Mudança climática é um dos assuntos mais importantes na atualidade. O termo refere-se à variação através dos tempos do clima do planeta. A mudança de clima afeta não apenas populações regionais mas todo o globo.
Essas mudanças devem ser persistentes através do tempo, de algumas décadas até milhares de anos. Já ocorreram diversos episódios de mudança através da história geológica da Terra; uma das mudanças mais “recentes” (em relação à idade da Terra) foi a verificada durante a Revolução Industrial: o clima foi alterado devido à ação humana no ambiente.
Não apenas as temperaturas podem apresentar variações (muitas vezes drásticas) como também os níveis de precipitação (chuvas) e outros fenômenos (correntes marítimas, ventos, nebulosidade, etc.).
Há uma interação entre os planetas e o Sol, em termos de troca energética. A Terra recebe a energia vinda do espaço e também devolve parte dessa energia. Outro exemplo é a ação de vulcões, que, dependendo da escala, pode trazer alterações profundas na absorção solar. Não esqueçamos de impactos de objetos vindos do espaço profundo, que já foram responsáveis por extinções maciças em tempos remotos.
Além dessas inúmeras causas naturais, afetamos o ambiente com nossas atitudes. Os maiores responsáveis são grandes empresas e grandes corporações, dada a vultosa ação predatória dos recursos naturais, sem o devido cuidado em minimizar os impactos na natureza (isso acarreta ainda mais o aumento da emissão de gases de efeito estufa, ou GEE). Mesmo assim, nós – como indivíduos – podemos ajudar.
A ONU aconselha que sejam adotadas várias atitudes e políticas em relação ao tema, envolvendo principalmente o compromisso das nações em realizar essas mudanças. Estudos devem ser incentivados no sentido de enfrentar os riscos das mudanças do clima – com planejamento de gestão eficaz em países menos favorecidos economicamente. As novas gerações devem ser estimuladas, por meio de investimentos na educação, a encontrar alternativas para estes problemas.
O ecólogo Stephen Pacala e o físico Robert Socolow elaboraram algumas recomendações que podem reduzir as emissões de gases do efeito estufa a níveis mais seguros. Há também mudanças no estilo pessoal de vida que diminuem o impacto que causamos. A adoção de algumas já pode fazer diferença. Por exemplo:
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1) Governos devem considerar a eliminação do uso de combustíveis fósseis, de extração cara, poluente e não renovável. Nossa tecnologia avança exponencialmente, e deve ser barateada para que até comunidades mais afastadas e sem recursos econômicos possam adotar. Toda economia atual está baseada na exploração de petróleo – além de combustível e lubrificante, usamos seus derivados (como por exemplo os plásticos) em nosso cotidiano. Devemos procurar diminuir nossa demanda por esses produtos, optando pelos recicláveis. Na medida do possível, optar por transporte público e alternativas não poluentes.
2) Diminuir o uso da energia elétrica – com incentivos à pesquisa de novas alternativas, tais como energia eólica, solar, etc. Podemos contribuir tirando equipamentos da tomada, diminuir o número de luzes acesas na casa, trocar aparelhos antigos por equipamentos que consumam menos eletricidade, etc.
3) Consumir menos ou consumir conscientemente: esta é uma ação que exige muito comprometimento. Nossa sociedade é baseada no desperdício; produtos já saem da fábrica com um período de vida útil cada vez menor (obsolescência programada). É um ato de responsabilidade pessoal para com o planeta escolher produtos duráveis, evitando assim o aumento de resíduos despejados no meio ambiente. A reciclagem é uma atitude consciente, assim como o descarte correto (de produtos eletrônicos, baterias, pilhas, etc.).
4) Na questão do consumo, devemos incluir diversos itens! Uma das fontes maiores de desperdício é em relação à comida. Jogamos fora toneladas de alimentos, ou escolhemos produtos que causam grande impacto ambiental (veja o quanto é necessário para produzir 1 quilo de carne!). Uma pesquisa da Universidade de Chicago estimou que cada pessoa que consome carne produz 1,5 tonelada a mais de gases de efeito estufa que os vegetarianos! Também seria necessária uma quantidade menor de terras para o cultivo de plantações para alimentar os humanos que a utilizada pelos rebanhos.
Existem muitas outras alternativas. O importante é, além de pressionar governos para tomarem atitudes responsáveis em relação ao meio ambiente, educarmos a população para a seriedade de conservar a Terra. Que tal começar agora? Uma pequena ação já faz diferença!
Referências
Mudança Climática Global e Saúde: Perspectivas para o Brasil http://www.mobilizadores.org.br/wp-content/uploads/2014/05/mudanas-climticas-global-e-sade.pdf
Mudança climática global e saúde humana no Brasil http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/333/327
O aquecimento global e o impacto na saúde das pessoas e serviços de saúde https://www.msf.org.br/noticias/o-aquecimento-global-e-o-impacto-na-saude-das-pessoas-e-servicos-de-saude
A ONU e a mudança climática https://nacoesunidas.org/acao/mudanca-climatica/
Ação contra a mudança global do clima https://nacoesunidas.org/tema/ods13/
Dez soluções para a mudança climática http://sciam.uol.com.br/dez-solucoes-para-a-mudanca-climatica/