Caso você queira algo mais específico hoje já existem testes que conseguem identificar com precisão a que seu código reage de maneira positiva e negativa e assim adaptar a alimentação baseada neste estudo. Contudo, algumas coisas são de senso comum, independentemente de você fazer um exame mais aprofundado e individualizado. Então, seguem algumas dicas.
Partindo da premissa de que nosso meio está nos nossos alimentos, pensamento e atividade física, vamos começar pela mente.
Tudo aquilo que nós criamos em nossa mente nosso corpo entende como realidade. Portanto, se você tem tendência a um pensamento cíclico negativo, pessimista, depressivo, seu corpo irá produzir hormônios para que seu cérebro seja estimulando a provar ao corpo o quanto a “vida é ruim”. Se existe a via que alimenta o ruim, então reorganizar o padrão mental e lançar de estratégias para sair das arapucas mentais é um dos pilares a ser trabalhado.
Veja bem, a proposta aqui vai muito além de co-criação vendida pela mídia ou de pensamento positivo, é trilhar um caminho para dentro de você mesmo em busca dos gatilhos mentais que fazem com que você entre num padrão mental inferior. Feita a identificação, é preciso lançar a estratégia para não mais acionar esse padrão e para isso é preciso mudar o comportamento, pessoas do convívio e assim por diante. Mudar sua mente é aceitar mergulhar dentro de você mesmo, conhecer-se verdadeiramente e, a partir desse ponto, exercer o não com leveza e com sabedoria para tudo que o tira do seu EU MAIOR.
Outro pilar é o corpo físico. Temos que lembrar que nosso corpo é feito de engrenagens, roldanas, polias, alavancas, bombas, filtros, reservatórios e toda essa maquinaria depende de movimento contínuo para se manter em alinhamento. Portanto, não importa que idade você tenha ou que dor/doença/disfunção você tenha, a prática da atividade física sistemática em sua vida é necessária para quem almeja saúde e equilíbrio. Se você é daqueles que enjoa rápido com o tipo de exercício, então faço um acordo com você mesmo de que a cada 3 meses você buscará algo diferente, o importante é se manter ativo.
Agora, sobre a nossa alimentação. Todo aquele que quer expressar o que há de melhor em seu corpo precisa aprender que comida de verdade é a mais simples possível e que geralmente não tem rótulo de ingredientes.
Primeiro passo eliminar industrializados e embutidos, isso inclui os temperos prontos, Ajinomoto, sal refinado, glutamato monossódico. Nosso intestino se irrita com facilidade na presença dessas substâncias, e nosso intestino é quem governa toda a rede de hormônios do corpo, portanto eu diria que o alimento é nosso aliado para a saúde.
Açúcar de modo geral deve ser retirado. Veja bem, não estou dizendo que nunca mais você irá comer um doce, mas sim que isso será uma exceção, algo a ser consumido esporadicamente. Entenda que não adianta retirar o açúcar e colocar adoçante, pois essa estratégia deveria ser usada somente para quem tem diabetes e também com ressalvas no consumo diário. Também não adianta acrescentar mel e melado na rotina. Ao pensar na melhor expressão do nosso corpo, adoçar os alimentos não é a melhor estratégia.
Leite e seus derivados. Assunto polêmico, mas se você estiver num quadro, por exemplo, de dor crônica, esse alimento precisa ser retirado. Quando sentir vontade de consumir queijo, opte por aqueles que passam por pelo menos 20 dias de maturação, quanto mais curado o queijo melhor, pois a lactose existente já foi quebrada no processo. Outra peculiaridade no consumo de leite e derivados é que vem de animais com necessidades biológicas totalmente diferentes das nossas, o que faz com que os nutrientes contidos nesses alimentos não estejam totalmente biodisponíveis ao nosso corpo. Além do fato de que precisamos lembrar que um ser vivo que está produzindo leite está naturalmente numa condição hormonal diferente e esses hormônios não são compatíveis conosco. Mais um adendo, muitas vacas apresentam quadro de mastite e sangramento do seu úbere, logo esse leite branquinho que você toma vem com muitas coisas além de leite que a indústria não divulga, e é óbvio que nosso corpo não reage muito bem a isso, mesmo que todos os micro-organismos tenham sido mortos no processo de pasteurização.
Carnes também são um tópico delicado, mas via de regra a sociedade foi levada a crer que precisa consumir muito mais carne do que realmente necessita e isso para nosso corpo é um prato cheio para incitar a inflamação e irritabilidade do intestino. Caso você ainda sinta a necessidade consumir fonte de proteína animal, boas alternativas são peixes e ovos. Dê preferência sempre a peixes pequenos. Quanto maior o peixe, mais contaminado está, pois está no topo da cadeia alimentar. NÃO coma tilápia, panga e salmão (é lenda que esses peixes são saudáveis). Consuma qualquer outro peixe de mar: polaca do Alasca, tainha, sardinha, anchova, pescada, pescadinha, congrio, linguado.
Em relação aos ovos, busque por ovos produzidos de forma sustentável, com animais soltos, e que não comam ração. Hoje é possível achar fácil no mercado, mas atente para a empresa e confira se ela realmente é certificada. Outra opção são feiras de orgânicos que trazem a produção de pequenos produtores.
