Olá! Tudo bem com você? Estou aqui para compartilhar: como uma lesão está me ensinando sobre resiliência, paciência, aprender a ver as situações de outro ângulo e agradecer pelas pedras no caminho.
Várias coisas para aprender com uma dor nas costas, hein?
Primeiro vamos falar sobre a famosa resiliência. Se você se interessa por esse tema deve já ter ouvido falar sobre em textos de autoconhecimento, psicologia, mindfulness…
Resiliência é uma característica que nos ajuda a passar pelos obstáculos da vida sem sofrer tanto. Sem piorar a situação. Sem quebrar. Basicamente essa palavra vem da física. Significa a capacidade que uma mola tem de ser esticada o máximo possível e depois disso voltar ao seu estado inicial.
Nós, como seres humanos, não somos mola e depois de sermos esticados não voltamos para o estado inicial. Porque somos seres vivos e fazendo parte da natureza. Estamos sempre mudando. Por isso, o estado inicial nunca volta. Nada se repete. Porém podemos até evoluir com essa esticada na mola e ficarmos mais flexíveis, maiores….
Tanto pode estragar a mola quanto deixar ela melhor. Ou seja, a gente pode sair de uma dificuldade para aprender com ela e com isso ser uma pessoa melhor pra si e para o mundo. Ou podemos adoecer mais, nos sentir vítimas, não conseguir reagir.
É claro que existem tantas situações na vida que podem tomar um bom tempo para serem curadas. Não posso dizer quanto tempo a mola volta ao seu estado inicial e existem experiências de vida que são realmente traumáticas, e quem somos nós para dizer como as pessoas devem reagir à elas?
Só estou aqui mesmo para compartilhar que tive uma dor na lombar alguns dias atrás, e com ela, o que estou aprendendo. No início eu me senti desesperada e injustiçada. Por que comigo? Que péssimo momento para acontecer isso…. Eu mereço sofrer mesmo… etc… eu quis chorar, quis pegar o avião e voltar para a casa da minha mãe e até questionei se o Ashtanga Yoga era pra mim mesmo…
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No dia seguinte resolvi voltar a praticar e fazer o que era possível. E fiquei surpresa com o que consegui fazer com meu corpo, sem sentir dor e sem forçar. Aprendi o quão importante é não ter pressa para terminar a série e respirar. Estar mais presente com o meu corpo e parar de me comparar com as outras pessoas praticando comigo.
Cada pessoa tem um corpo e uma história. E eu andava me comparando muito e me cobrando também. Forçando meu corpo a fazer mais e melhor a cada dia, sem perceber se estava no momento certo para ir além ou relaxar. E como eu não me ouvi antes, a dor apareceu para alertar que era momento para soltar o controle, deixar acontecer e seguir a sabedoria do meu corpo.
O corpo é sábio e está conectado com a mente. E com a intuição. Nossa percepção do mundo interno e externo passa por todo o corpo. E o corpo se comunica dando sinais que a mente consciente não quer ouvir.
Por isso, praticar Yoga me ensina a ser mais resiliente. Seguir praticando, mesmo com dor. Só que sem continuar forçando a mola para esticar. Dessa vez, olhando de um lugar de mais amorosidade, aceitação e verdade.
Quem sou eu agora? Como está meu corpo agora? Olhar com clareza essas respostas e me mover de acordo com o que sinto, que é respeitoso.
E consegui responder que sim, o Yoga é para mim. E para todos. Com as superações de cada dia pisar no tapetinho de forma sincera, levarmos essa prática para um lugar de devoção e conexão profunda com o que tem de mais luminoso dentro da gente =)
Por isso, mesmo com qualquer obstáculo que surja, procure continuar praticando, para sentir você mesmo o que falamos tanto teoricamente.