, adesivos, espuma, teclados de computador, acrílicos.
– Vidros não recicláveis: espelhos, cristal, ampolas de medicamentos, cerâmicas e louças, lâmpadas, vidros temperados planos.