Se você tivesse que escolher uma palavra para se definir, qual seria? Uma que resumisse seu carácter, sua personalidade e o modo de agir na vida. Certamente a maioria pensaria em adjetivos que já conhecem, que usam no dia-a-dia. Cada um de nós escolheria um com o qual se identificasse, certo?
Venho falar com você sobre uma característica complexa, mas muito comum em todo ser humano, que para a maioria das pessoas passa desapercebida: rigidez.
Você está surpreso?
Para que você entenda porquê é uma qualidade que afeta toda a população em menor ou maior grau, basta entender que a rigidez afeta e se manifesta em todas as áreas da vida. Ela é a incapacidade ou dificuldade atribuída a algo, que torna difícil dobrar ou torcer; em outras palavras: inflexível, severo.
Mas não estamos apenas falando sobre o âmbito físico. A primeira rigidez que surge é a mental, e a partir dela se desenvolvem as rigidezes emocional e física.
Por que temos uma mente rígida? E por que dizemos que, em maior ou menor grau, todos temos isso?
A mente é criada com uma “semente” de informação hereditária relacionada com a rigidez; mas outra parte dessa informação é a que você aprende a gerar ao longo de tua vida. Como você a gera?
Acreditando firmemente que sua verdade é a única verdade e que não existe outra, ou afirmando que as coisas são boas ou aceitáveis apenas do seu ponto de vista; todo o resto é ou está errado. Isso é rigidez, e é essa rigidez que o leva a rigidez emocional, repetindo exatamente a mesma coisa: você faz que essas emoções também sejam sua verdade. A partir disso, desenvolvemos a vida pessoal, familiar, profissional etc.
Como tudo isso se manifesta?
Entrando em conflito, primeiro internamente e depois com todos os outros e com tudo a nosso redor. Porque acreditamos firmemente que a opinião dos outros é incorreta, assim como tudo o que eles fazem e dizem, se não coincidem com sua maneira de ver as coisas. Você só vê de um lado do prisma, isso o leva a viver em conflito.
Você desenvolveu suas vidas social, profissional, estudantil, relacionamentos que se movimentam pelo conflito e pela raiva. Você já percebeu? Analise. Você dispensa tanta energia tentando convencer os outros da sua verdade que se perde fazendo isso; porque você quer trazer tudo para o seu campo; porém, a sua verdade não é a verdade global. É apenas a verdade na qual você acredita.
Isso tem algum efeito?
Sim, muitos. O primeiro é sentir-se incompreendido, o que leva a não poder ter um foco diferente das situações; com todo esse acúmulo, você fica doente. Dependendo do grau de rigidez que se desenvolve, a doença pode se desenvolver mais rápido ou mais devagar.
Onde você sente a rigidez mais pronunciada?
No sistema muscular, na coluna vertebral e nas articulações. Elas se tornam mais rijas, como você está mental e emocionalmente, a tal ponto que podem paralisar completamente.
Mas você também manifesta rigidez em outras áreas, como na criatividade, que fica bloqueada, como em todas as qualidades que nascem da fluidez, como na aprendizagem e na concentração. Sem perceber, você se torna resistente à mudança, perdendo a capacidade de ouvir, diminuindo a velocidade da aprendizagem e negando a si mesmo a oportunidade de ver e observar o que tem ao seu redor.
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Como podemos mudar isso?
O primeiro passo é querer mudar essa situação. Continuando a mudar a visão e o relacionamento que você tem sobre controle e perfeição na vida que empurram você para a rigidez. Ou seja, ter a motivação para sair dessa ilusão em que você vive e, assim, mudar os padrões que aprendeu de rigidez e inflexibilidade, para outros novos de tolerância, compreensão, respeito e escuta ativa do outro.
Dessa maneira, reaprendemos padrões mentais, emocionais e de desempenho que nos levam a viver vidas saudáveis.
Motive-se e aprenda a ser saudável!
Atreva-se a mudar, você ficará surpreso!
Roberto Castillo