Sabe de toda essa gente que abre o berreiro pra se ocupar
Sabe que é bem dessa gente que vem o desespero de não se aguentar
Em épocas de tanta balbúrdia, a grana tá curta pra quem quer estudar
É corte de todos os lados, sempre arrebenta pro mais fraco, não há do que falar
Hoje a ciência cortada, a pesquisa sem nada pra conseguir avançar
A saúde tá sucateada, e o pobre não mata porque tem que matar
A palavra, tão esvaziada, se preenche com bala pra tentar levantar
O governo na comissão de frente, cortando a corrente de quem quer ajudar
Veja do outro lado da rua, tem tinta escura a se espalhar
Ela tá com cor de muralha, formato navalha pra quem quiser se aproximar
Cuidado, não olha de perto, o homem tá certo, não vá duvidar
Panela batendo na rua não é uma fagulha pra quem quer dizimar
Tem um cara vestido de mito, soprando um apito pra se contentar
Ele fala tão contra a corrente, as verdades desmente, e ninguém sabe parar
Pergunto ao povo de cima o porquê de a chacina se justificar
Brasil, povo são de nascença, não perde a tua crença de tudo melhorar
Invoco a classe desmedida, que brinca que ensina, mas não quer escutar
O que falta é ouvido atento e boca sem ímpeto de se colocar
Chegou o momento de os pobres não serem deboches e não só trabalhar
Nosso mundo depende de todos, e é a favor do povo que precisamos lutar
Estado de exceção virou regra, e a lei não dá trégua de se alterar
Tem medida pra tanto absurdo, largada a mudo pra não se alastrar
Enquanto olhamos Reginas e discordamos do teatro que tentam nos mostrar
Tem gente morrendo de fome, e o vírus que chega, chega pra matar
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Hoje, nessa pandemia, a voz virou sina por se abafar
Que não sejam as nossas paredes motivo de sede que nos façam calar
Usemos o tempo de casa pra tirar a mordaça e nos modificar
Ouçamos a voz que não fala, colocando sua raça a se manifestar