Sempre dizemos que não existe situação na vida mais triste de ser enfrentada, tanto direta quanto indiretamente do que a prisão e o hospital, pois em tais situações sofrem o que está internado e os familiares. Um amigo meu, em certa ocasião, disse que, estando uma pessoa da família presa, toda a família também está.
Quando se fala em prisão, vem à nossa mente cadeia, carceragem. Fico também pensando naqueles pequeninos e indefesos que ficam recolhidos a pequenos espaços, sem opção de exercerem a liberdade lhes outorgada por Deus, ficando condicionados a comerem o que lhes servem e a beber muitas vezes água em condições ruins.
Vivem em ambientes que muitas vezes nem limpos são, privados de enxergarem paisagem natural, ficando em meio a paredes sem a devida iluminação, o calor e o brilho do Sol.
São separados de seus pais e só sabem da vida o que o instinto lhes delegou.
Estamos falando de certo tipo de aves. Mais corriqueiramente passarinhos, que vivem nas gaiolas das mais variadas.
Dizem seus donos que não podem soltá-los, pois morreriam, já que foram criados desde filhotinhos assim e não possuem condições de sobrevivência por não saberem como se alimentar e se defender dos predadores.
Achamos estranhas essas alegações, pois Deus deu tanto ao homem quanto aos animais o instinto, e isto é algo que não se perde ao longo dos anos nem ao longo de várias vidas. O animal, ao ser libertado, certamente desenvolverá a capacidade de sobrevivência e de defesa, pois isto faz parte da sua criação.
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Nota-se que o homem, ao encarcerar bichinhos, está usando a inteligência para comprometer a natureza. Em nada ajuda no progresso. Alguns, inclusive, dizem que tem pássaros enjaulados apenas para serem contemplados em sua beleza e ouvir seu canto. Desculpe-me quem assim pensa, pois, se é para contemplar, procurem sair pela natureza e verão os pássaros, principalmente nos locais onde o próprio homem não destruiu as árvores. Se for então para ouvir o canto, existem inúmeras mídias com sons dos mais diversos cantos reproduzidos com fidelidade.
Infelizmente ainda não conseguimos desenvolver um amor mínimo que nos permita respeitar a natureza e deixar de enclausurar bichos que não foram criados para tal.
Avaliemos o perfil de quem, por exemplo, deixa um cão amarrado às vezes em pequena corrente, mantém um pássaro engaiolado ou ainda utiliza um animal para atividade de trabalho excessivo e pesado! Será que se trata de pessoa efetivamente compromissada com o amor ao próximo? Será que está de acordo com os princípios que o Mestre pregou?