Agora, o trigo. Infelizmente esse alimento foi tão modificado que nosso trato digestório não consegue mais fazer a quebra correta desse alimento virando uma cola no nosso intestino que prejudica até mesmo a absorção de outros nutrientes.
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Ao terminar de ler esse texto você pode estar se perguntando: o que vou comer? Tudo. Basta você manter o foco numa alimentação limpa e feita em casa, sua saúde irá agradecer.
E quando falamos de alimentos não podemos esquecer dos transgênicos que alteram sim nossos marcadores, só não sabemos ao certo quais as conseqüências disso em nosso corpo. Portanto, se encontrar alimentos não transgênicos será muito melhor.
Os agrotóxicos e insumos também não podem ser deixados de lado. A agroindústria argumenta que sem os insumos não há a produção necessária de alimento que o mundo precisa, mas vocês já se questionaram o quanto é jogado fora até por esse excesso de produção? Sem contar que uma verdura ou legume tira o nutriente do solo em que ela está para se formar, logo, se o solo está pobre em nutrientes e cheio de insumos, é isso que você estará oferecendo ao seu corpo.
Outra substância que convido vocês a evitar o contato ao máximo são o flúor composto. Ele altera o funcionamento da glândula pineal e está presente na pasta de dente e nos enxaguantes bucais, além de ser inserido no tratamento da nossa de água, portanto, troque os produtos de higiene bucal e busque por filtros de água que deixam a água alcalina após a filtragem.
O alumínio é um metal que fomos inserindo no nosso dia a dia não só em utensílios domésticos mas também em produtos de higiene, como o desodorante. Acontece que esse metal não faz parte do nosso corpo e o ideal é que não tivéssemos traço algum dele em nossas organelas, portanto, convido a rever suas panelas por aço cirúrgico, vidro entre outras opções no mercado. Já os desodorantes você pode usar o bom e velho leite de magnésia nas axilas, até mesmo acrescentar um óleo essencial de melaleuca, por exemplo. Óbvio que não será antitranspirante, assim, dependendo do quanto você transpira, precisará lavar as axilas e passar novamente o produto. Mas calma, existem várias opções no mercado que estão se preocupando com isso, uma dica é fazer uma busca nos produtos ditos veganos, você poderá se surpreender. Mas claro: leia o rótulo!
Voltando a sua cozinha, mas com enfoque não mais nas panelas e pequenos utensílios, e sim nas vasilhas, principalmente as de plástico. Por mais que sejam recipientes muitas vezes mais baratos, infelizmente estamos contaminando nosso corpo com o bisfenol A (BPA), composto usado na fabricação de produtos plásticos e também algumas resinas. Agora por que essa substância é tão problemática? Simples, o BPA é um disruptor endócrino, ou seja, apresenta características que confundem os receptores celulares no organismo e se comporta de forma parecida à dos estrógenos naturais do nosso corpo.
A essa altura da leitura desse texto você já compreendeu que somos regidos pelos nossos hormônios, afinal, são eles que fazem a ponte entre aquilo que você vivenciou e como seu corpo age. Portanto, as consequências de colocar no nosso corpo uma substância que imita um hormônio é no mínimo catastrófica. Conforme puder troque as vasilhas em casa, enquanto isso opte por colocar apenas alimentos frios nas embalagens plásticas e não leve ao microondas. Outra coisa, sabe aquele café em copo plástico? Sugiro ter sua super caneca estilosa no seu local de trabalho, e de quebra o meio ambiente agradece.
Está achando muita paranoia? Vou elucidar algumas coisinhas que o BPA pode estimular no organismo: pode causar aborto, anomalias e tumores do trato reprodutivo, câncer de mama e de próstata, déficit de atenção, de memória visual e motor, diabetes, diminuição da qualidade e quantidade de esperma em adultos, endometriose, fibromas uterinos, gestação ectópica (fora da cavidade uterina), hiperatividade, infertilidade, modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos, obesidade, precocidade sexual, doenças cardíacas e síndrome dos ovários policísticos.
Caso você ainda tenha dificuldade de compreender como alimento, pensamento e atividade física interferem nos seus marcadores epigenéticos, convido você a pensar que seu corpo tem milhares de sistemas “chave-fechadura”. Quando estimulamos nosso corpo com substâncias biocompatíveis, esse sistema é corretamente acionado e as melhores portas se abrem. Quando colocamos chaves semelhantes, a porta simplesmente não abre e fica bloqueada para que algo melhor acione esse caminho.
Então, para abrir as melhores portas internas que levam a uma saúde em equilíbrio é preciso fornecer não só as melhores chaves, mas sim aquelas que encaixam corretamente em suas portas internas.
Ah! Eu não esqueci de falar sobre as estratégias que podem ser feitas via corpo físico só deixei para o próximo texto. Pois lanço aqui um desafio. Coloque em pratica pelo menos uma estratégia de mudança de padrão de pensamento e pelo menos uma estratégia alimentar até a publicação do próximo texto por aqui.
Por que estou fazendo isso? Para ajudar você a sair da zona de conforto desconfortável e aplicar conhecimento que chega até você.
Conhecimento sem ação vira só mais um livro empoeirado em uma estante qualquer pelo cosmos.
Com confiança, amorosidade e gratidão.
Lembre-se: melhor feito do que perfeito.