Você já parou para pensar qual é a diferença daquela história dos três porquinhos que ouviu um adulto contar diante daquela que você leu, posteriormente? A principal diferença é que a história contada sempre ganha um novo elemento. Você ouve, aí reproduz do seu jeito e a história se transforma, como se estivesse viva. Até mesmo o indivíduo que te contou da primeira vez, ele vai mudar pelo menos uma palavra na próxima vez que contar a outra pessoa. Já a história escrita fica registrada do mesmo jeito para sempre.
Não existe uma história superior a outra, seja escrita ou falada. Afinal, os desprovidos do conhecimento da escrita não têm o que contar? Eles têm sim, e muito! A história falada está viva e se transforma com o passar do tempo, adequando-se às particularidades de sua época. Já a história escrita tem a vantagem de se eternizar e poder ser passada na sua forma exata de geração para geração, inclusive passando a sensação de que é algo mais oficial daquilo que foi definido pela oralidade. Mas por que a escrita tem essa superioridade?
A escrita tem o “papel”, perdoe-me o trocadilho, de materializar uma ideia. Tanto é que a escrita é decorrente da ação de escrever. Qualquer transformação, seja benigna ou maligna, ocorre a partir
da ação de uma ou mais pessoas.
Quando a gente fica com a ideia ou a intenção dentro de nossa mente, ela acaba se perdendo com os outros milhares de pensamentos. Mas quando escrevemos isso, a ideia vai para o papel e de lá não sai. O que nasce como uma intenção em nossa cabeça, então torna-se uma meta e é plantada igual a uma semente no papel.
Todo fim de ano tem aquelas promessas das novas atitudes para o novo ano que está chegando. “Vou emagrecer”, “vou arrumar um emprego novo”, “vou mudar meu jeito de ser” e etc. Apesar de não existirem dados oficiais, certamente nem 1% das intenções proferidas em discursos acabam se materializando no decorrer do ano seguinte. Que tal escrever esses objetivos? Aliás, não só escrevê-los, mas também colocar suas metas no seu campo de visão para que se depare diariamente com elas.
E para quem pensa que é apenas papo de autoajuda, escrever faz muito bem para a saúde. De acordo com um estudo feito pela Universidade de Kansas, nos EUA, a escrita auxiliou no tratamento de mulheres com câncer de mama. Isso não quer dizer cura, necessariamente. Mas sim em qualidade de vida. Da mesma forma que escrever nos ajuda a materializar metas, a escrita também possibilita que a gente coloque para fora tudo aquilo que estávamos levando dentro de nós, incluindo preocupações, medos e outros sentimentos negativos.
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Não se atenha com erros gramaticas, concordância ou com o que os outros vão achar. Tudo isso se aprimora com treinamento. Basicamente, escrever é começar algo com uma letra maiúsculas e terminar tudo com um ponto final. O que fica entre isso é somente um monte de ideias, sonhos e objetivos que estão dentro de você. E o que está dentro de você é tão valioso que ninguém pode lhe tirar, que tal dar um empurrãozinho para transformar em realidade? Basta começar com um lápis e um papel.